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O vento forte da manhã balançava as folhas avermelhadas com força, e o delicado cheiro de maçãs e terra tomava todo o caminho até o grande palácio na árvore. Ao longe, eu podia ver a estrutura de mármore bege, que tanto contrastava com a árvore gigantesca e antiga ao qual a construção se agarrava. Aquela construção era diferente de tudo que eu já havia visto: os telhados das torres em vermelho vivo, as folhas verdes e amarelas acima, os cipós, as flores delicadas de outono por todos os lugares. Era uma vista e tanto, a qual eu provavelmente pintaria depois.
(Foto de inspiração)
Guardas usando armaduras em bronze circulavam em duplas ao redor da árvore, todos eles fingiam não me ver conforme eu subia os degraus. É claro que fingiam, meu couro negro e carmim não passava despercebido em um ambiente como aquele. Um dos soldados que guardava a entrada, segurava uma lança, completamente imóvel. Ele girou, em um movimento ensaiado, e deu dois passos, abrindo a grande porta de madeira para mim. Seus olhos nunca fazendo contato diretamente.
- Obrigada, querido. - Eu disse, já sabendo que não haveria uma resposta.
Os corredores não eram bem iluminados, apesar das janelas enormes. Todas eram cobertas por folhas e trepadeiras, como cortinas esburacadas. Eu apertei o canudo de papel em minhas mãos enquanto parava no fim do hall, que levava em duas direções, formando um "T". O vento calmo balançou as folhas e bagunçou meus fios desprendidos da trança longa. Sem a companhia de um guarda para me mostrar a direção, eu fiquei alí. Aquele lugar era tão silencioso e pacífico, eu poderia ficar parada naquela sombra pelo resto da manhã, apenas ouvindo os sons das árvores.
Eu estava naquele território para uma missão Valquíria, entretanto, optei por não usar o couro oficial completamente. Assim que eu finalizei meus treinos e cortei a fita, minha tia Nestha, junta de meu pai, pensaram em uma forma de deixar nosso uniforme mais discreto ou oculto. É claro que tal conversa se iniciou pelo medo de me usarem de alguma forma, me sequestrando, torturando ou matando. A máscara negra que cobria do pescoço ao nariz não era eficiente, sendo que em um campo de batalha todos me reconheceriam pelos meus poderes. E também, não é como se já não tivessem me capturado antes... Era só... Bem, a máscara servia como disfarce no meio das outras, para ocultar nossas identidades. Mas quando eu estava sozinha, qualquer um que conhecesse bem o olhar ranzinza de meu pai, veria a semelhança em mim. Então, eu não via sentido em usá-la hoje.
Além de significar confiança nesta Corte, como minha mãe disse esta manhã. E de alguma forma, eu odiava estar me envolvendo em algo que não deveria, jamais, se tornar um jogo ou acordo político. Tudo não tinha começado com a proposta de ensinar defesa à uma fêmea?
- Archeron. - Retirei meus olhos das janelas, encontrando o mesmo macho amigável ao qual conheci em minha última visita. Deixei minha expressão dura se relaxar, minha mente tinha ido longe demais.
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𝐀 𝐂𝐨𝐮𝐫𝐭 𝐨𝐟 𝐖𝐢𝐥𝐝𝐞𝐬𝐭 𝐃𝐫𝐞𝐚𝐦𝐬 | Eris Vanserra
Fanfiction꧁𝑪𝒐𝒓𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝑺𝒐𝒏𝒉𝒐𝒔 𝑺𝒆𝒍𝒗𝒂𝒈𝒆𝒏𝒔 || +18 "𝐴𝑡𝑒 𝑜𝑠 𝑠𝑜𝑛ℎ𝑜𝑠 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑜𝑢𝑠𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑟 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑜𝑠, 𝐸𝑟𝑖𝑠" - Onde Velarie Archeron tenta lutar contra seu laço de parceria. Filha Feysand x Eris Vanserra...