Capítulo 13

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Oláaaa meus amores! Vamos de maratona até o final do livro?  Porque vem livro novo aí haha <3


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Julia

O dia mal tinha amanhecido e eu já estava quase enlouquecendo sem notícias do Ricardo. Mesmo com muita raiva, não conseguia deixar de me preocupar com aquele traidor. Sim! Além de chifruda, sou uma completa idiota. O pior era que as crianças não paravam de chorar com saudade do pai e colocavam a culpa em mim por ele ter ido embora. Não tive coragem de contar para eles que o homem que viam como um herói colocou outra mulher no lugar da mãe deles.

— Onde o papai está, mãe? Eu quero falar com ele, estou com saudades — Ceci me perguntou com os olhinhos cheios de lágrimas, ela e o Junior dormiram comigo na minha cama no lugar do pai, sentindo o cheiro dele.

Meus filhos raramente tomam café da manhã sem a presença do pai ou pelo menos um bilhetinho fofo de bom dia no lugar de cada um deles, mas hoje Ricardo nem ligou para desejar bom dia, pelo menos para os pequenos que sentem mais a falta dele. Isso só provava que nunca foi o homem que pensei que fosse quando me casei com ele. Foi só se envolver com uma ninfeta que se esqueceu até das crianças.

— Eu não sei, filha, sinto muito! — Apertei os lábios para engolir a vontade de chorar, nosso café da manhã sem o Ricardo estava parecendo um verdadeiro velório.

— Não seja boba, Maria Cecilia, o papai foi embora porque não ama mais a gente e nunca mais vai voltar. — Joaquim saiu da mesa revoltado e foi para o quarto dele.

— Isso é verdade, mamãe? — Junior começou a chorar, fiquei sem saber o que responder.

Percebendo isso, Maria Lara tomou a palavra e me salvou.

— Não é não nada disso, Juninho, o papai só está zangado. Mas logo ele volta para casa. — Sorriu para o irmão mais novo. — Vem aqui na maninha, vai ficar tudo bem. — Puxou o irmão caçula para o colo dela e o ninou como se fosse um bebê.

Então a campainha tocou e eu saí desnorteada para atender, essa situação toda me deixou totalmente fora do eixo.

— Bom dia, dona Célia, está tudo bem? — perguntei preocupada ao abrir a porta, minha sogra parecia nervosa, suas bochechas rechonchudas estavam até rosadas.

— Está sim, Julia! Vim limpar a honra do meu filho. — Minha sogra entrou na minha casa. O seu humor não era dos melhores, e ela não estava sozinha.

Logo atrás da minha sogra, Barreto entrou com cara de poucos amigos. Eu estava muito magoada com ele, com certeza sabia do caso extraconjugal do chefe e ajudava a encobrir.

— O que está fazendo na minha casa, Barreto? Não é mais bem-vindo aqui.

— Tente se acalmar e só escuta o que eu tenho para dizer, porque você e toda a sua família estão correndo perigo. — Sua expressão me causou um calafrio que percorreu as entranhas, então aquele pressentimento ruim igual a quando recebi o envelope preto se fez presente.

— Como assim em perigo? — Engoli em seco.

— Armaram para o delegado, Julia. Eu estava lá quando esse beijo da foto aconteceu, Ricardo empurrou a moça para longe depois de ela beijá-lo à força — contou, mas não fiquei muito convencida.

— O beijo não me pareceu nem um pouco à força na foto, Barreto. — Deixei o ciúmes falar mais alto de novo, mas, para ser sincera, nem parei para analisar a foto direito, só vi a boca do meu marido colada na daquela piranha e surtei.

SPIN-OFF DELEGADO AVILAR Onde histórias criam vida. Descubra agora