O dever chama

1.9K 127 20
                                    


Sasuke pov

Após nossa conversa, depois que Sakura revelou que não seríamos mais só nós três tivemos uma noite agradável, que Sarada chamou de noite para comemorar, ela fez o jantar com todo o capricho que nossa menina tinha. Ela foi dormir e quando fui verificar se a casa estava fechada, entrei em seu quarto e a vi dormindo com um leve sorriso nos lábios, provavelmente pelo irmão. Assim como eu fiquei feliz ela ficou animada, e Sakura, que parecia não ter entendido direito a situação, mesmo a gestante sendo ela, pareceu se animar. Elas começaram a imaginar como o bebê seria, Sarada apostou com Sakura que o irmão nasceria com olhos verdes, já Sakura achava que seria mais uma cópia minha independente do sexo. Me animava uma criança com o olhar dela. Seria tão lindo quanto a mãe.

No dia seguinte fui bem cedo até a sala do hokage, ver se havia alguma missão e avisar a novidade, afinal Sakura deveria ser retirada de missões, não aconteciam, mais por conta do hospital, mas mesmo assim devíamos avisar o Dobe sobre o estado dela.

 - Não acredito Teme - disse gritando, como de costume e sorrindo como o idiota que era - falei que precisava de mais de uma crianças para refazer um clã! Parece que não transa. 

 - Você tem sorte de ser hokage, porque se não fosse eu já teria socado sua cara, usuratonkachi - respondi irritado pela audácia.

 - E como sakura-chan está? - perguntou, agora mais sério.

 - Ela está bem, apenas enjoos e um desmaio ontem. A questão é que ela não pode participar de missões.

 - Eu sei disso, não sou um completo idiota como você pensa. Pergunto porque precisamos de você. - mudando completamente sua fisionomia que era de animação para uma de preocupação, e aí eu sabia que estava falando com o Hokage de Konoha e que havia um problema que me levaria para longe da vila. - temos um problema e preciso que comece uma investigação.

 - Significa que me ausentarei da vila. - afirmei sem demonstrar minha preocupação. Eu sabia que elas se defenderiam, mas uma coisa era estar na vila a outra era saber que foram atacadas e tiveram que se defender ainda mais uma Sakura grávida. - quais as suspeitas?

 - Uma organização sequestrando crianças, mas com que intuito não sabemos ainda, só sabemos que sequestram crianças entre 5 e 12 anos com habilidades ninja ou não. E é aí que você entra, precisamos descobrir qual a intenção da organização, porquê crianças e se possível desmantelar a mesma o quanto antes.

Nesse momento Shikamaru entra na sala com um documento em mãos e ouve o as últimas palavras de Naruto.

 - Se você vai investigar a quadrilha de sequestradores então devo lhe entregar isso. E já aviso, as informações neste arquivo são assustadoras.

Não me deixei levar. Algo para me assustar tinha que ser muito pesado, diferente deles que se abalavam por qualquer coisa.

 - Algo mais que eu precise saber?

 - Se os irritar não deixe sobreviventes. - Shikamaro quem respondeu com preocupação - eles têm fama de retaliação.

Eu sabia que elas estariam seguras em Konoha, minha segurança era o de menos no momento.

Peguei o documento e rumei em direção à porta e antes de sair me virei em direção a Naruto

 - Cuide dos três na minha ausência. - disse não esperando uma resposta.

Minha confiança era total em Naruto, sabia que ele cuidaria delas tanto quanto eu, por isso saía para minha missão com menos preocupações e mais focado. Pela mínima informação de Shikamaru eu sabia que não seria apenas uma investigação, e se houvesse algum conflito eu teria que estar inteiro no que fazia e seria impossível me focar tendo Sakura e meus filhos em perigo.

Meus filhos...

Chegando em casa a encontrei vazia. Sakura com certeza estava no hospital, só chegaria a noite e Sarada em alguma missão curta com o novo time 7. Como eu só partiria pela madrugada, aproveitei esse tempo sozinho para analisar os documentos entregues pelo Nara.

Na primeira página havia uma breve descrição do que se sabia que os bandidos queriam, quantos eram e de onde começaram a aparecer e por fim os crimes cometidos. Nesse momento agradeci por não ter nenhuma das duas em casa evitando olhares curiosos. Comecei a estudar o caso na mesa de jantar, mas quando comecei a ler os crimes cometidos me transferi para o escritório que Sakura usava para estudar os pacientes mais problemáticos ou algo relacionado ao hospital. Se ficasse na mesa de jantar ela iria dar uma espiada nas fotos e isso seria péssimo. Sabia que ela se abalava com maus tratos a crianças ou elas em sofrimento, e sabia que ela se sentiria mal por ver o que eu via, me preocupando também com a saúde do bebê e nesse momento decidi não revelar exatamente do que se tratava essa missão.

Em suma o arquivo continha os crimes que incluíam tortura e morte das crianças, testes científicos que levou muitas a morte e claro os sequestros, mas não se sabia exatamente o que era feito com as mesmas, somente que eram usadas em testes e depois descartadas em rios. Eu tinha sangue frio e não me deixava abalar, mas os documentos me deixaram enojado, o que me deu mais ânsia de encontrar essa quadrilha e os deter o mais rápido que eu pudesse. Os membros eram 5 pessoas duas mulheres e três homens ou era isso que uma investigação rasa descobriu e eu desconfiava que não seriam somente 5 pessoas sequestrando crianças. Pelo jeito ninjas renegados, ladrões e sequestradores.

Os primeiros sequestros foram em Amegakure, depois próximo a Suna e Iwagakure. Ao todo foram quase vinte crianças em dois meses, por isso a preocupação, estava sendo muito rápido e não havia pedidos de resgate. O perfil das crianças variava entre crianças sozinhas brincando em parques, órfãs com idades que dificilmente seriam adotadas e crianças na idade de Sarada que eram ninjas e saíam para missões e acabavam capturadas. Provavelmente se perdiam do esquadrão e quando era dada a falta já era tarde de mais. Isso me preocupou ainda mais, pois Sarada se encaixava nesse perfil. Apesar de ser muito forte e saber se defender, havia sim o perigo de algo do tipo acontecer. Precisava alertá-los antes de sair, não contaria a ela mas arrumaria uma desculpa para que não ficasse sozinha em missões.

Me tirando de meus devaneios e preocupações ouço sua voz entrar em casa:

 - Tadaima.

Blood CirculatorOnde histórias criam vida. Descubra agora