- Eu te amo, Josh.
- Eu te amo, pequena. Minha pequena...
Any Gabrielly é uma jovem brasileira que, junto com seu pai, se mudam para Los Angeles afim de recomeçar a vida em outro país.
Orfã de mãe, Any é uma garota doce e inocente, e, muitas vezes...
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- Você beijou ela?! No primeiro encontro? Tem merda na cabeça, Josh? Não se beija ninguém no primeiro encontro quando não se tem quase intimidade com a pessoa! Você tá maluco.
Noah diz, perplexo. Sua expressão está de pura incredulidade.
Eu, por outro lado, reviro os olhos e faço uma expressão tediosa.
- Você fala como se fosse o maior dos erros.
- Porque é o maior dos erros. Cara, você nunca tinha trocado diálogos de verdade com a Any. Ainda chega nela e pede para sair, e isso nem algo grave. Agora, nem amigos vocês eram, e você já chega beijando a garota? Certeza que ficou assustada. Eu ficaria.
Cruzo os braços, já ficando irritado com o sermão desnecessário do Noah.
- Para começar, não foi um erro. Você mais do que ninguém sabe que sou apaixonado por ela há anos e que eu vinha aguardando ansiosamente por esse momento. Também, nós dois entramos no clima, entendeu? E eu meio que avisei que ia beijá-la, e ela não negou. Pelo ao contrário. Então para de falar merda e vê se cala a boca.
- Ok, então, Sr. Certinho. - Ele levanta as mãos, como se estivesse se rendendo. Tal ato me faz rolar as orbes.
- Só que teve uma coisa que me incomodou.
Digo, sentindo meu sangue esquentar. Que porra.
Noah me olha curioso.
- E o que seria?
- Depois do nosso encontro, eu a levei para casa, óbvio. A gente ficou conversando, e em um momento a Any falou que tinha que ir embora porque precisava acordar cedo para ir à casa de um cara pra fazer um trabalho.
- Calma, já saquei tudo: você ficou com ciúmes?
- Se eu fiquei com ciúmes? Porra, Noah, eu me segurei para não proibir ela de ir lá.
Sua expressão se fecha completamente.
- E você tá ciente que se fizesse isso eu iria te socar, né?
Não discordo dele, porque com certeza ele faria isso.
- Você me bateria agora se eu disser que quase a proibi?
- Como?!
- Pois é. Eu ainda falei para ela não fazer merda de trabalho com ele, estava tão puto que acabei agindo por impulso. Mas sorte que eu me toquei logo no que eu tinha dito e fiz questão de consertar as coisas.
Revelo, chateado comigo mesmo. Não queria ter agido daquela forma. Foi errado.
Ainda bem que tive tempo de evitar a merda que eu iria fazer.
- Sorte a sua, né? Porque se você tivesse feito isso, sua cara já taria cheia de hematoma, seu filho da mãe. - Olho feio para ele. - Desculpe, tia! Sem ofensas! Não tenho culpa se você tem um filho maluco da cabeça.
