Capítulo 7 ‒ Meus amigos

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‒ Este será o seu quarto. Espero que sinta-se em casa.
‒ Isso é impossível, aqui não é minha casa, nunca será minha casa. Disse em tom de voz arrogante como era de costume.
E começaram a discutir...
‒ É bom que se acostume, em breve será a senhora desta casa, querendo ou não.
‒ Júlio, você não pode me manter aqui, meus amigos vão me procurar, se é que já não estão procurando. Tinha um tom de voz desesperado por parte de Lize.
‒ Quanto a isso não se preocupe... Meu segurança já enviou uma mensagem do seu celular, explicando o motivo de sua ausência. Falou colocando as duas mãos no bolso de sua calça.
‒ Acho que não ouvi direito. O que você fez?
‒ Isso mesmo, nesse momento eles estão pensando que você precisou se ausentar para ir visitar uns parentes fora do país...Ah... e em seu trabalho também já está tudo resolvido. A partir de amanhã não irá trabalhar mais.
‒ Seu desgraçado, me deixe sair...eu te odeioooooo. Lize falou chorando derramando lágrimas e mais lágrimas, se sentindo impotente por estar com a perna machucada, e não podendo fazer nada.
‒ Mais uma vez vou te deixar avisada, se tentar fugir, qualquer coisa do tipo, seus amigos que irão pagar com a vida, os dois estão sendo vigiados por vinte e quatro horas, qualquer ligação minha dê adeus para eles.
‒ Quero que saia daqui, me deixe sozinha. Falou gritando e chorando.
‒ Tudo bem, vou te deixar sozinha. Quando o almoço estiver irei trazer para você!
‒ Não precisa, não vou comer...agora SAIA DAQUI...SEU DESGRAÇADO!
Júlio a deixou sozinha, deu as costas e saiu batendo a porta do quarto. Vê-la naquela situação, o deixara com raiva, e triste ao mesmo tempo, não conseguia entender o porquê daquele sentimento, pois não se importava com mulher nenhuma, e com ela, era diferente ele podia perceber dentro de si. Mas porque a tratara de forma tão grosseira, tão rude? Será se o fazia para poder acobertar o que sentia por ela? Seria uma defesa de sua parte? Ele não compreendia, estava se sentindo confuso, perdido, como a muito não sentia. Enquanto pensava no que estava a acontecer com ele, seguia em direção a biblioteca, pois ainda tinha um assunto pendente com Josias. Este iria lhe passar todas as informações que levantara sobre Lize. Pegou o telefone e ligou para o seu segurança.
‒ Josias?
‒ Sim senhor...pode falar!
‒ Estou na biblioteca e preciso que venha até aqui, precisamos falar sobre o relatório de Lize. Desligou o telefone e o aguardou.
Minutos depois, se ouvia batidas na porta da biblioteca. Era Josias! Quando ouvira uma ordem para entrar, assim o fez!
‒ Júlio, aqui está todo o relatório da senhorita Elize. Falou enquanto o entregara em suas mãos.
Júlio tirou os papéis que estavam dentro de um envelope, e começou a lê-los com calma e atenção.
‒ Então, como tinha lhe falado ontem... Não muita coisa sobre a vida dela, honesta, trabalhadora, namorado só tivera um, a algum tempo, mas atualmente está sozinha, exceto pela companhia dos amigos dela, Beca e Eduardo. Foi abandonada na porta de um orfanato recém nascida, e a julgar pelas informações ela me parece ser uma moça muito boa... Antes que pudesse terminar Júlio o interrompeu.
‒ Ela é perfeita para ser a minha esposa... Se bem que será muito difícil doma-la, mas não há nada que eu queira que eu não consiga.
‒ Não posso acreditar no que estou ouvindo...Você vai casar com ela, se aproveitando da inocência da pobre moça. Vai fazê-la sofrer, você não a ama, é puro capricho seu!
‒ Isso não é da sua conta! Cuide de sua vida, deixe que da minha cuido eu! Júlio falou se levantando de sua cadeira, com uma expressão de raiva.
‒ Tudo bem! Não está mais aqui quem falou. E quando você pretende trazê-la para cá?
‒ Ela já está aqui conosco...Agora a deixei no quarto.
Incrédulo com a agilidade de Júlio, Josias o olhou nos olhos e viu um brilho diferente em seu olhar. Pobre moça, irá sofrer muito, era só no pensara naquele momento.
‒ E o que pretende fazer para ela não fugir e para mantê-la aqui? Porque o pé dela não ficará machucado para a vida toda, você sabe disso, né?
‒ Simples...Isso já está sob controle.
‒ O que você está pensando em fazer?
‒ Já fiz! Ameacei os amigos dela, caso ela colabore. Disse Júlio com um riso decanto de boca, com certa malicia na voz.
‒ O quê? Realmente você perdeu a noção, está ficando louco! Como pôde fazer uma ameaça dessas?
‒ Claro que eu não vou fazer isso, né Josias! Apenas precisei usar desse argumento para poder ela não desobedecer, e cooperar. E eu te proíbo de falar qualquer palavra sobre isso com ela. Falou em tom de ameaça para Josias.
Maria os interrompe com batidas na porta para avisar que o almoço está pronto. Ambos se levantam, Josias sai na frente e logo atrás, Júlio o acompanha. Já na sala de jantar Júlio fala com Maria.

O amor inesperado do mafioso (história completa na Hinovel)Onde histórias criam vida. Descubra agora