04| TE VENDO

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Nora sabia que havia alguma coisa em Alexander para fazer com que a mesma se interessasse tanto. Ela desconfiava que o mesmo seria a alma gêmea dela.

Mas no final, a morena não queria acreditar nisso, não queria se encher de esperança para no final ser tudo um engano e ela sair com o coração machucado.

Nora não sabia o que estava pensando quando resolveu se colocar no meio daquela batalha, apenas achava que tudo viraria um banho de sangue. Mas a garota já estava lá, o que a possibilitou de salvar o dia.

Mas havia uma coisa na cabeça dela.

Ou melhor, um nome.

Alexander.

Nora sentia uma extrema necessidade de guardá-lo em algo ou então de sempre o manter em sua vista, somente com o intuito de protegê-lo.

Se Nora entendia o que tinha de errado com ela? Absolutamente não.

A mesma apenas tinha uma necessidade crescente de o proteger de tudo e de todos. Quando a mesma viu ele cercado por aqueles demônios nojentos, ficou morrendo de raiva.

Então com a incrível inteligência que a mesma tinha, resolveu se meter no meio e salvar a bunda de todos eles.

Não precisava dizer que nada saiu como o planejado, certo? Por que Alexander tinha que ir atrás de Nora? E a garota ainda o tocou, colocou a mão sobre sua bochecha.

Nora se sentia confusa, com um misto de sensações.

Aquilo não iria acontecer novamente.

Mas Nora queria tanto que acontecesse.

Acabou que por acidente, a morena machucou um dos irmãos do silêncio, pelo fato da mesma ter perdido um pouco do controle que habitava dentro dela.

Mas Nora sabia como funcionava. Se não tivesse uma âncora, seus poderes ficariam instáveis.

E ela sabia que sua âncora tinha que ser sua alma gêmea, mas ela se pegou desejando que fosse alguém, ou melhor, uma pessoa em específico.

Nora tinha medo de se apegar e as pessoas serem tiradas dela. A única pessoa que ela considerava como seu familiar era irmão Simmons.

Ela o considerava como uma pessoa mais próxima de um pai.

De fato ele é seu pai, não de sangue, mas de coração, por mais que ele não admita.

Quando Nora voltou de sua missão, ela foi guardar todo o seu material e depois foi rumo a sala de treinamento descarregar toda energia que estava acumulada na mesma.

Horas e mais horas socando, dando chutes e até mesmo treinando seus poderes em objetos espalhados pela academia.

Um barulho de passos se faz presente, ecoando em todo o local. Nora olha para a entrada da sala e vê irmão Simmons a encarando seriamente.

— O que houve? — a voz da mesma sai rouca, fazendo com que ela pegue uma garrafa de água ali perto e bebesse.

— Está na hora, você sabe — Nora se engasga ao ouvir dizer — Você já concluiu seu treinamento, já teve até mesmo contato com outros shadowhunters.

— Decidiu assim? Do nada? — a morena solta um sorriso irônico.

— Você precisa aprender mais e, o que eu não posso te ensinar, eles podem — ele se pronuncia.

Nora resolve se sentar no chão para um descanso, já fazia horas que estava treinando e só agora percebeu o quão cansada está.

— Quando partirei? — resmunga irritada.

Não que a mesma não quisesse conhecer outros shadowhunters, nada disso, ela apenas estava irritada por ter que sair do lugar onde considerou ser sua casa por todos esses anos.

— Amanhã a noite eles devem chegar — o irmão finaliza e a mesma apenas concorda com a cabeça sem dizer mais nada.

A mesma observa ele sair silenciosamente, do mesmo jeito que entrou. Ser criada pelos irmãos do silêncio lhe garantiu habilidades extras.

Nora se levanta do chão e arruma suas coisas para ir em direção ao seu quarto. Quando chega, ela apenas coloca as coisas em um canto e se despe conforme entra para o banheiro.

O contato com a água quente em sua pele gelada causa arrepios, ela não percebeu até agora que estava com um pouco de frio.

Relaxa seus músculos na água e encosta sua cabeça na parede gelada, suspira ao sentir a dor de aliviar um pouco pelo contato gelado.

Ela não duvida nada que a partir deste momento, algumas coisas podem mudar de fato.

Mas talvez algumas mudanças sejam necessárias.

Termina de se enxaguar e pega a toalha saindo do boxe, vai direto para seu armário e coloca um conjunto confortável de roupas íntimas, uma calça de moletom e uma blusa simples folgada.

Se joga na cama de qualquer jeito e rapidamente sente o sono lhe atingir com força.

°°°

Quando ela acorda na manhã seguinte, apenas se levanta, toma seu café da manhã, escovo seus dentes e depois vai treinar um pouco.

Ter controle nunca é demais.

Mas quando observa o cair da noite, a mesma volta rapidamente ao seu quarto e toma outro banho, colocando em seguida apenas uma calça jeans preta e uma blusa da mesma cor.

Ela pega sua capa preta e sai do quarto. Começa a caminhar a passos silenciosos pelos corredores e começa a escutar vozes.

Para na porta e lá vê os quatro jovens que ela ajudou na noite passada.

Tira seu capuz lentamente e levanta a cabeça, vendo os olhos de todos em cima dela, mas apenas um lhe interessa.

Sorrindo de lado, ela se vira para o moreno em sua frente e se pronuncia:

— Falei que possivelmente nos veríamos de novo.


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