02-Félix Caccini~

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Fecho a porta do meu carro e vou ate a sala da minha casa me sentando no sofá, pego o controle da televisão.

Merda quem ela acha que é, só hoje ela já repetiu uma 4 vezes que não é minha e isso de deixa com raiva, muita raiva! Ela é minha, sempre foi dês de quando ela era só uma criança de 5 anos ela era minha, ela sempre foi minha, se ela acha mesmo que só por que terminamos ela não é mais minha ela está muito enganada, farei o possível e o impossível para ter ela do meu lado novamente. Mais porra que gostosa ela estava com aquele maldito conjuntinho, estava aparecendo a poupa da bunda dela, porra isso me deixou excitado para caralho. Mas o que ela tem na cabeça de sair daquele jeito, e se alguém tivesse encostado nela? Eu matava o maldito por encosta em minha propriedade.

Levanto e vou ate a cozinha abro a geladeira e pego uma latinha de cerveja abrindo a mesma e tomando um gole, vou ate o segundo andar de casa e olho para o final do corredor me olhando no espelho que tem no final do corredor, não estou nada mal, meu corpo está definido como sempre e meus olhos com olheiras e vermelhos de tanta droga que uso, não me orgulho mas é meu jeito de escapar da realidade, ricos também tem problemas.

Ando ate a porta do meu quarto e logo atrás de mim está a porta do quarto de Anna, viro para a porta da mesma e coloco a mão na maçaneta giro a mesma e vejo que que trancada, é a 3 noite que venho aqui e está trancada o que ela tanto faz dentro desse maldito quarto? Bom isso não vai ser segredo ate amanhã de manhã quando ela for para a escola, vou pedir uma copia da chave do quarto dela, sei que vai parecer meio psicopata mais minha diversão quando eu e ela namorava era eu observar ela enquanto a mesma dormia, ver ela dormindo me dava conforto em saber que eu estava no controle de tudo, eu amava ver ela dormir depois que transavamos, ela ficava cansada e dormia feito um anjo, era prazeroso ver ela dormir.

Viro novamente para meu quarto e entro no mesmo fechando a porta, depois de anos essa vai ser a primeira vez que durmo sozinho depois de tanto tempo, quando não era Anna era alguma puta que eu trazia para dentro do meu quarto para eu não me sentir só.

Olho para todo o espaço do meu quarto vendo minha cama com lençóis e capas de travesseiros todos pretos, sinto um vento gelado passar pelo meu rosto e olho para minha sacada que está aberta, respiro fundo e cerro os punhos. Porra qual é meu problema, eu sou um homem caralho, tenho tudo que quero na hora que eu quero, então por que caralhos estou com esse puta medo de dormir sozinho?

É o que sempre repito para mim mesmo a meses, me encosto de costas para a porta e fecho os olhos com a cabeça erguida para o teto, descanso minhas mãos e olho para minha cama dando passos lentos ate a mesma, sento em minha cama e descanso meus braços do lado do meu corpo e olho para a sacada que e a uns 5 metros de distancia de onde estou, levanto da cama virando a latinha de cerveja em minha boca engolindo tudo e indo em direção a sacada, seguro na cerca da sacada vendo as outras mansões do condomínio que moramos, no caso eu e Anna. É um lugar calmo e sereno, tive poucas vezes brigas com vizinhos enxeridos que me denunciaram por cárcere de privado com Anna, mas eu só estava tentando proteger ela desse mundo, não foi por mal, nunca fiz nada que fosse contra sua vontade, ela gostava de ficar comigo, eu sei que gostava.

Sei que pareço um psicopata mas, não consigo ver minha mulher com outra pessoa, porra só de pensar isso já fico doido da cabeça, ela é minha!

Viro de costas para a cerca olhando para minha cama pressiono meus lábios um contra o outro, preciso dormir, sinto meus olhos pesarem e descanso meu corpo sentindo uma onda de cansaço me golpeando, passo a mão em meus cabelos e respiro fundo amaço a latinha que estava em minha mão e a jogo no chão, esse sentimento de medo me consome todos os dias que o sol sai do céu e a lua vem iluminar o mesmo, e isso me deixa estressado, pareço uma criança de 5 anos.

Tiro minha camiseta e calça ficando apenas de cueca e deito na minha cama colocando minhas mãos atrás de minha cabeça, olhando para aquele maldito teto, esse quarto mesmo com minha presença fica tão vazio, e tão sem vida, como se minha presença não fosse o bastante, como se a qualquer momento eu adormeça sem perceber e vem o mesmo pesadelo de todas as vezes que durmo sozinhos, lembranças do meu passado, isso me trás o sentimento de medo, e eu odeio sentir isso.

- Porra!- Grito sentando na cama e dando um soco na mesma.

Eu não vou conseguir dormir sozinho.

Levanto da cama e caminho ate a porta do meu quarto abrindo a mesma e vejo a porta de Anna entreaberta vejo ela descendo as escadas e sigo a mesma a uns metros de distancia dela, ela vai ate a cozinha, abre a porta da geladeira e pega a jarra de agua gelada colocando a água em um copo e tomando.

Meus olhos percorrem por todos seu corpo, ela esta com uma camisola de seda que não consigo ver a cor por conta do breu molho meus lábios e ela vira para mim e leva um susto jogando a água nela mesma, olho para seus olhos e ela coloca a mão no peito.

- Que susto, caralho.- ela diz e dou um passo em direção a ela e olho para seus peitos que estão com os bicos duros por conta do contato com a água gelada, porra com tão pouco ela consegue me deixar doido.

Ela olha para mim cruzando os braços.- O que você quer?- Ela pergunta e olho em seus olhos, coloco minha mão direita em meus lábios e analiso seu corpo de frente, ela criou tanto corpo nesses últimos 9 meses, mas estive tão ocupado esses últimos tempos que nem reparei. -Qual seu problema?- Ela pergunta, e volto meus olhos ate os seus.

- Você.- Digo respondendo sua primeira pergunta e ela franze o cenho.

- Eu sou seu problema?- Ela pergunta e caminho em sua direção ela da passos para trás e se encosta na bancada, coloco as mãos na bancada do lado de seu corpo e ela fica congelada, aproximo meu rosto de seu ouvido.

- Sim.- Digo e vejo ela se arrepiar

Ela me empurra e por conta que estou bêbado consegue me afastar dela.

- Você esta doido?- Ela pergunta.

- Por você.- Murmuro.

- Você está bêbado, Félix.- Ela diz e passa por mim esbarrando em meu ombro e escuto ela subindo as escadas.

Dou um sorriso de canto e vou ate a sala sentando no sofá e deitando no mesmo e apago.


Passado (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora