Hyung (Terminada)

Capítulo sete

Jimin

Minji foi trabalhar às seis da manhã, tive que acordar para fazer seu café da manhã. Aproveitei e comi um pão com manteiga, quando foi embora fui dormir e acordei às sete para fazer os serviços de casa. Lavei o banheiro, as roupas, arrumei a casa e ainda limpei os móveis. Meu corpo estava cansado e suava muito, a casa é muito grande, Jimin estava acabado. 

É muito ruim está sozinho sem ter alguém para conversar, tomei banho e peguei minha cestinha de palha para ir a casa da mamãe. Sei que não deveria sair sem pedir permissão para o marido, mas ele só chegaria às seis da tarde. Fiz seis sanduíches com patê de atum para mamãe, que amava, ela nunca mais tinha comido, pois os patês são caros. Agora que casei, Minji comprava mais de sete, o armário estava cheio, peguei uns três colocando na cesta, saindo de casa caminhando até a fazenda, no meio do caminho encontrei um menino sujo com roupas rasgadas, sentando no chão da lojinha, pedindo dinheiro.

— Moço, o senhor tem algum trocado? Estou com fome, faz três dias que não como. — pediu tímido.

— Hum... — olhei na cesta. — Sinto muito, não trouxe minha bolsinha, mas tenho sanduíche de atum. — peguei um dos sanduíches entregando para o menino, seus olhos brilharam, isso aqueceu meu coração. — Não é muito, mas pode diminuir sua fome. 

— Obrigado, hyung. — sorriu mordendo o sanduíche. 

— Cadê seus pais? 

— Não tenho pais, apenas uma senhora dá comida pra mim, mas ela ficou doente. 

— Que triste, sempre está aqui por perto? 

— Uhum, já te vi algumas vezes com um homem, você é bonito hyung e bonzinho.

— Oh, estou envergonhado. Agora tenho que ir pra casa da minha mãe, espero te ver novamente. — Acenei indo embora, nunca tinha visto um pessoa morando na rua aqui na aldeia, pra mim todos tinham família. Não queria deixar o menino na rua, como ninguém o ajudou antes? É angustiante, me sinto na obrigação de ajudá-lo. 

Cheguei na fazenda abraçando minha mãe, que ficou feliz com minha visita, só havia apenas ela em casa. 

— Meu amor, não esperava sua visita. 

— Dei uma escapada, estava entediado em casa. Se Minji souber que sair me mata. — Coloquei a cesta na mesa. — Mãe, Jimin trouxe patê. — Coloquei as latas que trouxe na mesa e os sanduíches. 

— Nossa, isso é caríssimo, tem certeza que Minji não ficará bravo? 

— Não, lá no armário tem vários. Não vou conseguir comer tudo sozinho. Pensei logo na senhora quando vi. 

— Obrigada, anjo! Como foi sua noite de núpcias? Fez tudo direitinho? Sabe que a primeira vez é especial, deixa de ser um menino para se tornar um homem. 

— Aish, mãe! — corei — Fiz direitinho, mas Minji é bem bruto, doeu muito, até sangrou. 

— É assim mesmo na primeira vez, depois melhora. — sorriu, mal sabia ela que minha primeira vez não foi com Minji e sim com o alfinha que foi carinhoso comigo, não me arrependo disso, se não fosse com ele, iria sofrer agora com meu marido, Jungkook foi tão carinhoso que nem doeu muito, queria tanto que o alfinha fosse meu maridinho. — Então, ficará aqui até mais tarde não é? Quero que jante comigo. 

— Não posso, tenho que voltar pra casa antes que Minji chegue, vou ficar aqui até quatro da tarde. — sorri — Ele vai vim buscar o Choco e meus lápis, a senhora não pode contar que estive aqui. 

— Fique tranquilo, não irei contar. 

— No caminho me encontrei com um menino pedindo dinheiro na rua, estava todo sujo e estava com fome, dei um sanduíche pra ele, A senhora já tinha o visto?