Feitos de possessão - vinnie hacker

Ela estava em paz finalmente.

No dia de voltar para casa

— não vai dar tempo de sentir saudades de vocês. Em 1 semana no máximo, estou de volta. — falei enquanto colocava a malas no carro

— espero que volte mesmo, se não voltar eu te mato, não vou aguentar o Noah dizendo que está com saudades. — Aisha sendo Aisha

— eu vou ligar sempre que puder, Tayler onde estão as chaves da minha moto?

— na ignição da moto. — ele entrou no carro logo em seguida

— até a próxima semana galera. — acenei para todos e arranquei com a moto da casa

Tayler parou em um posto de gasolina antes de chegarmos no meu condomínio, aproveitei e enchi o tanque da minha moto também.

Demoramos mais ou menos 20 minutos para passarmos pelos portões da minha casa. Fiquei um pouco apreensiva quando estacionamos os veículos.

Saí da moto e fui em direção as portas da mansão, procurei pelas chaves em meu bolso e logo destranquei a casa. Tayler percebeu minha tensão e pousou sua mão em meu ombro, com ato de me acalmar.

— Filha? — minha mãe perguntou após descer as escadas

— voltei! — deu vontade de dizer: não, não. Um boneco de posto não tá vendo? Mas me contive

— voltou para ficar?

— sim, pensei bem sobre nossa última briga e como vocês são minha família, pensei em perdoá-los.

— Nós sentimos sua falta, bom... seu irmão não. — ela disse em um tom brincalhão me fazendo rir

— cadê o meu pai? — perguntei depois de me desfazer do abraço

— no escritório, mas ele não tem ficado muito ocupado ultimamente. Lorenzo saí as 9:00 e chega ás 17:00. Tayler querido, não te vi aí, me desculpe.

— tudo bem senhora Lauren. Eu já estou de saída.

— não quer entrar? Tem certeza?

— não, muito obrigado, só vou trazer as malas de Hazel.

Tayler deixou minhas malas na sala de estar e se despediu de mim e minha mãe com um breve abraço e então partiu para casa.

— conte para sua mãe agora, ainda é virgem?

— nunca fui virgem, sou de câncer mamãe. — fui sarcástica

— há há há. Não tem graça, me conte a verdade.

— tudo bem, eu me rendo. Não sou mais virgem. — minha mãe abriu um sorriso enorme ao me ouvir

— minha pequena Hazel agora é uma mulher, nem acredito. — isso estava ficando assustador

— mãe, eu só perdi a virgindade, o que tem demais nisso?

— agora você pode me dar netinhos na hora que quiser.

— netos? Nem tão cedo! Ainda quero trabalhar, ter minha casa e pra ter filhos, eu preciso de um pai não é mesmo? Então está fora de cogitação.

— mas com quem você perdeu? Não me diga que foi como seu irmão!

— não mãe, foi com Noah, amigo de Tayler. Procura no Instagram por @Noahbeck. — eu queria poder contar a verdade à ela

Minha mãe pegou seu celular em cima da mesa de centro e rapidamente colocou o nick do instagram na barra de pesquisa e ficou paralisada quando viu as fotos.

— Nossa! Eu achava que você tinha dedo podre pra homem.

— eu sou a melhor eu sei! — me gabei para ela que deu um sorrisinho

— seu pai está me ligando, suba para tomar seu banho e chame seu irmão para te ajudar com as malas. — minha mãe saiu da sala

Eu havia esquecido que aquele idiota ainda residia essa casa. Se ele me deu um tiro achando que eu não iria me vingar, eu sinto muito.

Subi, tomei um banho e vesti uma roupa que encontrei na gaveta, eu deveria ter esquecido quando fui para casa de Tayler.

Respirei fundo e fui em direção ao quarto daquele idiota, espero que ele não esteja comendo nenhuma prostituta.

— Aaron, sua ilustre irmã voltou! — Bati na porta

— quando eu acho que meu dia tá ruim, você aparece pra piorar ele. O que você quer?

— pegue minhas malas lá embaixo!

— você tem mãos, pode pegar. — ele ia fechando a porta mas impedi

— garota, para de me perturbar!

— Que tal eu contar para o nossos pais o que você fez?

— e como você acha que ele vai acreditar em você?

— Aaron querido, a marca dos pontos está no meu braço. — levantei a manga da blusa enquanto ele me olhava com cara de tédio

— você não vai fazer isso.

— hm, deixe-me pensar. Vou sim, cadê a mãe para ela saber antes? — ele me seguiu por todo o corredor

— Hazel sério, se você contar, eu estou fodido.

Eu apenas o ignorei enquanto descia as escadas à procura da nossa mãe.

— Hazel pare! Eu pego suas malas.

— muito inteligente você, querido irmão! — sorri sarcasticamente para ele que saiu se esbarrando em mim de propósito

Aaron subiu com todas as minhas malas e as colocou em meu closet e então se trancou em seu quarto novamente.

Passei o resto do dia perambulando pela casa ou em meu quarto fazendo algo desinteressante.

Eu não sei se estava pronta para conversar com meu pai cara a cara, mas sei que por mais que tenha me batido ou tivesse Aaron como filho preferido, Lorenzo ainda me amava, ele é meu pai acima de qualquer coisa.

As horas se passaram enquanto eu ajudava minha mãe a preparar o jantar, quando me dei conta o relógio em cima do balcão já marcava 19:00 horas, então a porta se abriu e a voz de meu pai preencheu o ambiente.

— Querida cheguei!

— oi pai! — me encostei no batente da porta que ligava a cozinha e a sala

— Hazel?! Você voltou! — meu pai deixou as chaves do carro em cima da mesa e rapidamente veio até mim

— Voltei, mas pra ficar! — meu pai havia me abraçado, havia anos que eu não lembrava disso

— me desculpa por te bater, me desculpa por ter sido um péssimo pai.

— tá tudo bem pai, erros são normais.

Eu e meu pai tivemos direito a algumas lágrimas derramadas, mas nenhum abertura tão dramática.

Minha mãe gritou para que Aaron se juntasse à mesa, mas ele não quis descer, até porque se ele aceitasse se juntar à mesa, eu chamaria um psiquiatra.

O jantar de hoje era o preferido do meu pai, strogonoff de frango. Ele sempre fica feliz como uma criança quando minha mãe faz esse prato.

— Strogonoff de frango? — um sorriso se abriu em seu rosto

— mas só porque hoje é um dia especial. — minha mãe avisou

Terminamos o jantar e ficamos conversando sobre coisas aleatórias, era bom estar em família.

Eu tinha que conversar algo importante com meus pais, mas acabei desistindo, eu estava me sentindo bem demais para tratar de "negócios".

Continua