Capítulo 6

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CAPÍTULO VI

Naruto

Nunca me senti tão mal em toda a minha vida. Acordei ainda um completo caco, o enfermeiro que estava cuidando de mim era um pouco inexperiente e não conseguia achar minha veia de jeito nenhum, me furou diversas vezes sem sucesso, e quando finalmente conseguiu encontrar uma ele me fez o favor de aplicar a medicação errada me causando uma pequena reação alérgica.

Nunca me senti azarado antes e não gostava da sensação, não é a toa que minha mãe me pediu em seus últimos minutos de vida que não tirasse o medalhão, apenas quando encontrasse minha alma gêmea... E agora aqui estava eu em uma cama de hospital sem medalhão e sem alma gêmea. Precisava encontra-lo o quanto antes, a última vez que me senti amedrontado assim foi no banco de trás do carro dos meus pais antes daquela luz - que descobri depois ser um caminhão na contra mão – nos atingir e ceifar a vida de meus entes queridos.

Sasuke foi até o Ichiraku e chegou quando eles estavam de saída, por pouco não conseguiu falar com Teuchi. Procurou nos assentos, no chão, banheiro e tudo mais confirmando o que eu temia, se tinha algum medalhão por lá, com certeza virou história já que ele solicitou às funcionárias que jogassem tudo fora... Não sabia o que fazer, estava desesperado. Teuchi até me ligou perguntando se eu gostaria que ele questionasse as garçonetes para saber se elas viram alguma coisa, mas eu agradeci e disse que não era necessário. Afinal, não adiantaria de nada a menos que elas houvessem anotado a placa do caminhão de lixo e ainda por cima colocado o colar em uma sacola reluzente escrito "O medalhão está aqui"...

Eu já estava cansado de ficar parado, sou uma pessoa muito ativa e aquilo estava me matando aos poucos, me levantei devagar para ver se eu tinha algum sinal de tontura e o ero-sennin veio me amparar na hora.

- Calma rapaz! Onde você pensa que vai nessa pressa toda? – Estava receoso em contar ao ero-sennin que perdi meu colar, mas também nunca gostei de mentir então contei tudo para ele. O estranho foi o que veio logo em seguida.

- Finalmente a hora chegou. – Disse pensativo e eu o olhei confuso.

- Como assim ero-sennin? Do que você está falando? – Ele me fez assentar na cama e se sentou ao meu lado colocando um braço em volta de mim e puxando um envelope de carta branco do bolso da jaqueta.

- Uma hora isso ia acontecer Naruto, eu não sou a pessoa certa para te explicar, até porque não entendo direito então... Pegue – estendeu o envelope para mim que peguei receoso – As respostas estão todas aí. – Me deu um leve sorriso e bagunçou meus cabelos antes de me deixar sozinho. Lentamente abri o envelope, era uma carta...

Filho querido,

Se estiver lendo essas linhas é porque certamente a hora chegou e não estamos mais nesse mundo para lhe contar a verdade. Seu pai e eu decidimos escrever essa carta por precaução para esclarecer algumas dúvidas que você venha a ter quando perder o medalhão.

Peço que não se sinta mal meu querido, não foi sua culpa e de fato não é algo ruim, mas sim um evento maravilhoso.

O medalhão é considerado um amuleto da sorte, porém ele é muito mais que isso. Ele passou pela nossa família de geração em geração até chegar a você, sua real utilidade está em fazer com que encontremos a nossa alma gêmea.

Eu recebi o colar com o medalhão completo em meu aniversário de 15 anos, minha vida era tranquila e não tinha nada do que reclamar, porém após recebê-lo fui agraciada com uma incrível bonança. Até que o perdi na faculdade quando completei 17 anos, seu pai o encontrou e ele foi agraciado com a sorte pela primeira vez na vida, enquanto que eu experimentei o mais terrível azar, que certamente não desejaria ao pior dos meus inimigos. O destino se encarregou do resto e em menos de uma semana nos encontramos, nos apaixonamos e dividimos o medalhão para restaurar o equilíbrio.

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