CAPÍTULO 9

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Boa leitura!♡

Preocupado demais

VOLTEI para casa com medo da escuridão sufocante

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VOLTEI para casa com medo da escuridão sufocante. Pânico mais uma vez tomou conta de mim tirando o ar dos meus pulmões. Permitir sentir é doloroso demais.

Eu tinha a sensação de sentir o gosto amargo do medo surgindo na minha garganta. 

Eu desci para comprar sorvete de pavê para Alice em um supermercado para me distrair na tentativa de fugir das emoções que estavam presas dentro de mim e que queriam sair. Sempre fugia  quando a mesma dava sinais  que iria surgir. A realidade nem sempre nos traz sentimentos bons.  A morte dela despertava  coisas desprezíveis de se pensar. Sinto meu estômago a se revirar ao penso.

Praticamente eu bati no meu pai. Alice vai ficar decepcionada quando souber. A raiva é uma coisa que eu não  consigo controlar muito bem quando ela vem de maneira tão intensa.

— Senhor, Liu, chegamos — Hugo avisou já dentro da garagem do prédio. Eu fiquei sentado com ambas as mãos apoiadas em cada perna por alguns instantes. 

Meu pai estava certo, eu não poderia mais fugir, a dor deveria ser sentida. Tinha que me libertar, senão ela iria me matar. 

Desci do carro e fui para o elevador, já no meu andar senti de repente uma falta de ar intensa. 

Mandei uma mensagem para Alice avisando que estava em cima, no terraço. 

Abri a porta e sinti as gotas de chuva a molhar o meu rosto. O tempo mudou de repente depois que eu saí da casa do meu pai.

Comecei a andar de um lado para outro  na chuva. O barulho, o cheiro me acalmava. Parecendo um garoto aterrorizado me deitei no chão molhado e frio do terraço. Olhei para aquela imensidão de nuvens carregadas com dificuldade, e sem forças permite que as minhas lágrimas que tanto eu escondi escorressem pela minha face, misturando com os pingos da chuva. 

Eu nem pude me despedir. Queria ter oportunidade de dizer que a  amava, e que era grato por tudo o que tinha feito. Queria dizer o quanto ela era extraordinária.  Uma mãe admirável. Queria que Deus tivesse dado mais tempo para ela. 

Senti o ar me faltar, forcei os meus pulmões: gritei deitado naquele chão, mas nenhum som surgiu. O mundo ruiu  aos meus pés. 

As lembranças da última conversa que tivemos juntos turvava a minha mente.

Eu estava muito nervoso porque não sabia qual casa escolher. Gabriela tinha marcado para visitar as casas que tive interesse em conhecer. 

Foi apenas eu e mamãe, papai teve uma reunião na empresa e não pode nos acompanhar o que me deixou mais estressado, queria muito a opinião dele. 

No fim comecei ficar irritado comigo mesmo por mev sentir incompetente, fazia bastante tempo que não me sentia daquele jeito. Queria um lugar perfeito para minha família.

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