+ Exagerado +

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- Leiam A Court of Embers and Illusions, da beebryce !!! O Eris dela é mais duvidoso, e a história é mil vezes mais bem escrita que essa. Juro!





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Mesmo entregue ao sono e ao cansaço, eu ainda era capaz de sentir a estranha movimentação em meu quarto. Não era muito sonoro, apenas sutil o suficiente para que eu não me obrigasse a levantar e conferir o que estava acontecendo, como o arrastar leve de uma cortina ao vento. Então, virei na cama, jurando que iria dormir até tarde em meu próprio aniversário.

Mas eu estava muito enganada. Um grasnido alto soou em frente ao meu rosto, me assustando tanto que quase caí da cama. Eu segurei minha cabeça, pressionando o lugar onde tinha ido de encontro com minha cabeceira. Em meio a confusão e a dor, abri meus olhos, tentando enxergar mais claramente dessa vez. Meu quarto tinha tantos novos pontos visuais que era difícil olhar e perceber todos. Em meio a decoração roxa e verde, muitas e muitas caixas redondas - preenchidas com tulípas lilases, rosas brancas e crisântemos azuis - ocupavam o chão, criando um novo piso, lindo e harmonioso. Eu inspirei o ar, sentindo o cheiro natural das flores preenchendo o lugar.

Em uma cômoda bem em frente, estava bem posicionada uma bandeja retangular de ferro, suas bordas eram forjadas delicadamente com ramos de flores, e tampas ovais e brilhosas cobriam três pratos em sua superfície. Um cartão amarelado estava posicionado bem no meio, me chamando atenção. Até, é claro, sentir uma mordida em meu pulso, que agarrava as cobertas.

Eu dei um pulo no colchão, vendo o animal branco e rechonchudo ao meu lado. A coisa virou o pescoço, focando um dos olhos pequenos e estranhos em mim. Seu bico alaranjado abriu, soltando um grasnado questionador.

- Estou tão confusa quanto você, Senhor... - Uma pequena medalhinha balançava em uma fita vermelha e frouxa no fim de seu pescoço. Eu a peguei nos dedos, de forma cautelosa, mas acabei percebendo que o animal não era arisco como parecia ser. - Bem, Senhora... Patty?

Eu sorri com o nome de mal gosto. Patty grasnou alto, como se confirmasse, me fazendo rir. Nos encaramos por alguns segundos, e eu ousei deslisar meu indicador pela plumagem lisa de sua cabeça. Seus olhinhos fecharam e suas patas se recolheram. Patty se encolheu, parecendo um pãozinho, e eu me levantei, engatinhando pela cama. Foi difícil encontrar um caminho livre para pisar no chão de madeira, mas logo percebi um pequeno corredor, que se dividia entre a porta e a cômoda. Eu pulei no chão, ajeitando minha camisola prateada e cobrindo minha nudez entre as pernas. Penteando meus fios e os jogando pra trás dos ombros, logo alcancei a carta.

"Aproveite seu dia. Feliz aniversário, meu amor.

-V.

P.s. O pato é um presente de Ares. Toda e completamente ideia dele. Não tenho nada haver com isso."

Eu não consegui evitar uma gargalhada, sorrindo largargamente. Agarrei a carta, a segurando em meu peito, sentindo o trovejar de meu coração abaixo da pele. Seu carinho não passou despercebido, eu quase podia ouvir sua voz arrastada me chamando de meu amor. Tudo sobre Eris era tão memorável. Eu mordi o lábio inferior, tentando fazer sumir a alegria estúpida e plena ao receber tanta atenção dele. Segurei a bandeja pesada, a levando até a cama.

Iogurte com aveia e sementes de girassol, frutas vermelhas e banana - e o que eu mais amava, os enroladinhos com creme de baunilha - tudo muito bem apresentado e decorado nos pratos. Eu comi devagar, notando que o dia ainda clareava lentamente. Acabei dando algumas frutas para Patty, que estava rondando a bandeja como um cachorro. Quando terminei, conjurei uma caneta, escrevendo um bilhete.

𝐀 𝐂𝐨𝐮𝐫𝐭 𝐨𝐟 𝐖𝐢𝐥𝐝𝐞𝐬𝐭 𝐃𝐫𝐞𝐚𝐦𝐬 | Eris Vanserra Onde histórias criam vida. Descubra agora