Capítulo 41

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~TH~

MT: que porra você está fazendo aqui em caralho – ele grita com Aline, sua namorada. A mulher parece com medo dos gritos dele, mas está tentando se manter firme, e está falhando miseravelmente. Os olhos dela estão se marejando, mas pelo que parece ela está lutando para que as lagrimas não caiam, os ombros e o olhar baixo, parece que ela só quer se encolher e se esconder.

Eu estou com uma garrafinha de água, observando a cena do outro lado do quarto. Não entendo o motivo pelo qual elas estão aqui mas pelos olhares trocados lá em baixo, algo me diz que o GB e a Bia sabem. No momento estou esperando o MT se acalmar um pouco, pra poder ir embora.

Ele não questionou em nenhum momento minha presença, apesar deu saber que ele não seria capaz de bater nela, pelo menos não de novo, acho que ele lembra muito bem o que aconteceu da última vez.

- flashback on-

Estou deitado na minha cama, junto com a Nina, assistindo Kepping Up With the Kardashians, quando a gente ouve gritos vindo do lado de fora, não os gritos que normalmente escutamos, são gritos de medo, e normalmente os gritos são de prazer, ou gemidos.

Nos dois nos sentamos rapidamente, eu levanto pego minha arma na cômoda, que fica do lado da cama, e ando rápido em direção a porta, abro a porta e saio com cuidado, olho para os dois lados, e vejo que os gritos vêm do quarto do MT, devem ser por volta das três da manhã, as portas do quarto do GB e do Alexandre abrem assim que ando pelo corredor, e a Laura e a Maitê saem cada uma do quarto de seus respectivos namorados, e me olham assustadas.

Ando até a porta do quarto do MT, e percebo que os gritos são da Aline, eu sinceramente espero que não seja isso que eu estou pensando que é...

Abro a porta e vejo a pior cena da minha vida, e olha que eu já presenciei horas e horas de tortura. A Aline está só de langerie, chorando muito e pedindo para ele parar, enquanto ele puxa o cabelo dela muito forte pra trás, e fica dizendo coisas sem nexo nenhum "você não é ela", "você não é a minha ruiva". No rosto dela tem uma marca vermelha do tamanho exato da mão dele. Vou na direção dos dois, e tiro ele de perto dela, o mesmo me empurra, fazendo com que eu de alguns passos para trás.

MT: sai daqui TH, isso é entre eu e ela, não tem nada a ver com você – suas pupilas estão extremamente dilatadas, e o cheiro de álcool, da vontade de vomitar. Quando ele vai pra cima dela de novo, o seguro e o empurro para longe dela, ele está tão bêbado que cai no chão

- sai daqui, vai pro meu quarto e fica lá – falo pra Aline, que sai correndo ainda chorando, o MT se levanta, e vai na direção dela

MT: volta aqui, seu namorado sou eu, volta aqui agora – ela toma um susto e para igual uma estátua na porta, sua respiração fica mais acelerada, e seus soluços aumentam. Antes que ele chegue nela me coloco na sua frente e o seguro, usei toda a minha força pra segurar ele.

- anda, sai daqui, agora – ela sai correndo, o solto, e o empurro pra trás, ele cambaleia um pouco para trás, mas logo se equilibra de novo, vai na direção da porta mais sou mais rápido e o impeço

MT: você não tem o direito de se meter, sai da minha fren...- antes dele terminar eu dou uma coronhada com a arma na nuca dele, ele tomba no chão, e eu o deixo lá e saio andando em direção a porta. Se eu resolver isso agora, vai acabar comigo colocando uma bala no meio da testa dele.

Deixo ele lá jogado no chão e vou pro meu quarto, quando chego lá a Aline tá deitada, com um moletom meu, chorando baixinho nos braços da Nina. As outras duas como são ótimas amigas, pelo visto nem se importaram de vim aqui ver se ela está bem.

- vou dormi no seu quarto, podem dormi ai as duas – falo pra Nina, fecho a porta e vou pro quarto dela, ainda morrendo de raiva pela cena que vi agora a pouco.

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Estou tomando café com os demais, na mesa, a Aline está só remexendo o cuscuz do prato dela. Os caras ainda estão dormindo, só está eu e as meninas tomando café, e eu só estou aqui, porque a Nina veio me pedir pra não deixar a Aline perto do MT, pelo menos até eu ter uma boa conversa com ele.

Vejo os três descerem pela escada, estão os três de bermuda e camisa, o MT tá todo de branco. Ele nem olhou pra cá quando desceu, de canto de olho vi a Aline olhar para ele com um pouco de medo.

MT: dez minutos e quero todo mundo na praça – ele foi pra garagem e logo depois ouvimos o motor da moto dele.

Alexandre: sabem o que aconteceu, ele chegou no nosso quarto e mandou a gente colocar uma roupa rápido e descer

GB: Andem meninas, rápido – as quatro levantaram e subiram – você sabe porque ele tá daquele jeito

- ontem eu entrei no quarto dele, e peguei ele batendo na Aline... – falo com a cara fechada

GB: ele fez o que ? – pergunta claramente bravo

Alexandre: por isso que ela tá daquele jeito ? – assenti – eu vou arrebentar a cara dele

GB: bora porra – gritou para as meninas, e as quatro desceram rápido, a Nina e a Laura tão de short e cropped, a Maitê tá com um vestido longo, e a Aline tá de blusão e short.

Nos descemos pra praça de moto, e quando chegamos lá, tinha uma aglomerado em volta e o MT no meio. Nos abrimos espaço e ficamos de frente pra ele, assim que nos vê ele começa

MT: como muitos de vocês aqui sabem, uma das regras mais levadas a sério aqui, é nada de agressão contra mulher e criança. – todos estavam em silencio, enquanto ele falava – ontem eu cheguei em casa extremamente bêbado e chapado, e bati na minha mulher – ouvi alguns gritando "isso ai chefe" e rindo, ele parou e se virou para o grupo de homens que falou isso – vocês que disseram isso aqui na frente – eles foram, e se posicionaram na frente dele – vocês três ai – apontou pra uns vapores que estavam perto – levem eles pra minha sala – eles saíram andando em direção a boca – como eu dizia antes de ser interrompido, aqui nós não toleramos esse tipo de ato, e nos realmente levamos as regras aqui a sério – chamou nos três com a mão, e se ajoelhou no chão com a mão na cabeça – vocês sabem o que fa... – antes dele terminar de falar o GB deu um soco nele, ele fez uma careta e logo depois foi o Alexandre e depois eu, e assim foram, vários socos, chutes, joelhadas. Seu sangue estava todo espalhado no chão quando a Aline pediu pra gente parar, ele já estava quase inconsciente.

GB: que fique como aviso, nós não toleramos isso aqui, ele só levou uma surra porque é o chefe, se fosse qualquer outro aqui, seria morto, mas acho que deu pra entender o recado, ninguém sai impune – todos pareciam horrorizados com o que aconteceu

-flashback off-

Aline: eu vim pra cá, porque eu estou grávida – ele parou no mesmo instante, e ela ajeitou a postura - e aconteceram umas coisas lá no Brasil, e eu preciso de ajuda, eu te vi lá em baixo olhando praquela mulher ruiva, é ela não é – ele estava sem reação, olhando para a parede – TH pode ir, o que eu vou conversar com ele é só entre eu e ele

MT: eu vou ser pai... – foi a última coisa que eu ouvi antes de sair do quarto.

Estava entrando no meu quarto, quando eu ouço um psiu, viro pro lado e vejo só a cabeça da Duda pra fora do quarto me chamando com a mão e com aquele sorriso sapeca no rosto, eu que não sou besta, já entrei no quarto beijando ela, ela quase derreteu no meu braço, fui entrando no quarto sem separar nossas bocas, fechei a porta com o pé, estava indo puxar a blusa dela, quando ouvi um arranhado de garganta e me afastei pelo susto ela deu um riso e quando eu olhei pra cama, estava a Malu, Tai e Alice olhando pra gente chocadas, e Nina batendo palmas silenciosas e com um sorriso no rosto

Malu: sua traíra – a Duda deu língua pra ela e me puxou pra cama, me sentei e me encostei na cabeceira da cama, e elas se sentaram em volta de mim

Tai: vamos, desembucha o que estava rolando lá?

- o MT vai ser pai... – joguei a bomba de uma vez e elas ficaram todas boquiabertas. A Nina fez uma pequena careta

Nina: você acha que é dele? – tá ai uma boa pergunta

- sinceramente eu não sei

Alice: eu preciso de um ar – ela se levantou da cama, e saiu do quarto, parecia meio atordoada 

A consequência - As Mafiosas Livro 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora