PUNIÇÃO- HANMA

Capítulo 05

Ainda incrédula de que a pessoa que Kisaki quer apresentar seja o Hanma, eu vou para casa, mas a minha mente martela nisso, existe sim uma possibilidade de ser ele, assim como não.

Mas porquê será que ele decidiu voltar só agora? Depois de cinco anos, ele me abandonou por cinco anos, sem ter a coragem de olhar na minha cara e dizer que não quer estar mais comigo, tudo bem, eu sei que não fui nenhuma inocente quando o denunciei pela morte do Izana mas eu estava com raiva, cega de ódio e havia perdido meu irmão, eu não quis saber de nada naquele momento, eu só queria justiça pela morte do meu único irmão.

Balancei a cabeça em negação, não pode ser ele, ele não pode voltar, eu não sei o que faria se o visse, não se se quero o ver.. Respirei fundo.. Acho melhor eu não pensar nisso, talvez eu devesse pensar no que farei daqui para frente, eu já não tenho mais emprego e por mais que eu tenha algum dinheiro não sei se será suficiente até que tempo, e por mais que o Mikey tenha dito para o Draken cuidar de mim, eu não quero, eu já tenho idade suficiente para me cuidar.

Assim que chego em casa noto como ela está bagunçada, verdade, faz três dias que não durmo em casa, eu pareço uma puta depressiva. Decido parar de pensar um pouco e arrumar a minha casa, talvez se ela estiver com um bom ambiente eu me sinta mais avontade para fazer algo útil e ter agluma posetividade nos pensamentos.

Ultimamente só penso em morrer.

[...]

A campainha da minha casa tocou pela segunda vez, mas eu estava com preguiça de me levantar e abrir a porta, eu falei sobre pensamentos positivos? Pois, até eu terminar o meu banho fiquei deprimida e vim me sentar na cozinha com uma garrafa de vinho bebendo compulsivamente.

Ouço a campainha mais uma vez..

Solto um suspiro frustrada e me levando andando a passos lentos e abro a porta. Arregalo levemente os olhos pela surpresa.

— Oi.— Mitsuya diz um pouco envergonhado, dou de ombros e vou me sentar no sofá, ele entra e fecha a porta vindo se sentar ao meu lado.— Olha Amily me desculpa..— ele pedi.— É que.. cacete eu te vi daquele jeito e.. oh merda, eu não resisti.— conta.

Quando eu e Mitsuya ficamos, foi em um momento em que eu estava bastante sensível e carente, eu percebi isso depois, eu não amo o Mitsuya como eu amei o Baji ou como eu amo o Hanma, eu amo o Mitsuya como amigo, de verdade, mas naquela época sensível eu realmente precisava de um comforto familiar, por isso que eu deixei me levar e acabei entrando em uma 'relação' com ele..

Eu me senti um lixo quando percebi que estava tentando achar algo do Hanma nele, mas eles são bastantes diferentes, desde o beijo, a forma de demonstrar carinho, a forma de proteger até o sexo, eles eram completamente diferentes, tudo piorou quando uma vez eu o chamei de Hanma, nesse dia eu tive uma crise e eu fiquei sem falar com o Mitsuya por duas semanas mesmo ele tendo dito que estava tudo bem, eu estava envergonhada demais para 'estar tudo bem'.

— Amily...— ele toca meu braço.

— Tanto faz Mitsuya.— dou de ombros.— tanto faz.— olho para ele e dou um sorriso.

— Andou bebendo?— ele diz analisando meu rosto.

— Aaaah Mitsuya.— jogo a cabeça para trás.— O que isso importa?

— Amily você não pode ficar bebendo dessa maneira.— protesta.— Faz mal à saúde.— rio.

— Que saúde?

— Amily eu vou ficar muito bravo com você se você se comportar assim!— ele diz.

— Mitsuya minha vida está uma merda, mas vale eu me afundar do que tentar me erguer se toda vez caio, qualquer coisinha e eu já tou caindo.— digo.

— Isso é porque você quer!— ele diz.— Se você realmente quisesse seguir em fre—

— Mitsuya eu não quero ouvir o que você tem a dizer, você está me irritando acho melhor você ir embora!— falei começando a me estressar.

— Eu só quero ajudar você.

— Eu estou bem.

Ele respira fundo e segura minha mão, eu olho para ele e seu olhar me transmite paz e confiança.

— Amily.. eu estou sempre aqui pra você, você pode contar comigo sempre entendeu?— eu o abraço e deixo que ele me console.— Vai ficar tudo bem.— sussura.

— E se não ficar?— o olho.

— A gente da um jeito.— ele sorri e inconscientemente eu olho para seus lábios, ele percebe e olha para os meus, eu mordo os mesmos e olho em seus olhos brilhante, ele faz o contorno da minha mandíbula e pousa sua mão em meu pescoço.

— Mitsuya...— sussuro sentindo sua mão quente em minha coxa..

— Uma última vez.— ele sussura próximo ao meu rosto, seus lábios roçam nos meus.— Por favor.— diz e eu fecho os olhos sentindo ele me beijar..

Faz algum tempo desde que nós não ficamos, Mistuya me deita gentilmente no sofá e eu ajudo ele a tirar a jaqueta, seu beijo é doce e gentil, sua mão passeia calmante pelo meu corpo acendendo um fogo que eu havia apagado faz tempo, ele desce os beijos pelo meu pescoço, passo a mão por baixo de sua camisa e aranho levemente suas costas, ele arfa e olha para mim, eu sorrio sentindo meu corpo todo reagir ao seu toque, minha respiração acelerada e a vontade de ser tocada aumenta.

— Você é realmente muito linda.— sussura e volta a me beijar..

...

Na manhã seguinte Mitsuya foi embora antes que eu acordasse, eu pedi que fosse assim, depois da noite incrível que tivemos, eu não queria acordar e olhar pra ele, até porque era a nossa ' última vez' definitivamente então será mais fácil olhar para ele se ele não estivesse aqui as coisas seriam um pouco constrangedoras.

Me levanto da cama e me arrumo, vou a cozinha e preparo algo para comer, meu celular toda e eu pego atentendo.

— Bom dia.— sorrio.

— Oi Amy, você está bem?— Mitsuya pergunta e eu assinto mesmo ele não estar vendo.

— Estou bem sim, que horas você saiu?

— Cedo, acho que eram 06.— diz.— Mas se você quiser eu posso voltar ai.

— Tudo bem, nós podemos almoçar juntos.— sugiro.

— Okay então, até mais tarde, beijo.— despede.

— Beijo.— desligo a chamada. — Oh céus.— sussuro.— Que rumo eu estou tomando na minha vida.

Termino meu café e procuro algo para fazer..

CONTINUA...

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