Under The Mistletoe

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Nota da Autora¹: esse é o último capítulo, aproveite! Boa leitura e não se esqueça de votar!

Desde o Dia de Ações de Graças não vi mais Josh, nem seu carro e nem as luzes do apartamento dele acenderam depois daquele dia. Conversando com o síndico, fiquei sabendo que logo após o Halloween ele havia se mudado, me perguntei sobre o que aquilo queria dizer. Não ver Joshua era ruim, mas saber que ele não estava lá, que nem sequer tínhamos o número um do outro e, provavelmente, nunca o veria novamente era bem pior.  Ainda que o visse, eu o havia magoado demais para ter um perdão e uma mínima conversa com o garoto. 

Levantei da cama e, mais um ano, havia deixado os presentes para cima da hora. Dessa vez, mais duas pessoas fariam parte da minha lista: Emma, filha de Vincent e Felicity e o bebê de Nour, que ainda era pequeno demais para comprar roupas, então eu comprava brinquedos. Carol havia me ligado no dia anterior para avisar que Caitlin se apresentaria no shopping com sua companhia de ballet, então era meio que um evento de família.

Fui ao closet e escolhi a roupa mais quente que achei por lá, peguei minha bolsa e tranquei o apartamento, entrei no elevador, tomando consciência de quão frio estava na rua. Entrei no meu carro e rapidamente liguei o aquecedor numa tentativa de ficar o mais confortável possível, ainda que a neve parecesse deprimir ainda mais o meu estado emocional. Dirigi até o shopping, cantarolando todas as músicas que tocavam na rádio e percebi que nem tanta coisa havia mudado de um ano para outro.

Joshua Beauchamp foi um lapso de insanidade na minha vida, um cometa que ninguém sabe a origem, enche todo o céu de brilho, faz crianças se encantarem, casais se beijarem, pessoas fazerem pedidos e, no instante seguinte, ele desaparece. Era assim que eu me sentia. Para ser sincera, havia muitas coisas que eu gostaria de falar para ele. Desde a discussão no supermercado, a minha mente se encarrega de trazê-lo a minha memória e me faz mastigar minha covardia todas as noites.

Com todos esses pensamentos me consumindo, ao estacionar no shopping, abri o porta-luvas para pegar o maço de cigarro que estava ali fazia meses. Hora de usá-lo novamente! Ao pegar a caixa, algo estava grudado no verso. Respirei fundo e revirei os olhos, só podia ser coisa da minha mãe. Para minha surpresa, a caligrafia do papel adesivo não era da minha genitora, era de Joshua. Seus garranchos desenhados numa tentativa elegante de fazer um alerta sério, me fizeram dar uma risadinha.

Não consegui evitar o sorriso, ele sempre estava preocupado comigo, com o meu bem-estar e eu fui uma cuzona com ele

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Não consegui evitar o sorriso, ele sempre estava preocupado comigo, com o meu bem-estar e eu fui uma cuzona com ele. Ele estava certo: eu era a babaca dessa história. E eu sentia tanto a falta dele, tanto, que lágrimas ameaçavam rolar. Me recompus rapidamente e ignorei aquele recado. Saí do carro e acendi o cigarro. Tudo em mim doía, e não era o frio. Por que fugi tanto de Josh? Minha cabeça não encontrava uma razão para aquilo. Meu telefone tocou e, na tela, vi que era Carol.

— Apague esse cigarro, estamos chegando – ela disse assim que atendi, dei um último trago.

— Como você sabe que eu estou fumando?

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