Involuntary : e se seus sonhos se tornassem realidade?

Prólogo

Sete anos. Uma pequena e geniosa garota de sete anos andava pelas ruas de Cambridge. Se divertia no Inverno, imaginando como seria se nevasse sorvete de morango. Era um dos raros momentos da vida onde ela não se sentia perseguida por seus sonhos malucos. Sempre que tinha seus pesadelos, chamava por seu pai. Joe, um homem de boa aparência e boa fama, que possuía uma alma sofrida, mas caridosa. Era o porto seguro da pequena garota. Naquele dia, porém, ele não estava com ela. A menina se perdera do caminho da escola, afundada em seus pensamentos criativos. Sem prestar atenção, ela tropeçou. Caiu com o rosto afundado na neve. Se levantou, tremendo de frio, com os lábios roxos. Olhou para os dois lados, procurando o que a fez tropeçar. Virou-se para trás, e tudo o que viu foi uma garota ,já longe, correndo. A garotinha misteriosa se virou para trás, e seus olhos castanhos e brilhantes olharam assustados e curiosos para a menina, que queria a qualquer custo decifrar quem era a figura que acabara de encarar. A partir deste dia, seus sonhos nunca mais foram os mesmos, e a garota a visitava toda noite em seus pensamentos. A menina crescia, e a garota em seus sonhos também.Todas as noites relatava as conversas para seu pai.

__Você, sabe quem é ela, papai Joe?

__Não querida, mas posso descobrir.

Todos os dia esperava que seu pai lhe dissesse o nome da garota ou onde vivia. Passaram-se dias,meses anos. Até que um dia a menina misteriosa desapareceu , sem dar explicações, e os sonhos da garota geniosa passaram a ser vazios, para sempre. Ou melhor, até no verão de dez anos depois.

Era uma noite tranquila de verão, e a menina já havia completado 18 anos. Estava nas ruas, aproveitando as férias para um passeio pelas ruas de Cambridge. Morava com seu pai, já que nunca conhecera sua mãe, e ele a permitia sair tranquilamente. Era seu último ano na escola, mas mesmo assim queria morar com o pai, que nunca deixara de ser seu porto seguro. Estava tranquila, andando sem preocupação alguma. Mas tudo aquilo poderia ser atrapalhado com um simples telefonema.

__Alô Godric?- atendeu ela, sem pensar em qualquer coisa negativa

__Diana... seu pai...

Ao ouvir a respiração ofegante de Godric começou a chorar.

__O que houve com ele? Estou na rua desde cedo...__ela explicou entre choramingos.

__Ele desapareceu.

Naquele momento o mundo dela girou, pensando em tudo o que poderia acontecer de pior. Largou tudo o que tinha em mãos, e correu em direção à sua casa. Abriu a porta com a chave e adentrou já gritando pelo pai.

__PAI JOE!

Desesperada, conferiu cada cômodo, cada cantinho, cada lugar. O celular do pai estava em cima da mesa, desbloqueado, aberto em notas.

"Fairyneith! Nunca se esqueça disso ,Di.
Com amor e saudades, Joe."

E isso aconteceu. Durante quatro meses, Diana não se esquecera, mesmo sem saber o que significava.
Também, durante quatro meses, seus sonhos voltaram.

E a garota também.