The Horizon Break

The Horizon Break - Saga de Stallis - Capítulo 3 - "Passagem"

THE HORIZON BREAK

A Saga de Stallis

Capítulo 3 - "Passagem"

"Estranho" era como eu me sentia naquele lugar, mas olha pra mim, já fiz um grande avanço, para um introvertido como eu, era difícil estar naquele lugar e olha que eu tomei a decisão de ir por conta própria, o que é isso? Será isso a fase adulta? Bom, era inevitável que eu iria ter que ser mais social, apesar de eu somente estar sentado no sofá da sala de estar enquanto os outros dançam, bebem e se divertem, sinceramente nem eu sei o por que deles estarem festejando, o que eles comemorando? Aliás, precisa de um motivo para comemorar algo? Será que somente fazer festa por querer já é um motivo plausível? Eu acho que sim, né, não tem estou vendo nome de ninguém escrito em balões ou na parede, nem mesmo alguma temática, ah, é mesmo, é só uma festa de adolescentes, não que eu não me enquadre como um adolescente, de adulto eu só tenho a idade, talvez eu ainda pense como eles, sim, com certeza eu penso, tipo naquela vez que eu fiquei horas esperando na fila do "Walkart" para conseguir aquele jogo do guerreiro verde sair, caramba, aquele jogo era demais, ou então daquela vez que eu fui apostar sobre uma roleta russa, quase ia perdendo as sobrancelhas, e teve aquela vez, que eu fiquei tão fascinado em um jogo que me imaginei dentro dele, talvez esse tenha sido o mais bizarro, hm ou não, afinal o que tem de errado em se imaginar dentro de algum universo fantasioso? Afinal, eles devem servir para justamente se imaginar fora da realidade, imaginar como seria a realidade se algumas coisas fossem fora dos padrões, aliás, o que se define o real? Se real é aquilo que se pode ver, sentir ou ouvir, então real só são sensações descritas pelo nosso cérebro, então sendo assim, um jogo, um livro, uma música, um filme, um sonho, um pesadelo, uma boneca, ou Deus, são todos reais, afinal, a realidade tende a ser tão real quanto isso? Ou somente aquilo que dizem ser real? Sinceramente, acho que a realidade, por mais que o próprio sentido da palavra defina que a realidade remeta a algo inalterável, ainda sim deve ter suas mudanças.

- Oooi - era uma garota que estava na festa, ela sentou do meu lado.

- Ah, oi.

- Tá gostando da festa?

- Sim, tá bem divertida.

- Eu não te conheço, você é algum parente da Glacy?

- Ah, bem, eu sou só um conhecido dela, na verdade meu amigo que me trouxe até aqui.

- Sério? Que amigo hein, deve ser bom ter um amigo que te leva pra lugares assim.

- Sim, ele é um bom amigo, apesar, de me fazer passar por todo tipo de situação desde quando nos conhecemos.

- ~risos~, mesmo assim não deixa de ser seu amigo.

- Pois é.

- Qual o seu nome?

- Sam, Sam Redwater.

- Sam? Que americano.

- Meu nome é Nicolle, Moreau.

- Seu nome combina bem com você.

- Acho que só o sobrenome, meus pais vieram do Brasil, na verdade só minha mãe, meu pai é francês mas morou um tempo por lá e se encantou com minha mãe brasileira, no final acabei nascendo aqui mesmo, e quem diria que iria acabar pegando uma corzinha da minha mãe.

- Mas sua pele é bem bonita e atrativa.

- Ah, que fofo, obrigada.- ela parecia um pouco envergonhada. - Mas onde você mora Sam?

- Moro aqui em Caen, mais precisamente em Cormelles.

- Eh, é um bairro bem bom de se viver. - ela me olhou como se estivesse me testando. - Você estuda? Tem namorada?