A Praga-pt2

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Capítulos Finais do Apocalipse Parte 2

—Conflito—


—Aquele maldito!—

Quando a fumaça baixou eu finalmente pude vê-lo, ele se levantou de dentro daquela bola de fogo e começou a caminhar esmagando os escombros que sobreviveram ao impacto.

"Colossal".

É a palavra que eu acredito ser mais adequada para descrever esse monstro. Sua pele vermelha carmesim deixava suas asas negras em destaque, seus chifres igualmente negros eram visíveis de todos os ângulos.
O maldito sequer se importava se ainda haviam sobreviventes ou não, ele seguiu espalhando fogo e destruição.

Aquela mesma nave de antes desceu do céu mais uma vez aterrisando na colina na qual estavamos, a porta se abriu e a mais nova desceu caminhando em nossa direção, ela fez questão de se aproximar o máximo possível. O sorriso estampado em seu rosto me dava nojo, queria soca-lá com toda minha força.

—Eu avisei vocês. Não deveriam ter resistido daquela forma. Ainda não é tarde, se entregarem o que queremos, pedirei ao meu pai que pare com a devastação e retorne para casa.— o quê essa pirralha está dizendo? Isso é ridículo.

—Como se fizesse diferença a essa altura. Seu pai destruiu o prêmio dele no momento da aterrisagem.

Blefei tentando enganá-la, mas a pequena era mais esperta do que eu pensava.

—Acha que somos idiotas? Sabemos que não está aqui.—

—O quê? Como?—

—Teria que ser cego para não perceber. O planeta de vocês parece uma lâmpada vista do espaço, no entanto quando você tenta encontrar a fonte da energia os sensores simplesmente não encontram nada.
Por isso sabemos que não está aqui, o planeta e a origem da magia estão intimamente ligados, temos certeza de que existe uma passagem até lá nesse planeta.—

Ela não tinha base alguma para confirmar sua hipótese, mas ainda assim acertou em cheio, sua falta de poder foi compensada com um forte talento para a guerra.

—Já chega! Pare com isso agora!— Suplicou a princesa e a menor respondia fria e seca.

—Impossível. Não pode acontecer. Não vai acontecer.

Seu talento na busca de informações era invejável, mas não havia como chegar lá sem conhecer um pouco da história do planeta, eles não encontrariam mesmo que fossemos derrotados.

—Não adianta, não vão conseguir encontrar, tratamos disso logo que os mensageiros vieram.—

—Não importa. Vocês vão pagar com a vida de todos desse planeta por terem irritado o papai. —

Então as coisas eram assim? Uma motivação tão falha quanto "vingança" é o suficiente para realizar um massacre em escala mundial? Para eles vidas são apenas números?

—Tanto faz. Vocês vão morre-—

Antes que eu me desse conta já estava apertando aquele pescoço fino, eu não conseguiria suportar mais uma única palavra saindo dessa boca.
Eu encarava a princesa sério, como se em minha cara estivesse escrito: "Por favor, me deixe matá-la."

Ela acenava com a cabeça negando.

—Por que não?—

—Vamos tratar dela por último. Temos uma tarefa mais importante agora.— dizia ela enxugando as lágrimas.

Suspirei me acalmando e afrouxando o aperto de minhas mãos, até finalmente soltar seu pescoço. A menor caiu no chão sem forças tossindo e babando, sua pele que costumava ter uma tonalidade de vermelha claro já estava ficando roxa, se a princesa tivesse esperado mais 10 segundos para tomar uma decisão, tenho certeza de que teria continuado até ouvir um estalo vindo daquele pescoço.

Uma Vida Sem Você (FINALIZADO) Onde histórias criam vida. Descubra agora