Capítulo um

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Aviso: Fanfic contém relacionamento abusivo, violência, estupro e citações de doença psicológica.

Jungkook 

— Tem certeza que não quer ir? Você está de férias, você mesmo disse que sua mãe quer que você saia um pouco. — Namjoon perguntou, cruzando os braços, enquanto eu jogava no celular. 

— Você acha que posso me empolgar no meio de uma aldeia, com gente que mal conheço? Eu prefiro estar em casa, sabe? 

— Você não faz merda nenhuma em casa, eu quero muito que você vá. Por favor. — implorou 

— Me diz um motivo para ir com você? — dei pausa no jogo, olhando para o mais velho.

— Posso dizer vários: Você fica entediado em casa, sua mãe reclama o dia todo e deve acompanhar seu melhor amigo para não passar vergonha. É sério cara, você saiu da escola e até agora não fez nada diferente, pelo menos essa viagem será um momento de boas memórias. Lá é lindo, sem carros, poeira, poluição e silêncio. — disse empolgado. — Eu quero muito ir, mas vai ser incrível se você ir comigo sabe? Uma aventura. 

— Certo, se você quer tanto ir... 

— AI OBRIGADO! — Me abraçou 

— Está me apertando, só aceitei porque você está quase chorando. Quando vai ir? 

— Amanhã de manhã, te pego às sete, arrume suas coisas. — Saiu de casa saltitante. 

— Ninguém merece. — reviro os olhos indo para o quarto, procurando roupas decentes para ir. Namjoon me falou sobre os tios dele e sobre a alcateia, diz ele que é como uma tribo de índios, o tio é o chefe e os alfas são os metidos a macho. A cultura deles é ainda bem antiga, Alfas trabalham e os ômegas cuidam da casa e dos filhos, hoje em dia é ultrapassado, mas lá ainda há rigidez. Só isso que entendi, mas acho que meu amigo deu uma exagerada, não é possível.

— E essas malas? — Minha mãe perguntou 

— Vou com Namjoon para a Aldeia. 

— Ah, eu queria ter essa oportunidade. Quando eu era pequena morava em uma aldeia e via minha mãe cuidar da casa e costurar. — falou Nostalgica — Todas as sextas tinha danças e festas só para os ômegas, amava dançar perto da fogueira. 

— Você já me contou isso. 

— Vai ouvir de novo, querido! Coloque roupas de frio também, a noite faz muito frio e leve luvas. Não olhe para os ômegas e nem chegue perto deles sem permissão, não brigue com ninguém. 

— Que tanta regra, eu só vou visitar a família do hyung. — Reviro os olhos.

— Escute o que eu digo, lá é cheio de regras, melhor você ser educado. 

— Tudo bem, eu vou ser educado. Eu sou tímido, não tem como eu ser ruim. 

— Eu sei bebê, estou só lembrando, Hum?! Me ligue a qualquer momento. 

Na manhã seguinte, eu acordei em cima da hora, tomei banho rapidamente e troquei de roupa, pegando minha mala azul, minha mãe ajudou a arrumar tudo, ela até colocou camisinha lá, como se eu fosse precisar. Corri até o carro preto do Nam e vi o mais velho me esperando impaciente, coloquei minhas coisas no porta-malas e entrei no veiculo, Hyung deu partida resmungando por causa do meu atraso. 

— O que você trouxe na mala? É enorme. 

— Roupas, sapatos e produtos de higiene. — Respondi — Ainda tem meu celular e meus fones de ouvido, sei que vou ficar entediado lá. 

Hyung (Terminada)Onde histórias criam vida. Descubra agora