eleven (alt. end.)

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ALGUMAS SEMANAS DEPOIS

Meghan Thompson

— Mamãe! - acordo assustada ao ouvir Henry gritando. — Mamãe! - ele me chama novamente

Levanto rapidamente e corro até o seu quarto.

— Henry! - abro a porta e acendo a luz. — Henry! - ele chorava desesperadamente. — Filho! - me sento na beira da cama e balanço o seu braço

Ele abre os olhos rapidamente e se senta na cama.

— Mamãe! - ele me abraça, enquanto tentava controlar sua respiração

— Calma, foi só um pesadelo! - abraço ele e faço carinho em seu cabelo. — Já passou e eu estou aqui! - deixo um beijo no topo de sua cabeça

Seguro seu rostinho com minhas mãos e seco suas lágrimas que insistiam em cair.

— Eu sempre estarei aqui! - digo a ele e o mesmo sorri. — Quer me contar qual era o seu pesadelo? - pergunto a ele

— Agora não! - ele coça os olhos. — Será que eu posso dormir com você, mamãe? - ele me questiona

— É claro, meu amor! - digo a ele. — Vamos! - carrego ele em meu colo

— Acho que eu estou um pouquinho pesado para você me carregar, mamãe! - ele olha para mim com os olhinhos avermelhados e ri

— Só um pouquinho! - sua gargalhada ecoa pelo cômodo

[...]

Sinto dois bracinhos em volta do meu tronco, então abro os olhos e observo Henry, que ainda estava dormindo.

Pego meu celular que estava na mesa de cabeceira ao lado da cama e vejo que ainda faltavam 20 minutos para o despertador tocar.

Mexo no aparelho por alguns minutos e percebo que não havia nenhuma mensagem de Chris.

Inclusive, eu e Chris nos aproximamos desde o dia do baile. Pois, temos conversado mais e é claro, transado mais! Sendo que todas as vezes foram no colégio, como na sala dos professores, no laboratório de química e na biblioteca.

Mas ainda tentamos manter isso em segredo, já que alguns de nossos "colegas" de trabalho questionam nossa relação diariamente.

Chris até me convidou para jantar na semana passada, mas recusei o convite, pois não poderia deixar Henry com uma babá novamente. E sinceramente, isso me fez pensar na ideia de contar a verdade para ele... só não sei como!

— Bom dia, mamãe! - ouço a voz rouquinha de Henry

— Bom dia, meu amor! - vejo ele abrir os olhos lentamente. — Dormiu bem? - pergunto a ele, enquanto o mesmo estava deitado com cabeça sobre meu peito

— Sim, mamãe! - ele sorri e fica um tempo em silêncio. — Será que podemos fazer panquecas? - ele me olha

— Podemos! - digo a ele e rio. — Mas temos que nos levantar agora, para você não se atrasar para escola e para a mamãe não se atrasar para o trabalho! - digo a ele, fazendo-o se levantar rapidamente

[...]

— O que acha de me contar sobre o seu pesadelo? - pergunto a ele, enquanto o mesmo me ajudava a fazer as panquecas

— Eu não me lembro direito, mamãe! - ele diz. — Mas eu chorei, porque você me deixou sozinho! - ele me olha

— O que? - encaro ele

— Eu sonhei que você teve que ir morar com o papai e me deixou sozinho! - ele diz e eu sinto um aperto em meu peito. — Você se mudou para um lugar longe junto com o papai! - ele completa e faz um bico

Automaticamente, me lembro do dia em que estávamos nos mudando para Boston e ele me questionou sobre o pai.

FLASHBACK ON

Eu dirigia de Nova Iorque até Boston, enquanto Henry cantarolava no banco de trás e observava todos os carros que passavam ao nosso lado.

— Mamãe! - Henry me chama e eu olho para ele pelo retrovisor. — Eu tenho um papai? - ele me questiona e eu engulo em seco

Aquela pergunta caiu sobre mim de uma maneira inexplicável, já que Henry nunca havia me questionado sobre o pai antes disso. Eu não poderia pensar muito para responder, mas também não poderia dizer algo que chateasse ele.

— Sim, meu amor, você tem! - digo a ele e vejo seus olhos brilharem

— Sério? - ele pergunta. — Mas... mas por que eu não conheço ele? - ele se expressou de modo confuso

— Henry, seu papai mora bem longe por causa do trabalho dele e é por isso que ele não mora com a gente! - digo a ele e o mesmo me encara

— Mas por que ele não vem me ver? - ele pergunta e eu sinto um nó em minha garganta

— Filho, seu papai te ama muito! - minto para ele. — Ele te ama da mesma maneira que a mamãe te ama, e você sabe que eu te amo muito, não sabe? - pergunto para ele e o mesmo balança a cabeça em sinal de afirmação. — Mas por causa do trabalho, ele mora longe e ele trabalha muito! - completo

— Mamãe, nós estamos nos mudando por causa do seu trabalho, então aconteceu isso com o papai? Ele teve que se mudar por causa do trabalho? - ele me pergunta com toda a inocência de uma criança

— Sim, meu amor! - digo a ele

— Mas será que um dia ele vai vir me ver? - ele olha para mim pelo retrovisor

— Sim, Henry! Um dia ele vai! - digo a ele, mentindo novamente

— Espero que não demore muito! - ele completa e olha pela janela

FLASHBACK OFF

— Henry, você sabe que eu nunca irei te deixar, não sabe? - pergunto para ele e o mesmo balança a cabeça. — E você também sabe que seu papai não queria ir embora, não sabe? - digo a ele

— Sim, mamãe! Eu sei que ele se mudou por causa do trabalho dele! - ele me olha. — Mas se ele não queria, por que ele não voltou para ficar comigo e com você, mamãe? - ele me questiona

— Ele vai voltar, meu amor! - digo a ele e vejo seus olhos brilharem. — Um dia ele vai! - sinto meus olhos lacrimejarem, mas tento disfarçar para Henry não perceber.

The Teacher • {chris evans}Onde histórias criam vida. Descubra agora