❛𝗢 𝗣𝗢𝗦 𝗔𝗣𝗢𝗖𝗔𝗟𝗜𝗣𝗧𝗜𝗖𝗢❜ 𝖼𝗂𝗇𝖼𝗈 𝗁𝖺𝗋𝗀𝗋𝖾𝖾𝗏𝖾𝗌

𝖼𝖺𝗉𝗎𝗍 𝖨𝖨

A melhor parte do dia é ter um tempo com meus irmãos, mesmo eles não sendo de sangue.

Ben e Klaus vivem discordando um com o outro, mas Klaus sempre "ganhava", já que Ben desistia e no final os dois iam fazer travessuras com os outros da casa.

Assim que meus risos acabaram e os dos meus irmãos também, nós nos olhamos por alguns segundos, até Klaus e Ben se levantarem

-- Aonde vão?

Vânya perguntou curiosa.

-- Hoje mais cedo eu desafiei Ben a fazer uma pegadinha com Pogo.

Klaus deu de ombros enquanto nos olhava sorrindo.

-- E como Ben chegou a este acordo?

Perguntei já que Ben sempre falava que era idiota e deixava Klaus sem argumentos.

-- Eu perdi no pedra, papel e tesoura.

Ben falou um pouco envergonhado e revirou os olhos por isso, fazendo eu e Vânya rir.

Ben pode até ser o certo, ou o inteligente, mas ele era honesto, e justo.

-- Bem, agora se nos derem licença, Ben irá desenhar um pinto no livro que o Pogo está lendo.

Klaus falou na maior tranquilidade, logo puxando Ben pelo pulso.

Eu e Vânya estávamos surpresas pela pouca formalidade de Klaus em suas falas.
Nós duas nos olhamos de olhos arregalados, e logo caímos na risada mais uma vez.

Ben e Klaus eram realmente inseparáveis, não sei como papai ainda não sabia que era eles que as vezes aprontavam com o mesmo.

Bem, esses momentos que tenho com meus irmãos são os meus favoritos.
Eu realmente adoro passar o tempo com eles, nós rimos como se não houvesse amanhã, e sempre achamos assuntos que deixa isto interessante.

Mas isto me prejudicou um pouco.
Esses encontrinhos que tínhamos para conversar.

Acabei adquirindo um sentimento por Cinco, eu nunca tinha sentido isso por ele, ou por outra pessoa.
E isso me deixa um pouco magoada, pois sei que não daria certo, papai nunca aceitaria isso, pois em suas palavras, somos irmãos, e gostar de um irmão é a coisa mais pecadora que existe.

-- Não sei como ainda não foram pegos.

Vânya admitiu parando de rir.

-- Verdade.

Concordei com Vânya, enquanto passava um dedo em meu olho, tirando uma lágrima de tanto rir.

Soltei um suspiro, e encostei meu tronco na parede enquanto mexia meus pés descalços, apenas com as meias escuras, que vinha até o joelho.

Estava achando um pouco estranho, Cinco ainda não havia chegado.
Bem, geralmente ele sempre vem nesses encontrinhos, mas hoje ele estava atrasado.

-- Estranho Cinco não ter vindo.

Falei ainda olhando para meus pés.

-- Oh, ele está ocupado. - Vânya deu de ombros - Está treinando seu poder para algo que ele quer muito.

Vânya me falou se virando na cama, e ficando de ponta cabeça, com as pernas esticadas na parede, enquanto seu tronco estava na cama.

-- O que Cinco está planejando desta vez?

Perguntei curiosa.

-- Ele falou que não é para eu contar há ninguém.

Vânya suspirou olhando para o teto.

Vânya não iria me contar, conserteza não.
Ela deve ter prometido à ele, e Vânya não é de descumprir promessas.

Voltei a olhar para meus pés, enquanto os mexia para frente e para trás.
Abri a boca para fazer outra pergunta a mesma, mas sei que não iria adiantar, então logo desisti.

Se passaram mais algumas segundos, até nossa atenção ser direcionada à luz de energia azul, que durou milésimos de segundos, e logo Cinco aparecer na nossa frente com uma expressão esgotada.

Vânya rapidamente se arrumou assim que o viu, se sentando na cama.

-- Cinco. Você está bem?

Vânya perguntou assim que viu sua expressão.

Cinco deu apenas um passo e se jogou na cama ao meu lado.

-- Estou cansado...

O mesmo murmurou contra o colchão da cama deixando sua voz abafada.

-- Por que está tão cansado?

Murmurei curiosa para Cinco.

-- Depois eu explico.

Cinco deu de ombros levantando sua cabeça procurando algo.

-- Vânya, pode me dar um travesseiro?

Ele perguntou com os olhos entre abertos.

Vânya o estendeu um travesseiro, e o mesmo pegou deitando sua cabeça no objeto macio, e logo apagou completamente.

Cinco realmente parecia cansado, tanto fisicamente, quanto mentalmente.

Olhei para o seu corpo estirado na cama, e logo meu olhar parou em seu rosto, consegui ver o suor que deixava seu cabelo úmido, e sua franja grudada em sua testa suada.
O calor em seu corpo deixava suas bochechas avermelhadas, e o mesmo parecia afobado.

Vânya disse que ele estava treinando seus poderes, conserteza usou seu poder demais, por isto deve estar tão cansado, e suado.
Quando acordar, o mesmo com toda a certeza vai estar faminto.

As horas se passaram, e Cinco começou a se mexer na cama.
Eu era a única acordada.
Eu e Vânya ficamos conversando baixo para não acordar Cinco, mas depois que Vânya deitou em meu colo, ela dormiu em um segundo.

Neste exato momento estava fazendo carinho nos cabelos morenos de Vânya.
Cinco começou a se mexer, e logo a primeira coisa que veio em minha mente era que ele iria acordar, mas não foi o que aconteceu.

Ele se mexeu um pouco e encostou a cabeça na minha coxa ficando sem o travesseiro macio.
Esperei um pouco até perceber que o mesmo já havia apagado de novo, e com muito cuidado peguei em sua cabeça, levantando a mesma devagar, e logo colocando ela em meu colo.

Pelo menos assim ele ficaria mais confortável, e não acordaria com o pescoço dolorido.

Comecei a acariciar os cabelos dos dois, e encostei minha cabeça na parede fechando meus olhos devagar.

Já fazia duas horas que Cinco estava dormindo, e já fazia uma hora que Vânya estava dormindo.
Não sei como ainda não dormir todo este tempo.

Quem sabe agora eu consiga descansar pelo menos um pouco.
Ontem papai me mandou em uma missão com Luther, e Ben, e eu estava muito cansada, já que eu fui a que mais usei meus poderes ontem.

Então, estou um pouco esgotada assim como Cinco, mas nem tanto quanto ele, já que pude descansar ontem a noite, mas não foi o suficiente.
Minha telecinese ainda não está tão boa para usar em uma missão.

Tenho que descansar mais.