1 - A fuga.

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♡: hey! Eu gostaria de agradecer por estarem acompanhando a história, amo vocês! aparentemente a divulgação no tiktok deu certo KKKKK boa leitura galera!

— Deixa eu ver se entendi... - Antes concentrado em abrir sua caixinha de suco, Kaminari fez uma pausa para raciocinar o que acabara de ouvir. - Sero está pensando em fugir da cidade e quer que a gente vá com ele? Tipo, fugir pra valer? Igual aqueles filmes?

As ruas quase vazias carregavam tons cinzas em meio ao nebuloso céu. Aquele seria mais um dia chuvoso, e Bakugou, detestava isso.

— É, tipo isso. - Seu olhar de tédio era notável, sua mente estava em outro lugar naquele momento. - Na verdade, ele não queria envolver vocês nisso, mas que se dane.

— Isso explica porque ele estava tão estranho ontem a tarde. - Deduziu, perante o óbvio. - É, isso explica muita coisa.

Kaminari conhecia o filho dos Hanta mais do que conhecia a si próprio, sabia todos os detalhes sobre ele, cada falha de sua vida e também conquista. Quando mais novos, os garotos eram como tico e teco. Literalmente inseparáveis. Denki se recordava das inúmeras vezes que teve medo de ir ao médico e Sero, como um bom amigo, fazia questão de fazê-lo companhia para que depois tomassem sorvete na sorveteria da esquina. De certa forma, Kaminari não entendia porque o homem não teve coragem de o contar sobre a fuga pessoalmente.

— Mas então, você vai ou não? - Questionou, finalmente. Enquanto tirava algo de seu bolso. Um isqueiro pra ser mais específico. - Essa merda tava aqui esse tempo todo, eu pensei que tivesse perdido essa bosta.

— Nem precisa perguntar duas vezes. - Ele estava com medo? Claro que estava. Mas se Bakugou estava disposto a ir, Kaminari também iria. - Quando iremos? Quer dizer, eu nunca fiz isso antes, não sei como funcionam essas coisas.

— O ônibus ainda não chegou? - De repente, uma voz surgiu atrás deles. - Ainda bem, pensei que teria que ir a pé outra vez. Aliás, você vai viajar, Kaminari? Não pude deixar de ouvir a conversa.

O susto foi inevitável, Bakugou que estava prestes a acender seu cigarro matinal, derrubou o isqueiro recém achado no chão, em uma poça de lama.

— Puta que pariu, Eijiro. - Sua frustração foi visível. Ele tremeu internamente por ver seu isqueiro no chão.- Tomar no cu.

— Nossa, mas você se assustou tanto assim? - Confuso, Eijiro se abaixou para pegar o isqueiro na lama, sendo impedido por Kaminari que se abaixou antes dele.

— Ele é um mariquinhas às vezes. - Com o objeto em mãos, o loiro sorriu antes de jogá-lo para longe. Kaminari gostava de brincar com o perigo. - Ih, voou.

— Seu filho da put—

— Ih, tá xingando a nossa mãe? Que feio, hein.

— Vocês parecem duas crianças às vezes. - Segurando a alça de sua bolsa, Kirishima olhou em volta, esperando ansioso por seu ônibus que deveria ter chegado a tempos. - O ônibus já não deveria ter chegado?

— O Sero também já deveria ter chegado, mas veja bem. - Indicando ao redor, Bakugou deu seu famoso sorriso de deboche. - Acho que não chegou.

— Vai ver ele ta matando alguém. - No tom de Kaminari era possível notar algo estranho. - Desovar corpos leva tempo, né?

— Talvez esteja mesmo.

— Desovar corpos? - Confuso pelo rumo da conversa, o moreno olhou os amigos um tanto quanto perdido. Eles estavam estranhos aquela manhã. - Ele apenas deve estar atrasado.

Quatro caras, mil problemas e um fusca rosa - Bnha.Onde histórias criam vida. Descubra agora