All of the stars

"Todos os nomes tem uma espécie de duplo sentido."

O rei mandou que os guardas nos levassem até uma enorme mesa que devia ter umas 50 cadeiras em volta. Eu ocupei a primeira do lado direito, Maria a primeira do lado esquerdo e o rei a da ponta próxima a nós.

-Sua mãe foi mesmo muito má, não foi? Deixou você na Terra com essa desmiolada. - Ele falou apontando para Maria, se é que esse realmente era o nome dela, porque a essa altura eu nem sabia se meu nome era mesmo Adiva.

-Será que dá para gente ir devagar, tipo, bem devagar mesmo? Eu não estou entendendo nada, minha mãe se chama Ester e ela não é rainha de nada. Esse lugar parece uma galáxia ou algo do tipo e meu namorado morreu e eu deveria estar no enterro dele, aaaaaaaaaaaaaa! - gritei mais alto do que podia. Eu não aguentava mais, eu estava ficando louca, minha cabeça não parava em um único pensamento.

-Porque você está fazendo isso Cassio? Ela ainda nem se quer fez 18 anos.

-Primeiro: Rei Cassio para você. Segundo: Se eu fosse esperar até o dia do 18º aniversário seriam muitas pessoas em cima dela, ou seja, facilitei meu trabalho, mas veja qual bom serei, você terá este dia para tentar explicar a ela tudo e amanhã a nossa querida Rainha Sarah ficará sabendo que a sua princessinha está aqui.

Ele levantou a mão chamando os guardas e eles logo vieram nos "ajudando" a levantar da cadeira e nos levando de volta para cela.

Assim que chegamos eu comecei a cobrar explicações de Maria, gritava sem parar, mas ela só ficava andando de um lado para o outro tapando os ouvidos com as mãos.

-PARA! - Ela gritou parando bem a minha frente e me empurrando para cama. Me sentei e ela puxou uma cadeira que estava em um canto da cela, sentou bem a minha frente e toda vez que parecia que ia começar a falar, parava.

-Por favor Mar, você tem que me explicar, o que está acontecendo?

-Bem, para começar, meu nome é Telma.

-Telma. - Ela balançou a cabeça afirmativamente.

-E eu sou sua guardiã. Desde que você nasceu e a guerra entre sua mãe, a Rainha Sarah e o seu tio... - como? Tio? O Rei Cassio era meu tio?

-Tio...

-Sim, o rei Cassio é seu tio, agora me deixa continuar, mesmo que você ache tudo estranho em algum momento da história você vai entender, isso já está complicado demais e se você continuar me atrapalhando é que eu ficarei totalmente perdida. - assenti com a cabeça e então ela continuou. -Voltando, sua avó e seu avô quando casaram uniram o poder de suas galáxias. Sua avó possuía três galáxias e seu avô também. Eles se tornaram os reis mais poderosos, tinham as maiores galáxias e eram bons para o povo. Em um ataque a nossa maior galáxia, IC 1101 como os humanos chamam, seu avô foi assassinado e sua avó, que também acabou entrando no combate, morreu minutos depois. - a história parecia vim de um filme sem sentido, será que aquilo tudo era um 1º de abril bem planejado? Onde estavam as câmeras, onde todos estavam escondidos. - Como seus avôs tinha dois filhos, Sarah e Cassio, as galáxias tinha que ser divididas, não é como um casal sabe, se você casa, as galáxias se unem, mas se você é filho de reis e tem um irmão as galáxias precisam ser dividias "igualmente" para os dois. O problema foi que sua mãe ficou com as três maiores e seu tio, as três menores, ele nunca aceitou isso, vivia entrando em guerra com as galáxias pertencentes a sua mãe e quando ela descobriu estar grávida de você tudo piorou. Os ataques aumentaram, nosso povo lutava incansavelmente, mas era difícil. Sua mãe não podia usar os poderes dela, pois ficava fraca rapidamente e aquilo podia matar a você e a ela e então você nasceu, as coisas pioraram e depois da morte do seu pai...

-Meu pai? - okay, eu tinha uma mãe rainha, um tio psicopata e um pai morto... As coisas só melhoravam.

-Ah droga, eu deveria ter falado isso depois, eu sinto muito, ele morreu tentando salvar a você, os guardas do rei Cassio estavam tentado sequestra-la e ele lutou até o último minuto. - apesar de não o ter conhecido, de sempre ter achado que o meu pai era Alberto, um advogado conhecido de Boston, senti um aperto no coração, pena daquele homem que perdeu a vida para salvar sua filha e nem se quer a pode conhecer direito, eu, eu era essa filha.