02 || Mansão Malfoy

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Lá estava ele em toda a sua glória: A Mansão Malfoy.

O lado de fora parecia quase tão frio e sem alma quanto a família dentro dela seria. Muito grande, de fato, o que me faz pensar por que uma família precisaria de um espaço tão grande.

Muito rapidamente eu tive que me lembrar das tendências superficiais pelas quais a família Malfoy é famosa.

Dinheiro, poder e status parecem ter importância apenas para eles, então, naturalmente, uma casa com mais quartos do que eu poderia contar com as duas mãos seria suficiente.

Fiquei surpreso ao ver tantos arbustos e plantas ao redor da base da casa. As corriolas seguiam lindamente ao longo dos lados das paredes dos arbustos, levando à porta principal, e as dálias negras cobriam o espaço em frente ao portão principal. Deve ter sido obra de Narcissa.

Eu rapidamente segui os passos largos de Draco, fazendo nosso caminho até a porta. Era como se o elfo doméstico deles estivesse esperando nossa chegada, porque no segundo em que subimos os degraus, a porta se abriu, revelando um elfo doméstico de aparência bastante baixa e nervosa.

Eu tinha ouvido histórias sobre o pobre Dobby e como Lucius Malfoy ficou terrivelmente bravo quando Harry o libertou. Claro, com seu dinheiro e poder, eles encontraram um substituto.

— Olá, Sr. Malfoy e amiga. — O pequeno elfo guinchou e abaixou a cabeça enquanto se movia para o lado para nos deixar entrar na grande casa.

— Cale a boca, escravo. — Draco disse asperamente enquanto chutava seus sapatos para o elfo pegar e guardar.

Copiei Draco e tirei meus sapatos, empurrando-os gentilmente para o lado com meu pé. O elfo estremeceu com o tom de Draco e pegou nossos sapatos em pânico, cambaleando antes que eu tivesse a chance de me apresentar.

— Isso foi tão maldoso, Draco. — Eu suspirei e rolei meus olhos, nervosamente seguindo atrás dele.

— Se você acha que isso foi maldade, você realmente não vai durar um dia aqui. — Draco zombou. — De qualquer forma, acho que vou te mostrar o lugar antes que minha mãe e meu pai cheguem. — Ele se virou para olhar para mim e inclinou a cabeça para o lado, indicando para onde iríamos primeiro.

O saguão era enorme, com uma grande escadaria à direita e colunas coríntias de cada lado. Havia um espaço aberto à esquerda com um grande piso aberto bem à frente da porta principal.

Presumi que o primeiro andar era usado para fins de entretenimento sempre que eles organizavam grandes bailes ou festas.

A sala à esquerda tinha um enorme piano de cauda. Preto, é claro, com letras prateadas acima das teclas que representavam Malfoy, e as pernas dos pianos eram cobras prateadas.

Um belo banco preto estava sentado na frente dele com uma almofada de veludo verde esmeralda no topo. Eu só podia imaginar Narcissa tocando.

— Esse deve ser o piano mais lindo que eu já vi. — Eu sorri, e caminhei em direção a ele, correndo meu dedo suavemente pelas cobras, fazendo meu caminho até as letras suaves no centro dele. — Sua mãe toca? — Eu me virei para encarar Draco.

— A família inteira toca, na verdade. — Draco disse casualmente, com uma expressão entediada no rosto.

Eu realmente não conseguia imaginar Lucius tocando piano. É apenas algo que eu teria que ver por mim mesma. Aprendi a tocar quando era pequena, mas nenhum dos meus amigos sabem. Sempre foi um hobby meditativo meu.

Gosto de como posso tocar sem pensar, de como meus dedos dançam ao longo das teclas, provocando belas notas e acordes.

Eu levantei minhas sobrancelhas em surpresa e comecei a seguir Draco escada acima até o segundo andar.

Daddy Issues - Lucius Malfoy (tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora