Será que agora vai?

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Alguém segurou meu braço, pela forma de segurar notei que era Hacker quem fazia isso.

— O que você quer?

— Desculpa!

O que ele havia? Certeza de que eu não estou sonhando? Sério?

— como?

— me desculpa! Me desculpa por ter te usado e ter te tratado como brinquedo até agora, sei que ainda estou me acostumando com o fato de: nós dois. Mas isso não justifica meu erro!

Mal sabia Vincent que apenas aquele curto pedido de desculpas havia ganhado meu coração, não aguentei e já avancei contra ele o beijando.

— Vamos tentar do início? Da maneira certa dessa vez! Mas por favor, tenha paciência comigo.

— Vou tentar Vincent, vou tentar! — dei um selinho nele

— mas acho que já deu sua hora, né?

— Sim. Te vejo outro dia! Tchau!

Entrei no carro, fechei os vidros e arranquei com o carro dali. Pensando por certos lados, eu também não era alguém da lei, mas tinha uma reputação a prezar. Vou fazer meu máximo para eu e Vincent termos algum futuro juntos.

Em casa

— Temos que conversar mocinha! — minha mãe estava sentada na poltrona

— ixi! O que aconteceu?

— Você como minha filha, me deve explicações! Onde você estava? Aliás, você anda saindo muito, não me fala onde vai e quando volta, está com outra roupa, sem maquiagem, eu diria diferente!

— Eu também estava querendo conversar sobre isso com você, mas quero que o papai esteja junto, porque é algo importante!

— Pois bem! Lorenzo desça aqui! Hazel quer conversar com você também.

— Meu pai em casa a essa hora, que estranho!

— Esqueceu que toda vez que saímos para jantar com nossos amigos seu pai não vai trabalhar?

— ah eu havia esquecido!

— O que você quer filha?

Meu pai estava com alguma roupa nada formal, o que era difícil de se ver, ele usava uma blusa branca com alguma estampa na frente e uma daquelas bermudas de cetim, ela tinha alguns bob-esponjas desenhadas.

Era difícil de segurar o riso vendo ele com aquela bermuda, minha mãe também não aguentou e caiu na gargalhada junto, deixando meu pai sem entender nada.

— o que foi? Tem alguma coisa em mim? — ele se analisou

— Sua bermuda, é estranho te ver por baixo dos ternos! — tentei me recompor

— se quiser eu coloco os ternos de volta! — ele deu sinal de voltar para o quarto

— Você não representa nenhuma postura de pai de família com esse shortinho do bob-esponja. — minha mãe riu

— então vou deixar esse papel para você, super-mãe!

Meu pais sempre tiveram uma ótima relação de marido e mulher, era praticamente impossível vê-los brigar. Eu queria que Vincent e eu tivéssemos esse futuro, mas estávamos bem, bem, bem longe de alcançar 1/3 (um terço) disso.

— Mas o que você queria conosco Hazel? — meu pai tomou postura e se sentou no sofá

— Não sei se minha mãe te contou ou algo do tipo, mas quando eu estava fora de casa, fiquei na casa do Tayler sabe?

— Sim, é aquele seu amigo da faculdade não é?

— Sim. Então, lá eu fiz amigos e conheci outro amigo dele, o Noah Beck. Eu acabei me apaixonando por ele e vice-versa.

— e você quer contar que vocês estão namorando?

— Calma, não acabei. Então, mais algumas coisas aconteceram e nós nos aproximamos mais e mais, até que...

— Ele levou ela pro quarto e tirou a virgindade dela. A Hazel enrola muito. — minha mãe fez pouco caso

— Sim. Mas agora tem outra coisa.

— Dessa eu ainda não sei. — minha mãe se pronunciou

— Várias outras coisas aconteceram e eu e Noah nós afastamos e terminamos nosso relacionamento, eu estava muito apaixonada por ele, mas eu sabia que era algo momentâneo. — Menti — Conheci outro garoto, mas está tudo muito confuso.

— O que por exemplo? — minha mãe me encarou

— eu estou completamente apaixonada por ele, sei que podemos ter um futuro incrível juntos. Mas nossas personalidades são muito fortes, nós brigamos a todo momento.

— Olha, como pai eu te digo que eu e sua mãe éramos assim no início do relacionamento.

— Nós estamos nos conhecendo ainda, lá no fundo eu sei que temos algo em comum, mas sinceramente. Estou perdendo a certeza! — me sentei

— Hazel, você tem que entender. Que para as coisas darem certo, antes vão dar errado.

— Todo esse tempo que eu tenho ficado fora, eu tenho ido para a casa dele. Então eu normalmente durmo lá e no dia seguinte venho pra casa.

— Se você acha que vocês 2 podem dar certo, só vai! Como dizem os adolescentes de hoje em dia: confia na fonte! — meu pai brincou me fazendo rir

— Estou tentando, não sei se vai dar certo. Mas agora vou subir para tomar um banho e descansar. Vou deixar vocês a sós.

— Tudo bem! Em 2 horas estamos saindo para jantar e voltamos bem tarde hoje.

Entrei em meu quarto e fechei a porta, tomei um banho e me joguei na cama para descansar.

Continua

Feitos de possessão - vinnie hackerOnde histórias criam vida. Descubra agora