Amily...
— Tem alguém ai?— falo ainda sonolenta ao ouvir o barulho de coisas quebrando.— Mitsuya?— bocejo e me espreguiço.— Mitsuya é você?— ganho forças e me levanto indo ver que barulho é esse.
Geralmente eu teria medo, mas agora sinceramente nada mais me abala, se for a morte chegando que assim seja, eu já não tenho mil motivos para viver, e sim para morrer.
— Mit— arregalo os olhos ao ver tres caras vandalizando a minha casa, não consigo me mover, não consigo fazer nada, eles estão apenas batendo tudo com baús e jogando as coisas para longe, meus olhos quase saem de órbita quando um vaso é lançado em minha direção.
Sim, eu disse que queria morrer, mas não desse jeito, me encolho como se aquilo fosse ajudar e para a minha surpresa sinto braços forte e consideravelmente familiares abraçarem meu corpo frágil e pequeno, o vaso choca com as costas de um dos bandidos que me abraçou e quebra ao cair no chao, confusa, chocada sinto ele me soltar e assim que meus olhos encontram os dele eu sinto um leve dejavu de quando vi a intensidade dos olhos dessa cor pela primeira vez, a forma como eles brilham e a raridade deles.
Meu coração dispara acompanhando as batidas do coração dele como se fosse o único som que ouvisse-se no local, como se não estivesse mais ninguém aqui, como se não estivessem destruindo a minha casa.. o que é isso? Apaixonada pelo bandido?
— Você está bem?— assinto ainda confusa, sua voz não era como eu queria que fosse, por um momento eu queria que esse cara fosse o Hanma, porquê que eu julguei isso? Claro que existe um monte de gente com olhos cor de âmbar, assim como existe um monge de gente com olhos castanhos, azuis, verde, e entre outros— Não é so o Hanma.
As mãos! Hanma tem tatuagens nas maos, eu desço meus olhos para as suas mãos e me frusto ao ver que estão com luvas.
Mas porquê que eu queria que fosse ele?
— Estou.— sussuro, ele coloca o lençol sobre o meu corpo e eu me cubro ainda confusa do porquê ele estar fazendo isso.
Ele se vira para os colegas de bandidagem e faz um sinal assim eles vão embora, mas destruíram completamente a minha casa, literalmente. O bandido principal olha para mim uma última vez antes de se retirar, eu me sento no chão completamente confusa sobre o que acabou de acontecer e o que está acontecendo.. E porquê diabos eu pensei e queria que aquele fosse o Hanma? Eu tenho demência?
— Minha casa..— olho em volta tudo destruído, as coisinhas que eu juntei meu dinheirinho para poder comprar e mobiliar da forma que eu quero agora está tudo completamente destruído, eu fungo impedindo que as lágrimas rolem em meu rosto, eu só queria poder passar um dia sem chorar, mas agora o medo me consome, eu me sinto tola por ter deixado me levar com meros olhos cor de âmbar que me lembravam o Hanma.
Como eu posso desejar que um bandido seja ele? Ele poderia simplesmente me estuprar aqui e eu estaria pensando que é o Hanma? Que tipo de monstro eu sou? Tenho a certeza que se o Mikey estivesse aqui nada disso estaria acontecendo, eu não me sentiria tão sozinha e desprotegida dessa maneira, toda vez é uma razão nova para chorar e eu sinto que estou desgastando as pessoas que me rodeiam, eu sinto que está todo mundo cansado de mim só não quer dizer , eu me sinto inútil e sem amor, eu me sinto interesseira com a urgência de ser amada e mimada por todos, eu sou um ser humano terrível.
Por isso não ligo para ninguém, não conto a ninguém, junto forças e por mais que a maioria das coisas estejam destruídas eu arrumo tudo.
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PUNIÇÃO- HANMA
FanficAmily e Hanma tiveram um romance quando mais jovens, embora o relacionamento deles tenha sido lindo, maravilhoso- o que pode se considerar brega de tão fofo que era, nem tudo sempre da certo no final de tudo. E foi isso que separou os dois.. Mal en...