The Death Of Peace Of Mind

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cover art from @kalicocal (twitter)

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Sabe, dizem que não existe nada tão intenso quanto o amor. Seja por uma pessoa da família ou por um outro alguém, amar mexe com as atitudes e o psicológico. Sorrisos ficam mais fáceis, tudo à sua volta fica mais belo. O coração acelera, a ansiedade traz um frio no estômago, e um simples toque faz o corpo se arrepiar.

Era como se o mundo parasse.

Porém, amar alguém também implicava a morte da paz interior. A mesma ansiedade lhe faz querer vomitar a cada vez que a preocupação domina. A paranóia vem sem piedade, destruindo tudo que um dia foi construído. O medo de perder o outro nos leva à beira da insanidade. Ações perdem o sentido.

Você se torna tudo para alguém.

E esse alguém se torna o seu mundo.

Amar alguém era perigoso.

E Vi sabia bem disso.

Sabia que no instante que os dedos, parcialmente encobertos pela luva de couro marrom, tocaram seu rosto naquele dia, estava perdida. Perdida em uma imensidão, um mar sem fim onde não tinha medo algum de se afogar.

Engraçado como cada dia que passava parecia que o mar lhe engolia ainda mais, cada vez mais fundo, sem chance de recuperar o fôlego. Por mais que tentasse, não conseguia escapar, e toda vez que sentia que iria se perder, Caitlyn vinha para lhe salvar daquela tormenta, a mesma tormenta que a própria Kiramman lhe jogou anos atrás quando lhe soltou da prisão.

Às vezes se questionava, e se nunca tivesse se deixado levar por aquela maré? E se Caitlyn nunca tivesse lhe soltado? O que teria acontecido? Será que ainda estaria jogada em uma cela na solitária?

Eram tantas perguntas que rondavam sua mente enquanto seu corpo parecia afundar lentamente na imensidão azul, os olhos fechados, os braços inertes, apenas indo cada vez mais fundo. Vi estava perdida em uma outra realidade.

– Granada!

Um segundo, um espasmo, e os olhos acinzentados se abriram, as bolhas de ar saindo por entre os lábios entreabertos.

Tinha que chegar à superfície.

Sua mente voltou ao presente, ao tiroteio que acontecia à sua volta, a voz do defensor conhecido soando em meio aos disparos, e tudo ficou mais lento.

Vi assistia a granada caindo no chão, quicando e rolando, uma pequena luz vermelha piscando cada vez mais rápido indicando quanto tempo ainda tinha antes de explodir.

Dizem que quando sua vida está por um fio o mundo para, e tinha certeza de que aquele era seu momento, pois foi como se tudo congelasse.

Vi ergueu o rosto e seus olhos focaram Caitlyn puxando a alavanca do rifle, recarregando, os olhos estreitos mirando por entre o visor, e estes se entre abriram no mesmo instante que ouviu os gritos. A granada rolando lentamente em sua direção.

Era tarde demais.

The Day I Will Die For YouOnde histórias criam vida. Descubra agora