CAPÍTULO 2

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Ciúmes

Boa leitura!♡

    QUANDO saímos do elevador, avistei Maria sentada na cadeira de plástico da recepção, balançando as pernas para frente e para trás.

— Maria, meu bem, com quem você está? — perguntei quando percebi que não tinha ninguém ao seu lado. Depressa ela levantou e foi dar atenção a minha filha. Ela sempre corre para perto de Lucy quando vamos à ONG. Voltei  a perguntar-lá com quem estava, e de repente uma mulher de estatura média de cabelo pretos e lisos igual o da Maria respondeu:

— Ela está comigo. — A mulher tinha uns traços bem parecidos com a menina, mas eu sabia que não era a sua mãe. 

— Sou a tia solteira dela, — falou para mim, mas olhando para o Liu

— Estamos aqui porque o irmão mais velho dela machucou o pé, fez a cirurgia ontem. Ela quis muito visitar ele logo cedo. — voltei a olhar para Maria que está com as mãos nos pés de minha garotinha.

— Liu, bom te ver. — ela comprimentou com um sorriso largo no rosto.  

— Vamos — chamou Liu sem responder a tia de Maria, colocando a mão novamente nas minhas costas. Levantei a minha mão me despedindo da menina.

Do lado de fora do hospital ele pediu a chave do meu carro e deu para o Túlio assim que ele saiu do carro do Liu. Hugo permaneceu sentado no banco do motorista, provavelmente acatando a ordem do meu marido. 

Liu nunca se incomodava em incomodar alguém. 

— Não era preciso incomodar o Túlio, eu mesmo poderia voltar dirigindo o carro. — comentei quando ele abriu a porta de trás do carro para mim. Liu fechou a porta, deu a volta para poder colocar Lucy na cadeira ao meu lado.

— Contratei para isso, se ele estiver achando ruim é só pedir demissão. — revirei os meus olhos sem me importar.  Liu viu e me encarou zangado e depois olhou para o banco do motorista onde o Hugo se encontrava e logo voltou a me olhar. Eu não falei nada, e ele  muito menos. Por fim, fui sentar na frente ao lado do Hugo. Fechou a porta de maneira agressiva, mostrou o seu descontentamento com meu atrevimento.

Quando  o carro foi estacionado na garagem meu marido saiu tão depressa. 

— Liu. — Chamei pela janela do carro. De costa ele me respondeu:

— Dá um banho na Lúcia e deixei ela com Helena e venha conversar comigo. Estarei no piano.

Não esperando resposta entrou no elevador me deixando.

Hugo me ajudou a tirar a Lucy do carro. Odeio quando ele se afasta assim. Sei que deveria estar acostumada, porém acredito que nunca ficarei.

Ao subir dei um banho na minha garotinha enquanto brincava com ela no banheiro. Já vestida, Helena ficou com ela. 

Bate à porta com força para anunciar a minha chegada quando entrei no escritório. Liu que estava tocando no piano parou.

Era ridículo, mas eu me sentia uma filha que estava  preste a ser repreendida pelo seu pai por algo que ela nem sabia o que tinha feito.

— Estou aqui, Liu. — falei baixo com as mãos cruzada na frente do corpo. 

— Aquele abraço, o que significa? — sussurrou tão baixo que tive dificuldade de escutá-lo.

Arregalei os olhos e ergui a sobrancelha em surpresa com a pergunta. 

— Com Marcos?  — Liu fez que sim com a cabeça. 

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