Ludmilla Oliveira POVAcordei com o barulho insuportável do despertador e a luz do sol machucando meus olhos. Hoje é meu primeiro dia de aula em Miami. Me mudei pra cá porque meu pai conseguiu um novo trabalho, e eu uma bolsa de estudos. Eu deveria estar feliz por ele; meu pai sempre amou ser policial, era o sonho dele desde criança. Ele me ensinou tudo que sabe sobre se defender até a usar uma arma.
Meus pensamentos foram interrompidos por uma ereção na qual doía muito. Corri para o banheiro tomando um banho gelado para abaixar essa coisa, você deve estar se perguntando "ereção?!" SIM, eu sou intersexual, já me acostumei com toda essa loucura; eu até gosto do meu "amiguinho" aqui.
Sai do banheiro tremendo de frio. Hoje em Miami está congelando. Coloquei meu moletom preferido, por que preferido? Bom, simplesmente porque está estampado uma lua e um sol, eu amo os dois. Arrumei minha bolsa e desci para a cozinha.
Roupa da Ludmilla.
- Bom dia mãe -comentei quase tropeçando no degrau da escada, não me julgue, estou processando que acordei ainda e odeio acordar cedo.- Bom dia Lud. Você está linda - Minha mãe me olha dos pés à cabeça, enquanto fechava a geladeira.
- Porquê é o primeiro dia de aula ué, pode ter certeza que amanhã eu vou de qualquer jeito - ri junto com minha mãe, enquanto sentava na cadeira junto ao meu pai para comer meus bacons com ovos mexidos.
Mas era verdade. Eu me arrumei hoje, mas amanhã eu não vou estar nem aí pra nada; é sempre assim.
- Bom dia policial Oliveira - Falo ao meu pai que estava ao meu lado todo sorridente.
- Bom dia meu amor! Preparada para o primeiro dia de aula? - Diz meu pai, bebendo um pouco de seu suco.
- sim, pai - Sorrio falso. Eu até gosto de ir para escola, mas o problema é os riquinhos chatos de lá. Não aguento eles. Não estou nem aí para os pais deles que são respeitados por serem ricos ou tanto faz. Já estou vendo que vou ser chamada direto na direção da escola por briga.
- Quer uma carona, filha? - meu pai diz se levantando, enquanto pegava as chaves encima da mesa.
- Não precisa pai. Eu estou com frio, então vou de skate para esquentar o corpo. - falo e ele só afirma com a cabeça.
Me despedi da minha mãe e meu pai com um beijo na bochecha e peguei meu velho amigo skate.
Andando pela cidade enquanto escutava música no meu celular no máximo. A escola não era tão longe da minha casa, eu poderia até ir andando se quisesse, mas eu adoro andar de skate, sério!
Chegando perto da escola percebi ser enorme, nossa! Tenho que concordar que Malik's school é linda.Eu estava tão vidrada na visão da escola que nem percebi um carro vir até minha direção. Eu acabei caindo do skate pelo susto. O carro parou com tudo na minha frente; e de lá saiu uma mulher, e nossa! Que mulher! Ela é linda, sua pele negra, seu rosto com uma maquiagem leve, suas curvas, seus lindos olhos verdes penetrantes, ela vestia um terno feminino preto. Saí dos meus pensamentos com a mulher na qual eu nem sabia o nome, na minha frente gesticulando com a mão pra lá e pra cá.
- Ei garota! Você não olha por onde anda não?! Eu quase te atropelei! - Ela dizia com o cenho franzido, ela estava brava.
- Eu não te vi, calma aí moça - Eu digo calmamente, como se não tivesse quase morrido.
Ela não disse mais nada, só entrou no carro e saiu de lá cantando pneu. Peguei meu skate do chão, agradecendo por não ter sido quebrado. Olhei ao redor e vários alunos me encaravam como se eu tivesse feito um crime. Mas eu só ignorei e entrei na escola, como se nada tivesse acontecido.
O corredor era enorme. Peguei um papel no meu bolso com o número do meu armário e fui procula-lo, mas a escola era tão grande que eu fiquei perdida. E faltava 10 minutos para o sinal.
- Ei latina suicida, está perdida? - Uma menina loira e alta, quase me confundi com a beyoncé me perguntou.
- Latina suicida?! - Perguntei sem entender
- Sim! Latina suicida, você por algum acaso sabe quem é aquela mulher que quase te atropelou? - a Beyoncé do Paraguai me pergunta abismada.
- Deveria?! - Falo como se importasse com a mulher, que nem perguntou se eu estava bem.
- Sim!? Ela é a professora mais respeitada daqui. Todos têm medo dela. - a loira fala baixo, como se a mulher pudesse ouvi-la.
- Ah. Bom, eu não ligo. - Digo indo procurar meu armário, mas eu dou 2 passos e ela vem atrás de mim.
- Você é maluca! Quando conhecer a Srta Gonçalves de verdade, vai saber porquê ninguém gosto dela - A mais alta fala pegando o papel da minha mão
- Ei! Me devolve! - Digo indo atrás dela que já estava virando o corredor; eita menina que anda rápido. Viro o corredor e encontro ela parada me esperando, apontando para um armário.
- Obrigada por mostrar onde é meu armário. A escola é muito grande. - Falo sincera, olhando a loira sorrindo.
- De nada. Meu nome é Dayane, mas pode me chamar de Day, ou beyoncé, mas se quiser me chamar de rainha também eu deixo. - diz Dayane com um sorriso e eu só sabia rir.
- prazer Dayane, sou Ludmilla. Ludmilla Oliveira. - Falo levantando a mão para cumprimenta-la, mas ela só olhou a minha mão e se aproximou me dando um abraço um tanto quanto apertado.
- Dayane, apertado demais. - Falo com a cara sendo espremida pelos peitos dela. Ela só riu e se afastou se desculpando.
- Dayane pode me dizer onde é essa sala? - Falo entregando um papel onde dizia minha primeira aula, que era biologia e eu odeio biologia, sério, por que existe essa matéria?
- Sim! É a minha primeira aula também. Vem! - A mais alta pega minha mão e me arrasta pelos corredores até a sala de aula.
Chegando na sala de aula, vou na última carteira vaga, com Dayane ao meu lado. Enquando mexia na minha bolsa guardando meu fone, escutei barulhos de saltos e notei que os alunos se calaram do nada. Eu levantei a cabeça para ver o que estava acontecendo. E era ela, a mulher que quase me atropelou estava parada olhando os alunos como se quisesse mata-los com o olhar; até que seu olhar caiu em mim, ela me encarou e seu rosto ficou mais sério. Eu deveria sentir intimidada? Ela não iria conseguir.
- Prova surpresa. Valendo nota - Ela só disse isso. Sim, a vadia iria passar uma prova no primeiro dia de aula para sua alegria.
Então começaram os cochichos, alguns altos e outros baixos. A professora bateu os livros na mesa para que todos se calarem.- A prova está fácil. Então calem a boca. - srta. Gonçalves começou a andar com as provas na mão, entregando aos alunos. Até que chegou em mim, ela só me olhou e não disse nada, entregou a prova e saiu. Peguei minha prova tentando fazer, mas aquilo que ela diz ser fácil não era nem um pouco. Olhei para Dayane e ela parecia mais perdida que eu.
Bufei sem paciência. Foquei meus olhos na srta. Gonçalves ela estava mexendo no celular, nossa ela é linda.
- Acabou a prova Srta... - Ela estava me olhando com a sobrancelha erguida me fuzilando com o olhar.
- Não Srta. Gonçalves. E meu nome é Ludmilla Oliveira. - Falo encarando seus lindos olhos.
- Bom Srta. Oliveira se concentre na sua prova; Não em mim. Isso serve para todos - Ela fala voltando seu olhar para o celular.
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Why teacher?!
أدب الهواةPor que professora?! Me diga o porquê você me olha desse jeito?! Eu só queria entender, Srta, Gonçalves! Ludmilla intersexual. 🖇 Adaptação Brumilla. || Créditos: ✨ Autora original: Soulcamren_ ✨