Um começo

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Por muito tempo escondi da minha própria realidade, tampava meus olhos diante o quão as coisas mudaram, e eu vi que também precisava mudar.

Nova Orleans, 2010.

"Me mudei há algumas semanas, tudo é novo para mim, não consigo olhar para essas ruas e me encaixar nelas, e nem as velhinhas que encaram-me com caras tão negativas. Qual será meu problema?
A minha família é do Canadá, lá era um ótimo lugar para viver, até o lugar começar a gelar como nunca antes. Nos mudamos para Nova Orleans.
Esse ano entro no ensino médio, esperava que as coisas fossem mais diferentes; minhas metas era para que esse ano conseguisse publicar meu livro, mas o final dele ainda é incerto, se é que as coisas têem fim. Minha família sempre dizia que escrever não dá futuro à ninguém, porém é a única forma que não me sinto tão sozinha. Brinco com as palavras e de repente elas tornam uma frase tão motivante.

Me mudei com meu pai, ele e minha mãe são separados. O motivo nunca soava tão necessário, minha mãe queria viajar o mundo, e meu pai queria ter filhos e viver casualmente, então ela me deixou morando com ele. Posso afirmar que é um paizão.

Nunca tive uma melhor amiga desde infância, o aquela amiga do fundamental; as pessoas dizem que sou a menina dos livros e me vêem como alguém insignificante nessa sociedade, más o que pensam nem tem tanta importância assim.

Nunca amei alguém ao ponto de querer me relacionar com algo sério. Vi o que meus pais passaram e nem sei se ter isso na minha vida é tão importante.

Estou matriculada em uma escola aqui perto, dizem que é uma das melhores, más não acredito, sempre vai ter os meninos que tentam colocar a cueca do outro na cabeça dele, e aquelas meninas que choram no banheiro por garotos, e aquela menina que ninguém conhece realmente e no intervalo fica sozinha, bem essa menina certamente irá ser eu. Não fico mais tão ansiosa igual antigamente. Não tenho boas notas, a única materia que é cem na certa é produção textual é claro."

Dia seguinte, escola Esfiguil:

A manhã acordou bem fria e solitária, Elizabeth, ajeitou-se para aula, pegou seu melhor casaco de coro, uma xícara de café bem quente, e uma trança no cabelo. Nas portas de vidro dos estabelecimentos poderia desenhar carinhas felizes e tristes, depende do que estivesse sentindo.

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⏰ Última atualização: Nov 30, 2021 ⏰

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