Despedida melancólica

1K 56 19
                                    


A imagem da capa não me pertence, foi encontrada no Pinterest.

Amor doce não me pertence, mas essa fanfic sim.

Plágio é crime.

Publiquei a história no Nyah e no Spirit.

O nome que eu dei a docete é uma homenagem para o nome da mesma no mangá do Amor Doce (que é Lynn).

A história começa a ser contada no ponto de vista da Lynn.

Boa leitura, Lysandrettes! ♥

....

Ainda não sei como tudo chegou a esse ponto.

Nem sei de onde tirei coragem para dar tal notícia a ele.

Não sei como não apaguei na hora. Eu o havia chamado para passear pela cidade, como de costume.

Ele nem desconfiava...

Nunca havia sentido tanto nervosismo. Meu corpo parecia travar, ao mesmo tempo que minha garganta trancava, querendo impedir o choro de vir.

Minhas mãos estremeceram e meus olhos arderam, enquanto ele parava de andar, se colocando em minha frente para me olhar.

O seus belos olhos de duas cores diferentes me olharam com preocupação, o que só me doeu mais.

"Você não merece isso...", era tudo que pensava, enquanto sentia ele segurar carinhosamente minha mão, a massageando com o seu polegar, querendo me acalmar.

Suas palavras sempre tão gentis e calmas preenchiam meus ouvidos, como de costume.

"Não chore, conte-me o que aconteceu...", era o que ele dizia, tão calmante.

Foi então que me peguei tendo devaneios.

Me lembrei da promessa que havíamos feito, que depois da formatura, faríamos o possível para conseguir juntar dinheiro para entrarmos na faculdade e depois, morarmos juntos.

Ele parecia tão animado quanto eu para que isso se tornasse verdade... por que tinha que acabar assim?

Só de me lembrar disso, a vontade de chorar voltava. ..

Meu estômago embrulhava e meu coração, já partido, se quebrava em pedaços ainda menores.

Não é justo, não é minha escolha.

Jamais escolheria algo assim. Algo que colocaria em jogo o nosso futuro.

Nunca esquecerei do rosto que ele fez quando eu contei sobre a mudança. Seu sorriso, que murchou pouco a pouco, até enfim as lágrimas brotarem.

Foi a terceira vez que eu o vi chorar.

A primeira foi quando ele recuperou a memória, depois de ser atropelado.

Ele se sentia tão culpado por ter me esquecido, como se fosse culpa dele, como pode?

A segunda foi quando seu pai foi parar na UTI, com um risco tão grande de perder a vida...

Naquela noite, abracei suas costas, admirando sua belíssima tatuagem exótica, enquanto o ouvia soluçar baixinho.

E foi assim, até ele acabar adormecendo.

Eu não consegui dormir.

Sentia como se toda a angustia que ele sentia tivesse sido transplantada para mim. Foi a primeira vez que isso aconteceu, estando na casa dele, que sempre me fizera me sentir tão acolhida, com seus móveis rústicos, e prateleiras cheias de livros.

Do seu eterno, LysandreOnde histórias criam vida. Descubra agora