𝖼𝖺𝗉𝗎𝗍 𝖨𝖵

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O amor estava sendo uma droga para a pequena S/n.

Ao invés dos outros, que vivem uma história romântica, em que o sentimento é recíproco, em que tudo fica bem para ambos depois da discórdia.

Ela sabia que o sentimento não era recíproco, ela sabia que não daria certo se ambos gostassem um do outro, e ela sabia que seria impossível que isso acontecesse, Reginald nunca aceitaria este "pecado".

Isso estava matando S/n aos poucos, parecia que tudo nela doía quando pensava isso, como se ela levasse uma adaga bem no coração repentinamente.

Neste exato momento, S/n e Cinco estavam na sala, onde havia uma lareira, e uma estante com vários livros de gramática para os Hargreeves estudarem.

Por mais que os poderes de S/n e Cinco sejam uns dos mais mexeu nas missões, por eles serem muito bons.
Desta vez os dois não foram junto com seus irmãos, desta vez os dois tiveram que ficar em casa, e Reginald deixou tarefas para os dois fazerem, nas matérias que não vão muito bem, S/n em geometria, e Cinco em história.

Cinco nem tinha muito o que fazer, pois o garoto é realmente inteligente, mas história é onde ele vai um pouquinho mal, nem é pra tanto, pois até que ele gosta, ele só vai um pouquinho ruim.
Mas Reginald não quer que eles tenham dúvidas em nenhuma matéria, então deixou para lerem um pouco sobre o assunto.

Já S/n, não se dava muito bem em geometria, mas estava fazendo de tudo para que Reginald tenha orgulho dela, e para que seja que nem Vânya, ou seus outros irmãos que se dão bem em geometria.
Ela faz pressão em si mesma, para que alguém que realmente não tem sentimentos, sinta orgulho dela, pelo menos uma vez.

Com o frio de inverno, Grace decidiu acender a lareira para os dois, para que eles fiquem aquecidos nas poltronas da sala.

S/n estava sentada na poltrona de veludo vermelho, com as pernas traçadas, enquanto lia o livro de geometria.

Cinco estava na poltrona ao lado, mas estava um pouco afastado, quase de frente para S/n, lendo seu livro de história.

S/n estava nervosa, pois seus pensamentos sempre levavam à Cinco, isso estava desconcentrando a garota, ela suava frio, tudo isso estava deixando S/n irritada, os sentimentos, o lugar, o ambiente, o sufoco que estava passando, e tudo isso por causa de Cinco.

Ela estava ficando nervosa por causa de seus sentimentos, por estar com medo de não ser recíproco, por estar com medo de não der certo...

E ela estava com medo de aceitar que isso não levaria a nada, e que eles não poderiam ficar juntos, e que ela teria que deixar passar... E que ele jamais sentiria algo por ela, como ela sente por ele.

-- Tem muita dificuldade em geometria?

Cinco perguntou ainda olhando para o livro que lia, já entediado de ler sobre algo que já sabe.

O garoto perguntou isso por estar percebendo as expressões da garota, e que as vezes a mesma bufava nervosa.

-- Não muita... Eu acho.

Ela falou um pouco surpresa pela pergunta de Cinco, desviando o olhar para ao livro.

Cinco olhou para a garota vendo que a mesma fingia estar lendo para não ter um assunto com ele.

S/n não queria conversar com Cinco, mas isso não é motivo para ser rude com ele.

A garota achou que não teria mais assunto assim que voltou o silêncio no local.
Mas levou um susto assim que Cinco apareceu ao lado da poltrona lendo um pouco o livro que ela estava lendo.

S/n estava envergonhada, pois não queria se sentir burra ao lado do garoto.

-- Posso te ajudar se quiser.

Cinco falou depois que leu um pouco, e logo entendeu sobre o assunto que S/n estava em dúvida.

-- Papai não iria gostar.

S/n mordeu os lábios nervosa, tentando não manter o contato visual com Cinco, assim que ele olhou para ela.

-- Por que não? Eu estaria ajudando você em uma coisa que está em dúvida, não seria errado.

Cinco falou ainda soltando para ela, com o cenho franzido.

-- E seus livro de história?

S/n perguntou um pouco nervosa pela proximidade dele, e tentou achar algo esfarrapado para o tirar de perto.

-- Já terminei de ler sobre o que deveria saber.

Cinco falou assim que S/n terminou sua fala.

Depois de alguns segundos de silêncio a garota se rendeu, afinal ela realmente precisava de ajuda, e Cinco é bom em geometria.

Cinco chamou a garota para se sentar no chão perto da lareira, no meio das poltronas.
Cinco explicava para S/n o que ela tinha dúvida, e isso foi realmente bom para a garota.

Como só havia um livro, eles tiveram que dividir, eles liam, e então Cinco explicava o que conseguia para S/n.

Assim que passou um tempo, os dois decidiram descansar um pouco.
Seus irmãos chegariam daqui a pouco, e então estariam "livres", de ler livros de matéria.

Grace apareceu com chocolates quentes para os dois, com pequenos marshmallows no leite.

Assim que S/n levou a caneca vermelha à boca, veio uma dúvida em sua mente.
Cinco ainda não havia explicado aquele plano que Vânya falou, e nem por estar cansado aquele dia.

-- Cinco.

S/n o chamou curiosa e ele logo à olhou.

-- Hum.

Ele murmurou levando o leite ao seus lábios.

-- Por que estava tão cansado aquele dia?

Cinco parou por um estante, e logo soltou um suspiro.

Ela não sabia se contava ou não para S/n, pois ele não era muito de confiar em alguém, mas as poucas conversas que teve com ela o deixava em dúvida.

-- Fiquei treinando meus poderes.

Ele deu de ombros.

-- Papai que mandou?

S/n perguntou.

-- Não. Eu apenas quis.

Ele tentou mudar de assunto.

-- Por que?

S/n não queria falar que sabia que ele tinha um plano, pois ele poderia ficar irritado com Vânya.

-- Assunto meu.

Ele falou seco.

S/n tomou o leite novamente e ficou com sua feição séria.
Ela estava indignada que Cinco não contaria à ela seu plano, mas ela não poderia ser rude, pois sabe que não levaria a nada, e que Cinco apenas deixaria de falar com ela.

Ela soltou um suspiro longo, tentando se acalmar, e fechou os olhos.

Ela não queria insistir, então apenas deixou para lá, e deu de ombros para Cinco.

Ela falaria com Vânya.

Ela falaria com Vânya

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❛𝗢 𝗣𝗢𝗦 𝗔𝗣𝗢𝗖𝗔𝗟𝗜𝗣𝗧𝗜𝗖𝗢❜ 𝖼𝗂𝗇𝖼𝗈 𝗁𝖺𝗋𝗀𝗋𝖾𝖾𝗏𝖾𝗌Onde histórias criam vida. Descubra agora