Capítulo 2 - Elucidação do Arcano

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Daniel partiu na manhã da segunda feira para São Paulo

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Daniel partiu na manhã da segunda feira para São Paulo. O evento da SingularityU Brasil seria realizado na Learning Village, na Vila Madalena e, enquanto ele tinha tarefas normais agendadas na organização da programação que se iniciaria na sexta-feira seguinte, abraçara a missão não menos importante de esclarecer da questão, com nítidos contornos arcanos, surgida entre Reynaldo e Leila.

Havia feito uma extensa e detalhada pesquisa dos passos de Leila nos últimos meses que gerou dúvidas sobre a perspectiva imaginada por Reynaldo em relação à motivação do estranho contato. Não foi difícil obter sua direção. Após dois ou três telefonemas, conseguiu o celular pessoal de Leila e preparou-se para uma ligação cujo resultado já não encarava com a mesma preocupação.

Leila foi bem receptiva ao celular, entendeu a interlocução de Daniel, mas não queria conversar o assunto por telefone, propôs um café, em um local neutro para ambos, a Panificadora Santa Tereza, pela tradição, um estabelecimento similar à Confeitaria Colombo no Rio.

Daniel chegou dez minutos antes das cinco da tarde, horário marcado para o encontro e procurou uma mesa situada num ponto que dava janela para a catedral metropolitana e tinha uma boa visão da entrada. Conhecia Leila apenas das fotos da imprensa, mas teve a certeza de reconhecê-la e acenou confiante quando ela despontou na entrada com o cabelo solto até os ombros, vestindo um vestido tubinho discreto, mas que não escondia suas formas perfeitas, ornada por uma pulseira, pingente e brincos de cristal e com o vestuário completado com saltos altos que destacavam o torneado de suas pernas.

Leila se aproximou com um sorriso, cumprimentou Daniel, que se levantou para afastar sua cadeira, e sentou-se agradecendo depois de deixar a bolsa no espaldar.Após as frivolidades iniciais, típicas de qualquer encontro entre pessoas que jamais estiveram juntas, Leila resolveu entrar direto no assunto que os reunia.

— Então, devo ter assustado um pouco o Reynaldo com meu telefonema, eu mesma nem sei como tive coragem. Foi estranho e confesso que fui bastante vaga.

— Não posso dizer que ele não tenha se sentido da mesma forma, por isso estou aqui e não ele em pessoa, disse Daniel, atento observando a reação de Leila.

Leila, antes de continuar pensou, em segundos, que isso significava o que ela temia, Reynaldo tinha interpretado seu contato da única maneira que ela não desejava.

— Bom, o assunto é bastante delicado e confesso que não iremos tratar de forma completa hoje, será necessário, eu acho, a presença do Reynaldo e quem sabe de outras pessoas de confiança de sua organização. Por isso, imagino que, ao relatar para ele o objeto de nossa conversa, teremos que providenciar um novo encontro e, dessa vez, bem mais discreto e não pode ser em São Paulo, local no qual sou muito conhecida. Vamos discutir a possibilidade de atos de violência, eu diria terrorismo mesmo, contra o Reynaldo e o que ele representa.

Época 6: O Despertar do UniversoOnde histórias criam vida. Descubra agora