A Floresta Nordmarka

Vila Esmerald

Assim que Han retornou ao acampamento, contou o que lhe tinha passado, mas como de se esperar, ninguém acreditou nele, para Pedro e Elise, ele tinha inventado isso só por ter falhado em encontrar comida.

- Gente, eu estou falando sério, tinha esse Elfo chamado Chatos, ele vai nos abrigar, vocês vão ver.

- Tá, tá, irmãozinho, agora o que a gente vai comer, hein? ou você acha que eu vou ficar com fome até meia noite?

- Bom, aí eu já não sei...

- Aí deixa comigo, eu vou buscar umas frutas para nós.

- Pedro, eu já rodei essa floresta e não vi nenhum pé de manga.

- Deixa comigo, confie no pai.

- Aí, pra mim eu desisti, não espero nunca mais ver minha família e amigos, acabou minha vida social, adeus mundo cruel... (Elise fazendo drama)

Pedro retorna, e por incrível que pareça, com várias frutas.

- Uau! Não estou crendo no que meus olhos estão vendo, Pedro você achou comidaaaaa! ahhhh!

- Claro princesa Elise, eu falei.

- Nossa, até eu estou surpreso, onde você encontrou? eu rodei essa floresta e não consegui.

- Segui os pássaros.

Pockerface!

Depois de finalmente comer, eles vão dormir, até o fim da noite, que viria ao encontro do elfo Chatos. Han mal se aguentava de tanta ansiedade por querer saber como será a Vila dos elfos.

Já era quase meia noite, então Han, Elise e Pedro saem em direção ao encontro do Elfo.

- É aqui mesmo maninho?

- Sim, é aqui! Vamos aguardar um pouco.

- Nossa, quero só ver...

- Olá humanos! (O Elfo surge num passe de mágica)

-Ahhhhhhh (grita Elise)

- Porra Han, é real mesmo, esse troço existe!

- Troço é quem vos fala, pedaço de cruz credo!

- Eu tive um susto, mas pelo que vejo ele tem senso, todos sabemos que Pedro parece mais é um pirarucu do que um ser humano, hahahaha.

- Vai rata de esgoto.

- Coragem viu, chame essa deusa que sou eu de rata.

- Calados vocês dois, então Chatos, o seu rei vai nos abrigar?

- Sim, ele disse que vocês ficarão até que suas missões sejam completadas.

- Espere um momento, que missão?

- Ah eu esqueci de falar, foi mal, eu estava muito atordoado, só vamos poder sair da floresta quando aprendermos sobre nós mesmos, e deixar para trás as coisas que nos aflige.

- Nossa maninho, obrigado por só dizer isso agora.

- Porra! que floresta de merda, hein!

Finalmente chegou o momento de eles conhecerem a Vila Esmerald, quando bate meia noite, algo fenomenal acontece, o portão de galhos e as flores começam a brilhar e ficar cada vez maiores e então uma luz começa a surgir no centro desse portão, como uma espécie de portal mágico, tudo fica com uma coloração dourada e brilhosa, então o Elfo os convidam a entrar, assim todos entram e ficam perplexos com tamanha beleza que é o lugar. A vila era enorme, a grama era de um verde tão belo, que parecia ser até falso, o céu era azul turquesa, parecia mais que estavam dentro de um jogo virtual, tudo aquilo era irreal, casas feitas sobre árvores, todas coloridas e de designs únicos, e diferente do que aparentava o Elfo de 10cm, na verdade todos tinha tamanho de um ser humano, incluso Chatos, quando atravessou o portal. Tudo era mágico, magnífico, e no horizonte a fundo existia um enorme e esplendido castelo, do alto da montanha completava uma maravilhosa vista da Vila, e era lá o destino deles.

- Meu Deus! Que lugar incrível, Chatos.

- Nossa isso tudo parece um sonho...

- Quer que eu te belisque Elise?...

- Então Chatos, onde vamos ficar?

- Lá (Chatos aponta para o castelo)

- Queeeeeee?! (todos gritam)

- Sério?!...

- Sim! O nosso rei é muito generoso, concedeu seu próprio lar para recebê-los, sintam-se honrados, não é pra qualquer um.

- Nossa que incrível, eu nunca achei que me hospedaria em um castelo.

- Muito menos eu maninho...

- Ah, eu sempre me senti com sangue azul, sabe? Então, de boas.

- Hã?! vai catar coquinho, meu Deus!

Chatos levou eles pela a vila adentro, apresentando-os a cada cidadão, e contando um pouco da história dessa vila tão misteriosa...

A muito tempo atrás, a floresta era um lugar livre entre humanos e seres místicos, todos convivam e compartilhavam de suas experiências, ajudavam uns aos outros, era um local pacífico, até que surgem os ogros, um grupo de seres detestáveis por todos os outros, são movidos ao ódio e gostam de causar sofrimento por onde passam. Mas, eles não surgiram do nada, um grupo de aldeões de um reino distante chamado Norus, foram os responsáveis por atraírem os ogros para a Floresta de Nordmarka, com objetivo de desestruturá-la, pois estavam atrapalhando os negócios do reino de Norus, porque estava se desenvolvendo muito rápido, assim afetando no comércio desse reino... Os humanos tiveram que fugir, pois não tiveram coragem para proteger a floresta junto com os místicos da floresta, então uma fada com raiva por ter sido abandonada pelos humanos, lança uma grande maldição "Qualquer humano que entrar na floresta Nordmarka, com questões pessoais inacabadas, ficarão presos, a não ser que consigam encontrar o seu objetivo", mas poucos humanos conseguem e muitos acabam mortos pelos próprios ogros. Para fugirem dos ogros, os outros seres criaram vilas através de sua magia, cada um tinha seu rei ou rainha, e acabaram não se misturando com os outros seres, criando também uma rivalidade entre eles, Fadas, Duendes, Ninfas, Elfos e Dríades, vivem separados e com regras de um não intervir na vila um do outro, mas os que mais tem rivalidade são elfos e fadas, pois as fadas negaram proteção aos elfos quando a muito tempo atrás estavam sendo atacados por ogros.

Chegam no castelo...

- Vossa majestade, está aqui os seus convidados...

- Olá, sejam bem-vindos ao meu humilde castelo.

O Rei elfo tinha uma aparência de tio careca de uns 40 anos, e usava uma manta de uma cor verde com faixas de cor de ouro, um ser bem sorridente e muito simpático.

- Olá, meu nome é Han, gostaria de lhe agradecer por esta recepção e acolhimento, fico muito grato, eu e meus colegas aqui.

- Sim! Obrigada.

- Valeu aí tiozão!

- hahaha! já vi que esse tem senso de humor, gostei dele.

- Bom, com sua licença meu rei, vou levá-los aos seus dormitórios.

- Claro Chatos, leve-os, até amanhã meus caros, espero vocês para o café da manhã de boas-vindas.

- Certo, até amanhã.

Saem para seus quartos...