Capitulo 3

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Rhys——————

Foi, eu disse. Contei à Adeline sobre a Feyre, sobre a parceria e ela parecia vazia, seus olhos estavam opacos, não tinham mais brilho, não havia nada em seus olhos, eu a quebrei e estava me sentindo horrível.
Ela não dizia nada, estava apenas sentada com os olhos vazios e lágrimas correndo por seu rosto. Não aguentava mais isso, não queria machucá-la, ela era tão especial pra mim que a última coisa que eu queria era isso, mas não tinha outro jeito... eu já a amei, a amei muito... mas não o bastante.
Me ajoelhei na sua frente e com minha mão limpei suas lágrimas, quando abri a boca pra  falar ela se afastou do meu toque e se levantou, meio trêmula e mole mas se manteve firme e disse baixinho:
-não me toque
-ade...- tentei começar
-por favor não - ela pediu de costas pra mim
-eu sei oq está sentindo e sinto muito querida - levantando eu disse
-Não... não sabe- com isso ela saiu do quarto batendo a porta
-merda... merda... merda Rhysand seu idiota - levei as mãos a cabeça e puxei meus fios
-Porra oq eu fiz...

Adeline—————

Não conseguia respirar... não sentia meu corpo... não sabia pra onde estava indo, eu só sabia que tinha que sair daquele quarto... não dava... e foi quando percebi que estava correndo escada abaixo... mais e mais abaixo... em direção a um breu, um lugar sem nenhum fecho de luz, completamente silêncios e frio...onde eu estava ? Parei no meio do corredor olhando pros lados tentando descobrir onde estava... estava tecnicamente perdida.
-merda - pensei
Respirei fundo e pedi a casa que acendesse uma vela, e assim ao meu lado uma vela se acendeu iluminando uma parte do lugar, eu estava na biblioteca, mas como cheguei lá, como cheguei no último andar da biblioteca sem ter visto nada, nenhuma sacerdotisa ou lampiões, como ? Eu deveria estão tão inerte que não percebi nada e ninguém.
-que maravilha - disse pra mim mesma
O último andar da biblioteca do Grão-senhor era famosa por espantar as sacerdotisas e um certo general que nunca mais pisou aqui, mas lá estava eu e bem ao meu lado estava um poço. Algo ali me chamava a atenção, como se me chamasse, e do poço uma fumaça começou a sair.
Um pé de cada vez fui me aproximando e quando me inclinei para ver oq tinha no fundo eu cai...
Esperei cair de cara no chão e quebrar meu lindo rosto, mas algo me impediu...
-pela mãe - sussurrei aliviada e espantada
A coisa me colocou no chão, estava muito escuro para eu ver algo mais pela sensação era como névoa. Eu não estava sozinha... eu sentia um enorme poder ali... permaneci parada até que senti uma respiração em meu ombro fazendo meu coração dispara.
-o que a esposa do grão-senhor faz aqui em baixo?- uma voz fria e monstruoso soou perto do meu ouvido
Meu corpo travou, estava apavorada demais para falar mais obriguei-me
-cheguei aqui sem querer, não queria encomendar e já estou de saída.- tentando manter minha voz firme respondi
- aaaaa mais não incomoda não- disse aquela voz em meus ouvidos
-fiqueeeeee
- oq você quer ? - perguntei na esperança de que a barganha me tirasse dessa
- quero companhia- respondei simplesmente
-companhia ?
- sim... companhia, alguém para conversar sobre a vida... estou cansado desse silêncio... temos um acordo minha senhora?
- temos... você terá a sua companhia...- respondi firme
- não quero qualquer companhia... quero a sua...
Com isso sinto senti um alito quente em meu pescoço, arrepiando ainda mais meu corpo.
- tudo bem, você terá a minha companhia 1 vez por semana.
-feito...- uma pequena queimação foi feita na minha clavícula, dando espaço no fim a uma tatuagem que ia dos meus ombros até o final do osso da minha clavícula, era linda... uma mistura de folhas e estrelas ao vento... era magnífica, eu estava tão maravilhada com ela que nem percebi a névoa sumir... mas podia ainda sentir alguém ali... nas sombras.
- saia das sombras - meu corpo já não tremia mais e eu não estava mais com medo.
Esperei que saísse das sombras a coisa que morava ali em baixo, pensei que seria algo monstruoso devido a voz que tinha ouvido, mas estava ridiculamente errada... das sombras andando devagar... havia um macho... um lindo macho...perdi o fôlego, na minha frente não existia um monstro como pensei, mais sim uma divindade viva, sua beleza era tão brutal, tão antiga e pura que me deixou assustada.
Não era nada comparada aos feéricos dessa era, nada parecido com Rhysand, Cassian ou Azriel, que eram machos incrivelmente belos, nada como Hélion e sua beleza exótica... não tinha como comparar.
Era diferente de tudo que já tinha visto... eu devo ter encarado demais, pois um pequeno sorriso malicioso cresceu em seu rosto, fazendo minhas bochechas queimarem.
- Bryaxis... pode me chamar de Bryaxis.
Sem querer soltei um riso... a mãe só podia estar de brincadeira comigo... meu marido tinha acabado de me dizer que queria a parceira em vez de mim e agora estou na frente desse Deus gostoso... hahahah só podia ser brincadeira.

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