Pequeno povoamento, grandes problemas

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Vi não acordou até pararmos na entrada do pequeno povoamento que era vizinho do lugar que Jinx passou – tenho certeza que se for ela, já está longe o suficiente para localiza-lá – e alguns oficiais locais pediram meu distintivo de identificação, era sempre bom vê-los ficar surpresos por uma mulher ter um distintivo que representa tamanha superioridade como a minha.

– Já chegamos? – Vi levantou a cabeça das minhas coxas que formigavam há algum tempo já, mas não queria acordar ela, durante toda a viagem fiquei um bom tempo analisando os papéis que Jayce entregou para Vi.

Achei estranho o fato de que fomos chamadas porque foi Jinx quem atacou, mas havia mínimas coisas que eram de Jinx, Jinx causaria mais estragos. Eu nem sei porque estamos aqui, há muitas chances de que não tenha sido Jinx.

– Estamos quase lá, mas ainda bem que acordou, não sinto as minhas pernas – Vi bocejou e olhou pela janela para ver onde estavámos, ela realmente dormiu.

O lugar que nos cercava era cheio de árvores e plantas, exatamente como um povoado do interior, havia bastante luz solar. Continuamos parados mesmo depois dos oficiais terem dado acesso para continuarmos.

– Olá – o cocheiro surgiu abrindo a porta, meus olhos o fitaram, será que algo tinha acontecido? – acho que vocês não foram avisadas, mas as minhas ordens são deixá-las aqui. Terão que subir a montanha até chegar no lugar que devem estar, minhas sinceras desculpas, mas é impossível meus cavalos subirem.

Eu e Vi nos olhamos, apesar de Jayce não ter avisado – vou ter uma conversinha com ele – estamos acostumadas a imprevistos o tempo todo. Era melhor andarmos até lá assim não chamariamos muita atenção, além de que os pobres cavalos precisam descansar.

– Ah, então tá, essa é a nossa deixa, vamos cupcake – Vi pegou as manoplas e desceu.

Olhei para os mantimentos que mamãe mandou, eles ficariam ali?

– Eu vou me estabelecer aqui mesmo, tenho um parente que mora aqui, então vocês podem ir até lá, capturar Jinx e voltar hoje mesmo. Ou se estabeleçam lá, alguns oficiais estão à espera de vocês, os moradores são gentis e com certeza darão suporte para duas moças que estão ali para os protegerem. Quando estiverem prontas para voltar, estarei aqui.

O cocheiro, provavelmente de meia idade, sorriu amigável, não queria dar trabalho para ele, então me conformei que dali em diante seria eu e Vi subindo uma montanha com um indesejável calor devido a região e com roupas e sapatos não apropriados.

Se chegarmos no final da montanha pode ser que eu esteja tão cansada que pode ser que Jinx apareça na minha frente e eu vou dispensar ela por pelo menos cinco minutos – tempo o suficiente para ela explodir algo. Ou tudo.

– Obrigada. Vi?

– Sim? – ela tinha largado as manoplas no chão enquanto se alongava.

– O que a gente faz com as coisas que mamãe mandou?

– Deixa aí. Você ouviu o que ele disse, o pessoal de lá é legal, se precisarmos de qualquer coisa eles nos darão assistência.

Peguei meu rifle e apoiei ele nas costas, saí da carruagem e me alonguei também, pensei que fosse mais longe, mas não foi tanto, ainda sentia o cheiro de Piltover, mesmo assim minhas pernas precisavam se esticar.

– O bom é que se precisarmos voltar a gente só se joga e desce rolando.

– Você desce primeiro para ver se dá certo.

Vi riu, então me aproximei dela e olhamos para a frente, havia uma estrada de chão que seguia, a montanha se encontrava em frente. Havia coisas que eu podia contar nos dedos que eram impossíveis para mim e subir aquela montanha certamente não era.

Pink In the NightOnde histórias criam vida. Descubra agora