"Mas sua mãe acredita que você tem poderes suficientes."

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Minha cabeça estava cada vez mais confusa, achava que não tinha como piorar, mas cada nova informação se juntava a uma que ainda não havia sido solucionada o que acumulava ainda mais dúvidas na minha mente.

-Eu tenho poderes? Eu sou capaz de derrotar esse rei? - falei com um sorriso irônico no rosto.

-Sim, isso não é uma brincadeira Adiva. - Mar... T-E-L-M-A, falou irritada.

Como ela podia estar irritada? Eu era a menina que havia sido criada por uma espécie de guardiões, eu era a menina que havia descoberto que o pai morreu tentando salva-lá do próprio tio. EU ERA A PESSOA QUE ESTAVA VIVENDO UMA VIDA TOTALMENTE FALSA.

-Eu só quero voltar para casa, se é que eu tenho uma casa. - Falei sentando na cama e chorando.

Telma aproximou-se e afagou minhas costas.

-Eu sei que deve estar sendo difícil, mas você tem que aceitar, essa é sua verdadeira vida, você é princesa de uma galáxia e tem uma vida complicada, mas em nenhum momento nós a deixamos na mão. A rainha Sarah a ama muito, ela sempre tentou estar próxima, mas não é fácil quando se governa três das maiores galáxias sozinha e sofrendo constantes ataques. - ela falava suavemente, seu tom era protetor, como sempre. - A galáxia IC 1101, a maior, pode acabar daqui a um tempo, bem, um bom tempo, mas pode e por isso precisamos de você.

-Porque ela pode acabar? -Perguntei enxugando as lágrimas e perguntando com curiosidade.

-Bem, a galáxia IC 1101 se tornou a maior, pois passou boa parte da sua vida colidindo com outras galáxias e por causa disso hoje tem o tamanho que tem, mas a falta de gás e poeira faz com que pouquíssimas estrelas nasçam. Assim, as que restam fornecem a única fonte de combustível à sua prole quando morrem. - eu já havia escutado algo parecido sobre está galáxia em uma das minhas aulas de astrologia, mas saber que eu tinha haver com isso, que eu poderia mudar o destino disso, me assustava. -Mas sua mãe acredita que você tem poderes suficientes para criar novas estrelas e cada estrela significa mais força, ou seja, podemos derrotar o rei Cassio.

-Por quanto tempo ficaremos aqui? - perguntei me levantando da cama e indo buscar um copo de água na mesa.

-Não sei, sua mãe já deve estar sabendo, mas é complicado, ela precisa formular um ataque e isto não é fácil.

-Mas o meu tio, tio não, este rei de nada, ataca as galáxias pertencentes a minha... minha... mãe. - foi difícil falar, era estranho chamar uma mulher desconhecida de mãe. - Porque ela não pode fazer o mesmo?

-O povo das galáxias governadas pelo Rei Cassio foram treinados desde de o momento de seu nascimento para brigar, atacar, mas nas galáxia de sua mãe nós somos criados para ser felizes, para brilhar. - ela falou sorrindo e pude jurar ver sair uma luz de seus olhos. - Alguns são treinados para ser guardas estrelares, poucos, mas este número está tendo que aumentar, mas é complicado quando quase nenhuma estrela nasce mais.

Pedi para mudar de assunto, precisava de um pouco mais de tempo para tentar processar tudo aquilo, então ela me contou como era viver em uma galáxia, sobre seus amigos e como foi difícil acostumar-se a uma vida terrestre.

Algumas horas devem ter se passado, nós estávamos cansadas e ninguém apareceu então resolvemos dormir um pouco.

-Psiu, psiu. - alguém me chamava.

 Abri os olhos lentamente e não acreditei no que vi, era Nick.

*

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