O Círculo - Park Jimin

𝟚𝟜 - 𝕍𝕠𝕝𝕥𝕒𝕟𝕕𝕠 𝕒 𝕒𝕥𝕚𝕧𝕒 𝕟𝕒 𝕡𝕣𝕒𝕚𝕒

- HATHAWAY -

O CÍRCULO

CAPÍTULO VINTE E QUATRO

Voltando à ativa na praia

— Hey Jimin. Não sei o que falar pra você agora... É natal, sabia? Vincent chamou Jungkook e eu pra passar com a família dele e a família da noiva. Estou me arrumando agora pra encontrar com eles na Terra, queria que você estivesse aqui me apressando pra sairmos.

— Ou melhor, queria que você estivesse aqui pra eu te apressar porque o atrasado sempre foi você por causa desse seu cabelo lambido que tem que estar duro de tanto gel as vezes. Enfim... Feliz natal, sinto sua falta.

Mensagens de Ava Wilson

Primeiro natal sem Park Jimin

☁️☁️☁️

Jungkook foi o primeiro a me ver.

Minhas pernas estavam se movendo sozinhas enquanto um calafrio tomava conta das terminações nervosas do meu corpo, JK cutucou Ava e falou alguma coisa em seu ouvido, quando ela virou o rosto e olhou diretamente pra mim eu senti uma puta descarga de adrenalina que me eletrizou de uma forma absurda.

Tentei ler sua fisionomia nos poucos segundos que faltavam para que eu parasse em sua frente, mas seu rosto não entregava nada, apenas o mais explícito nada. Uma emoção, por mais ruim que fosse, era melhor do que não ter ideia do que esperar.

Ava vestia um short folgado florido e uma regata branca, Jungkook se levantou do tronco de árvore e bagunçou os cabelos dela antes de sair andando, quando passou por mim ele fez o mesmo com meus cabelos, me senti como se Ava e eu fossemos irmãos caçulas brigados e Jungkook nosso irmão mais velho que estava tentando resolver o problema dos dois.

Afagar minha cabeça me fez relacionar a isso. Não me julguem, tô nervoso.

Assim que parei em sua frente eu travei, foi tanto tempo longe dela, tantas coisas que me tornei consciente e tanto receio de vê-la de novo que eu não conseguia organizar meus pensamentos pra falar nem que fosse uma mini frase. Ava se afastou um pouco para o lado e bateu duas vezes no tronco de madeira, fazendo sinal pra que eu me sentasse, acenei uma vez e me sentei ao seu lado, uni as mãos na frente do corpo e olhei pro mar, totalmente consciente do calor que a guardiã emanava à minha direita.

Ficamos em silêncio por muito tempo, acredito que foram uns vinte minutos com os dois caladões olhando pra todo o canto menos um pro outro enquanto as milhares de pessoas na praia socializavam entre si. Alguns dos nossos amigos guardiões até fizeram menção de se aproximar da gente, mas quando viam que era Ava e eu no tronco e provavelmente sentiram a tensão palpável no ar, apenas deram meia volta e foram embora.

Sensatos.

Sem nada pra fazer, acompanhei os desenhos do meu braço com o dedo indicador e comecei a assoviar, Ava soltou o ar ao meu lado e ouvi ela tomando fôlego pra falar.

A descarga de adrenalina tomou conta de mim outra vez.

— Se vai ficar assoviando o resto da madrugada, melhor que use suas cordas vocais pra cantar alguma coisa, pelo menos o clima estranho fica com trilha sonora. — Parei no mesmo momento e olhei dentro dos seus olhos.

Puta merda, perto demais.

Ava alternou o olhar em cada um de meus olhos por um momento e depois desviou para o mar.