03 - Sem água.

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⌗ Depois de meses, eu resurgi! <3

A brisa da madrugada serviu como despertador natural para aqueles que dormiram mais tarde do que o normal. Cansados pelo estresse do dia anterior, os recém fugitivos começaram a manhã com manha. Bakugou, o primeiro a despertar, se afundou em uma densa camada de mau humor. Chegou a xingar o inocente chuveiro por molhar seu cabelo sem a devida permissão.

Os outros acordaram logo em seguida, claramente os gritos do loiro veemente serviram para algo além de esboçar sua irritabilidade. Serviram para fazê-los notar a recém nova realidade. Eles não estavam mais em casa.

— Hhm... — Sero precisou de alguns segundos para compreender onde estavam, sua mente funcionava com lentidão pela manhã. — Porque minha cabeça está tão… — Ao tentar se erguer, ele perdeu as forças e caiu novamente. Estava exausto. — Hum…

— Se eu fosse você não levantava tão rápido assim. — Aconselhou Eijiro, sabendo da provável ressaca do outro. — Você usou tanta erva que se bobear ainda está sob efeito dela.

— Aah… — Dentre as cobertas bege da cama do lado, resmungos surgiram. Indicando um novo despertar. — Parem de falar, eu quero dormir mais.

Bakugou destravou a porta do banheiro e surgiu com a boca cheia de espuma falando algo que de início foi incompreensível, precisou então voltar a pia para cuspir e assim falar corretamente.

— Dormir mais o meu pau, pode ir levantando. Eu não quero ficar mais um segundo nessa merda de hotel. — Limpando a boca com as costas da mão, Katsuki voltou para o banheiro. — Bora, não tenho o dia todo pra esperar vocês.

— Pra onde vamos, aliás? — Questionou Kirishima, erguendo-se finalmente da cama. Ele vestia um pijama de vaquinha com detalhes em vermelho bastante adorável.

— Boa pergunta. — Sero ainda estava deitado, porém atento. De fato estava morrendo de ressaca, por ele ficariam naquele quarto imundo até suas dores passarem. Porém, não queria soar desagradável, muito menos agora. — Eu estou com fome.

— Todos estamos. Será que há comida lá embaixo? O cara roxo deve vender comida. — Referia-se a Mineta, o dono do hotel.

— Você não vai querer comer uma comida feita com aquelas mãos, acredite em mim. — Finalmente pronto, Bakugou saiu do banheiro. O cheiro de seu perfume traçou todo o cômodo como um chicote de aromas.

— Isso é algum tipo de preconceito com anões, Katsuki? — Instigou Sero, como um homem cheio de moral. Logo ele, que carregava um pedaço de erva da noite passada dentre as mechas escuras.

— Preconceito? Não, seu idiota de merda. — Com a mala em mãos, o homem procurou seus documentos. — Ele é um punheteiro filho da puta. Pior que o Kaminari, na verdade.

— EI! — Exclamou o garoto citado, expressando indignação pela exposição gratuita. Seus cabelos loiros estavam bagunçados, parecia ter levado um choque.  — Pode parar de me expor assim? Eu to aqui ainda.

— Eu por algum acaso menti? Não. Agora parem de encher o saco e se arrumem logo. Há uma lanchonete aqui perto. — Finalmente com os documentos em mãos, ele olhou para os garotos, acabou rindo quando encarou Kirishima. — Pijama de vaquinha, última tendência no mundo homossexual.

— Olha aqui, isso aqui é muito másculo, tá? — Exibiu-se, recebendo apenas uma risada como resposta. Indignado, apelou. — Sero me defende. Meu pijama  não é másculo?

— É sim, confia.

— Tá vendo? Másculo. — Seu sorriso afiado surgiu radiante. Ele não notou o sarcasmo no ar.

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⏰ Última atualização: Nov 28, 2021 ⏰

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Quatro caras, mil problemas e um fusca rosa - Bnha.Onde histórias criam vida. Descubra agora