"O rei quer ela intacta e viva."

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31 de março de 2015

- Sabe o que eu queria agora? - Perguntei olhando para o teto do meu quarto, Nick estava fazendo o mesmo e segurando em minha mão. - Eu não gosto de praias, mas queria estar em uma bem bonita, deitada, olhando as estrelas, sentindo o vento e escutando o barulho das arvores.

Enquanto eu falava ele pegou o celular e começou a digitar alguma coisa e aquilo me deixou irritada.

-Você não prestou atenção em nada do que eu disse. - Falei fazendo cara feia, mas ele nada falou, simplesmente colocou o celular para cima, como se agora ele fosse o nosso teto. Quando vi a imagem a raiva logo passou.

-Eu não posso leva-lá para uma praia bonita nem sentar lá para ver as estrelas com você, mas posso ajudar a sua imaginação a se transportar para lá.

A foto era linda, cheia de estrelas e com arvores. Era um céu do jeito que eu imaginava.

Uma lágrima escorreu do meu olho direito, diziam que quando a primeira lágrima escorria por ele era porque o choro era de felicidade. Nicolas era um namorado maravilhoso e eu agradecia por tê-lo ao meu lado, nada poderia nos separar, pelo menos era o que pensava até a manhã de 1º de abril.

1º de abril de 2015

Depois que o Nick foi embora eu entrei no computador e por já passar da meia noite as pessoas já estavam fazendo pegadinhas no twitter e para ser sincera eu cai em algumas.

Fui dormir por volta das 1h30 da manhã e acordei com o celular tocando em algum lugar do quarto. Levantei cambaleando e cheguei até ele, o visor mostrava que quem estava ligando era a Maria, o que ela queria as 4h15 da manhã, ela sabia que a essa horas pessoas estão dormindo? Pelo visto nem todas.

-Maria, você sabe que horas são? - perguntei com a voz embargada de sono.

-D..Desculpa, é que... que... Não dava para esperar. - a voz dela estava tremula e com um ar de tristeza.

-Está tudo bem? - perguntei despertando um pouco e sentando na beira da cama.

-Eu sinto muito, Adiva. - uma lágrima escorreu pelo meu rosto e eu nem sabe o motivo de estar chorando, já que Maria não havia dito nada ainda. Desta vez a gota salgada escorreu pelo lado esquerdo, o lado que diziam que quando a primeira lágrima caia por ele é porque o choro é de tristeza.

-Maria, o que aconteceu?

-Nós estávamos em casa, era por volta de 2h15, já íamos nos deitar para dormir e... umas... foi horrível.

-Maria, fala de uma vez, por favor. - Eu estava chorando ainda mais, não sabia o que era ainda, mas não esperava boas notícias. Maria era amiga da irmã do Nick, Irina. Ela morava com eles a mais ou menos 6 meses por causa de um intercâmbio que estava fazendo aqui em Boston, havíamos nos tornado próximas e ela era uma ótima amiga.

-Eu não queria te dizer isso assim, mas é o Nick, eles entraram perguntando por ele e o pegaram, atiraram nele.

-Meu Deus, em que hospital ele está? Eu estou indo para lá agora. - disse já tirando o pijama e procurando uma roupa qualquer para colocar.

-Adiva, ele morreu.

***

Eu não podia acreditar, mas ele estava aqui comigo. Como ele poderia estar morto, ele havia me prometido que nunca me deixaria. Minha cabeça estava doendo, parecia que a cada segundo uma martelada era dada nela.

Assim que Maria me disse que Nick estava... estava... morto, eu só lembro de ter soltado o telefone no chão e depois disso tudo virou um borrão.

All of the starsOnde histórias criam vida. Descubra agora