Capítulo 6

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HÁ SEIS ANOS

— Se vista, vamos sair.

Stiles geme dramaticamente e esconde o rosto da luz que emana da janela recém-aberta por Yolanda. Ele ouve passos se aproximarem e então seu cobertor é arrancado de deu corpo quente, fazendo-o gritar nem um pouco contente.

— Ei! Yolanda, por favor, é cedo demais, meu cérebro não vai funcionar corretamente por mais três horas, pelo menos — Ele resmunga aleatoriedades, mas para seu azar Yolanda já conhece cada fala de seu discurso matinal e apenas abre as cortinas da segunda janela, ele geme — Droga.

— Você mora nesta casa há quase uma semana e ainda continua usando as roupas velhas do Sr. Hale, por isso vamos sair e comprar algumas novas — Diz ela enquanto mexe em algo que encontra por cima da mesinha de cabeceira — Por mais que eu acredite que o Sr. Hale adore vê-lo usando suas roupas.

Isso consegue despertar Stiles, que abre um dos olhos para encarar a mulher presunçosa com curiosidade.

— Mesmo? Ele... — Stiles pigarreia timidamente — Ele gosta que eu use suas roupas ou você está querendo me torturar? Não duvido que ele esteja louco para que eu pare de infectar suas coisas.

— Não seja bobo, criança — Ela faz um som de estalo com a língua nos dentes e estica as mãos para ajudá-lo a sentar corretamente no colchão, quando ele está instalado na cabeceira da cama ela começa a pentear os dedos nos cabelos emaranhados dele — Sei que não é muito fácil enxergar as verdadeiras emoções do Sr. Hale, mas acredite numa mulher que o conhece desde que ele era um garotinho inquieto.

Stiles morde o lábio inferior com força e acena ainda não muito convencido, mas disposto a deixar este assunto de lado por enquanto.

— Então. Roupas?

— Acho que alguém precisa — Ela provoca e em seguida coloca algumas roupas dobradas no canto da cama — Tome banho, se vista e desça em seguida para o café da manhã, o Sr. Hale já deve se encontrar lá embaixo.

— Tudo bem.

O banho é rápido, diferente do primeiro banho que teve nesta casa. Ele mora alí por alguns dias, mas não foi muito longe além do quarto, cozinha e sala de estar, pode-se dizer que ele não conhece nada do lugar onde deveria morar, e Derek não é exatamente o melhor anfitrião do mundo.

O cara quase nunca está em casa, quase sempre fora fazendo alguma coisa que Stiles provavelmente não quer saber, ele não faz ideia do que mafiosos fazem quando estão por trás das cortinas fechadas, mas não deve ser nada bom.

Alguns minutos depois Stiles se encontra caminhando até a cozinha, apenas para parar quando vê as costas de Derek voltadas para ele, é incrível o quão perfeito Hale é mesmo de costas, Stiles se pega pensando assim ás vezes e se repreende logo em seguida.

Estúpido.

— Quero que redobre a segurança da galeria, quero homem por todos os lados averiguando cada perímetro, se mais uma das minhas obras for roubada alguém vai morrer — A voz dura de Derek faz Stiles travar em seus próprios pés — Não me importa quem é o responsável pela equipe de segurança, seu maldito idiota, a obra valia quase três milhões de dólares!

Yolanda, cuja estava ocupada com algo o vê no instante em que ele põe o rosto à vista, ela sussurra algumas palavras e aponta para Derek no telefone, antes de acenar para que ele se aproxime.

— Não sabia que Derek possuía uma galeria de arte.

— Oh, muita gente não sabe, mas o Sr. Hale ama obras de arte, e deixa algumas em exposição para amantes de arte como ele. É um negócio pessoal, como ele mesmo diz — Ela explica e Stiles acena, um pouco impressionado com esta revelação, e pode muito bem sentir a afinidade, afinal Stiles também ama pinturas — Sua mãe adorava pintar, as vezes ficava em frente ao cavalete por horas e horas, ela era uma mulher doce e sonhadora.

Meu Doce Álibi - SterekOnde histórias criam vida. Descubra agora