O casulo da Vi

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Vi não precisou me acordar, logo que tínhamos parado eu acordei, eu e Vi descemos, os mantimentos que mamãe mandou não estavam mais frescos, mas ela mandou uma outra peça de roupa para mim e pelo que vi era uma roupa nova, parecia o tipo de coisa que ela fazia quando eu era criança.

– Cait, você precisa ir em um médico ver esse seu probleminha em babar enquanto dorme – Vi e eu andávamos uma do lado da outra, dois defensores nos receberam dando as boas vindas de volta, dispensei eles para irem para casa.

Piltover já estava iluminada pelas luzes da cidade, fiquei tão pouco tempo fora que não tive tempo de sentir saudades.

– Você tem que parar de fazer observações sobre isso. Tá bom, quer falar de vergonha? Eu devo dizer a mamãe que foi você quem derrubou o vaso de flores dela tentando subir na minha janela igual uma psicopata perseguidora?

– Eu psicopata perseguidora? Você passou o dia igual uma doida procurando por mim.

– Sim! Porque você sumiu.

– Eu não sumi, eu estava em casa, mas você não sabia onde eu moro.

– Exato, é por isso que você é a psicopata perseguidora e não eu.

– Todo mundo sabe onde você mora.

– Mas nem todo mundo invade ela.

– Até parece que você não gostou – ela me puxou para perto dando um selinho na minha bochecha.

– É claro.

[...]

O apartamento de Vi é simplesmente a cara dela, me pergunto porque ela demorou tanto tempo para me trazer aqui. É um grande cômodo, o único cômodo separado é o banheiro. Quando nos tornamos parceiras eu pedi a Jayce que arranjasse um lugar legal para Vi, mas eu pedi de forma anônima.

Vi acendeu as luzes e tudo se iluminou, já me deparei com pessoas solteiras muito mais organizadas e preparadas... Porém é de Vi que estamos falando.

Pelo menos ela mora sozinha, eu ainda moro com os meus pais.

Encostei o meu rifle perto da entrada, eu tinha soltado meu cabelo para dormir na viagem, mas o prendi de volta.

– Antes de tudo, Jayce arranjou esse lugar pra mim e ele me disse que você insistiu – Vi tirou as manoplas e depois o casaco, na porta de entrada ela pendurou o casaco no cabideiro, tinha o casaco que emprestei para ela hoje de manhã, aliás, Jayce ignorou a parte que eu pedi que fosse anônimo – que fosse um lugar bom, aí ele me mostrou outros lugares maiores e mais elegantes, mas eu odiei, esse eu até que gostei. Outra coisa, até ontem eu era uma mulher solteira, então tem coisas como esse colchão sem cama e cabeceira, essa arara com roupas, eu tenho literalmente um prato, um copo e uma xícara. Eu não tinha nenhuma necessidade de ter mais, desde que vim morar aqui sempre estive muito ocupada porque a minha chefe gosta de me dar trabalho, quase nunca fico aqui.

De fato ela não tinha uma cama, era um colchão de ar com uma coberta e um urso de pelúcia cor de rosa, além da arara com roupas, tinha uma pequena cômoda.

Havia uma pia e um fogão portátil de duas bocas, em conjunto com a pia um armário, prateleiras em cima e uma geladeira azul. Tinha uma mesa redonda com quatro cadeiras e um vaso de flor, sei que Vi não é muito delicada com essas coisas e por isso fiquei surpresa com a plantinha. Vi disse que tem muitas coisas que eu não sei sobre ela, ela está certa aparentemente.

– Eu gostei.

– Não tenho muitas habilidades para decoração, tudo que tem aqui é só o que eu comprei porque achei que ficaria legal. De qualquer forma, é o melhor que já tive.

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