Capítulo: 12

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A luz quente do sol da manhã entrou pela janela aberta, o vento fresco trazendo o cheiro de maresia

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A luz quente do sol da manhã entrou pela janela aberta, o vento fresco trazendo o cheiro de maresia. O canto dos pássaros animados pelo amanhecer ensolarado, mas com as nuvens se carregando sobre o céu.

O abraço aconchegante unindo os corpos em um só. A sensação térmica do atrito entre suas peles, suas pernas entrelaçadas, um dos braços pálidos jogado sobre o abdômen bronzeado. A cabeça com fios negros apoiado sobre o tronco malhado. A respiração batendo contra a pele exposta.

As mãos bronzeadas passaram sobre os fios negros, alisando e apreciando a maciez em seus dígitos. Com os olhos fechados, Naruto sentiu seu coração errar as batidas.

A respiração quente tocava sua pele causando um arrepio gostoso em seu corpo, o peso de Sasuke sobre si, não era incômodo, mas tinha um significado bom. Um sentimento que o loiro ainda não saberia como nomeá-lo.

Sasuke se parecia muito com o tritão de seus sonhos. Mas por mais que quisesse acreditar, e talvez até devesse, as lendas diziam que as sereias e tritões estavam em extinção.

Mas, se Sasuke fosse um... Ele estaria em perigo. Por mais que as coisas tenham mudado de acordo com o tempo passa, a humanidade ainda continua a ser seres impiedosos.

E se essa fosse a verdade, talvez Naruto devesse temer, assim como seu ancestral ao se apaixonar por um ser aquático.

Já havia ouvido muitas lendas, várias versões contadas de diversas maneiras. Mas todas acabavam da mesma maneira.

Hashirama morto, e depois Madara se entregava a morte após ver seu grande amor sem vida.

A dor, Naruto não poderia imaginar o tamanho dela. O que Madara sentiu, mas, sabia que era um sentimento triste e grande de mais para que ele não aguentasse e se entregasse a deusa da morte.

Algumas partes da história contada nunca fez sentido. A cidade onde Hashirama morava, foi tomada por uma enchente. Inundada em poucos minutos.

Inexplicável!

Ninguém, nem mesmo os mais velhos, sabia como a cidade foi submersa tão rapidamente. Algumas teorias, ou talvez loucuras que alguns pescadores inventaram, foi que Madara agitou o oceano após perder o pai, e sem querer matou seu grande amor. Sem aguentar a dor da culpa, e a dor de não tê-lo mais ali, ele se entregou, para assim viver ao lado de seu amor no além.

Naruto sentiu a mão fria descer por seu abdômen, contornando seu umbigo, desenhando com os dedos pálidos a tatuagem tribal.

Sorriu, estremecendo ao toque delicado sobre sua pele. Tirou o braço que tapava os olhos do sol, e encarou os olhos negros de Sasuke que o fitavam com admiração.

– Bom dia. – disse sorrindo e acariciando as bochechas do menor. Sorriu ainda mais aberto ao ver Sasuke fechar os olhos e aproveitar do carinho.

– Bom dia. – Sasuke segurou a mão bronzeada e a levou aos lábios. Beijando a pele de seus dedos lentamente.

Naruto engoliu em seco quando o moreno levou seu dedo indicador a boca, e contornou seus próprios lábios, beijando a ponta. Os olhos negros se abrindo lentamente, encarando os azuis, enquanto um sorriso pequeno se formava.

Um Peixe Fora D'águaOnde histórias criam vida. Descubra agora