Os Protetores

A invasão

Na grande São Paulo, as pessoas que todo dia caminhavam pelas ruas imensas e quentes devido ao sol quando não estavam sofrendo com chuvas, pensavam que já tinham visto de tudo, que não havia coisas mais bizarras para se ver, desde que duas armaduras de titânio se enfrentaram da Marginal Tietê até a Avenida Paulista, nada seria mais improvável de acontecer.

Mas, tudo mudaria naquela manhã de quarta-feira, quando, do céu azul que emendava um sol escaldante, pessoas suando por baixo dos paletós, uma sombra imensa surgiu. Era maior que a sombra do meteoro que Diversus havia socado pra fora da Terra anos atrás.

Ao perceberem a nave chegando no céu, imediatamente todos entraram em desespero.

- Fujam! Há uma invasão!!! - gritou um homem.

Alguns que passavam por lá, ficavam tão assustados que nem conseguiam correr, simplesmente ficavam em estado de choque, sem conseguir se mexer, apenas olhando a nave chegar e ficar flutuando no ar.

- Vamos logo! - disse uma moça, puxando o homem com ela, sem nem ao menos conhecê-lo.

Demorou alguns segundos para que uma luz surgisse no centro da nave e de lá, saiu Zhoruk, com dois aliados em cada lado seu.

- Procurem pelo garoto, ele deve estar em algum lugar! - ordenou ele.

- Sim, chefe. - os dois capangas disseram.

À medida em que avançavam pela cidade, os três iam procurando pelo tal garoto, carros, casas, lojas, tudo quanto era tipo de lugar, eles procuravam, se não encontrassem ele lá, não deixariam barato, desintegravam sem piedade.

Enquanto o caos acontecia lá fora, Nélio Zulu, que observava tudo, percebeu que não podia ficar parado. 

- Agente Karen Lellis! - chamou ele.

- Sim senhor Nélio! - falou ela.

- Acho que agora sim, temos motivos para começarmos a unir a equipe Protetores, olha aquilo lá. - ele apontou para a gigantesca nave à sua frente.

- Eu vou falar com Márcio Sterling, depois dessa, duvido que ele irá recusar. - suspirou ela.

- Ótimo, faça isso. Enquanto isso, irei procurar por mais reforços. - assentiu ele.

Karen imediatamente correu até o heliporto e começou a sobrevoar a cidade de helicóptero, rumo à casa de Márcio Sterling, mas procurando tomar cuidado com o mesmo, para não ficar no campo de visão dos invasores. Mesmo com dificuldades, ela conseguiu estacionar o mesmo em um estacionamento que ficava na esquina da mansão Sterling, e correu pra casa dele.

Assim que atendeu, foi surpreendida ao ver que quem abriu a porta foi Lúcio, que a cumprimentou com um sorriso.

- Olá Karen, o Senhor Sterling não está. - disse ele.

- Como assim não está? Eu preciso falar com ele! - reclamou ela.

- Eu sei, mas ele disse que precisava sair, tanto que me mandou para cá tomar conta da filha dele e eu aproveitei e trouxe a minha junto. - explicou.

Karen adentrou a casa e realmente, as duas meninas assistiam televisão na sala enquanto desenhavam e pintavam os personagens do desenho que viam. Como não foi notada por elas, a Mulher-Elétrica começou a caminhar na direção da porta do laboratório.

- Escute Karen, posso falar para o senhor Sterling que você esteve aqui. - respondeu Lúcio, andando atrás dela.

Mas Karen, determinada, continuou calada. Chegando na porta do laboratório, acionou o seu lançador de raios de choque na direção do painel que Sterling usava para abri-lo. Com o curto-circuito, ela pôde facilmente danificar o sistema e abrir a porta do laboratório.