7. Punições e repouso

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[...]


September 21, 2015.
Paris, France.


Marinette Dupain-Cheng


Não pensei que deixaria a escola tão cedo, logo no primeiro dia. Se antes já era ruim ter que aturar Chloé e suas maldades, a partir de agora será ainda pior, pois terei de me preocupar também com seu novo amiguinho. Quem aquele garoto pensa que é?

Se aquele loiro de farmácia acha que vai fazer o que quiser aqui no colégio apenas por ser "famoso", ele está muito enganado!

Ainda estava na enfermaria com Marina quando de repente ouvimos duas batidas à porta. A enfermeira foi de pronto atender a mesma, quando a abriu pude avistar papai um tanto preocupado. A essa altura papai já deveria estar acostumado com a minha falta de jeito, mas ele sempre se preocupava como se fosse a primeira vez.


— Ah, querida, você está bem? - papai perguntou adentrando a enfermaria e vindo em minha direção assim que Marina deu-lhe a passagem para adentrar o local.

— Papai, eu estou bem. Não se preocupe! - ri de sua expressão.

— Está bem mesmo? Isso não está com uma cara muito boa! - exclamou papai analisando meu joelho. — O que aconteceu? - perguntou curioso.

— Eu... caí. Isso não é nenhuma novidade, não é mesmo? - perguntei forçando um sorriso em seguida.

— Bem, é verdade. - papai concordou. — Tem que tomar mais cuidado querida!

— Com licença, Senhor Dupain. - Marina aproximou-se de nós.

— Ah, claro... Sim? - papai disse voltando sua atenção a gentil enfermeira.

— A Marinette já está liberada para ir. - disse Marina encarando papai, logo a mesma voltou-se a mim. — E Marinette, não se esqueça do repouso total e das compressas de gelo a cada duas horas!

— Pode deixar, Marina! - sorri a mesma.

— Então... já que não pode andar.. - papai aproximou-se mais de mim e logo pegou-me no colo, envolvendo-me com seus braços em seguida.

— A-ah.. p-papai, acho que isso não será necessário! - exclamei séria. Se meus colegas me virem, vai ser completamente vergonhoso.

— Claro que é necessário, querida. Você não pode fazer esforço com sua perna! - protestou papai.

Ele não estava errado, eu realmente não poderia ir embora andando, então desisti de contestar. Afinal, era isso ou a cadeira de rodas, não sei dizer qual seria pior. Tudo o que eu poderia fazer agora era torcer para que ninguém me visse sendo carregada pra casa. Mas como nada na vida é como a gente deseja, o óbvio aconteceu.

Assim que papai passou pela porta da enfermaria comigo, pude avistar minha turma voltando para a sala de aula aos poucos. Era de se esperar que meu pai chamasse a atenção de meus colegas, um homem de sua altura não passaria despercebido, ainda mais quando me tinha em seus braços.


— Aquela ali não é a Marinette? - Mylene cochichou alguma coisa para Alya, que logo voltou sua atenção a mim.

— Sim, é ela sim. - Alya respondeu a ela alguma coisa também antes de vir em direção ao papai. Logo que o mesmo a viu se aproximar diminuiu seus passos. — Amiga, você está bem mesmo?! - perguntou preocupada. — Não minta para mim! Seu estado é grave? Quanto tempo você ainda tem de vida? - Alya interrogava sem parar como uma repórter, chegava a ser engraçado.

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⏰ Última atualização: Jul 10, 2022 ⏰

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