quarenta e dois

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IGOR GOMES

— Cheguei, cadê meu netinho? — Escuto assim que abro a porta.

— Mãe? — Pergunto confuso, vendo ela na frente da minha casa segurando muitas sacolas. — O que você está fazendo aqui?

— Vim ajudar a cuidar do meu netinho, cadê ele? — Ela fala entrando na casa, colocando as sacolas no chão da sala e parece procurar alguém.

— Está no quarto dele dormindo! — Respondo fechando a porta atrás de mim. — Eu falei que não precisava vim ajudar a gente, os pais da Aria já estão aqui. — Falo indo até ela.

— Meu filho mais velho me deu um neto e eu estou super feliz e quis vim ver ele também. — Ela fala sentando no sofá.

— Então, já que ele está dormindo, a senhora poderia me dar um abraço. Faz uns 98 anos que a gente não se ver? — Pergunto esticando os braços.

— Eu estava com muita saudade, meu amor! — Ela fala vindo me abraçar. — Trouxe vários presentes para o meu neto! — A mais velha fala mostrando as sacolas que ela tinha colocando no chão da sala quando entrou.

— E eu disse para a senhora que não precisava vim, não é como se fosse nosso primeiro filho. E o Patrick é um bebê super tranquilo, da até vontade de ter mais. — Falo sentando no sofá e ela me acompanha.

— Pensa no Pedro bebê que essa vontade passa! — Aria fala descendo as escadas.

— Oi, Iris! — Ela fala colocando a babá eletrônica na mesa de centro e senta do meu lado no sofá.

— Oi, Aria! — Minha mãe responde mexendo no celular.

— Meu pai e a Isa também vieram? — Pergunto.

— Sim! Estão no hotel daqui a pouco eles devem aparecer por aqui! — Ela fala. — Mas eu quis vir da mesma forma, não é todo dia que o meu filho mais velho me dá um neto. — Iris fala parando de mexer no aparelho telefônico e me olha sorrindo.

— Mamãe tô com sono! — Pedro fala aparecendo na sala coçando os olhinhos. — Oi, Iris. — O mesmo fala assim que percebe a presença da mesma na sala.

— Pode me chamar de vovó, não quero que você pense que tem alguma diferença com o seu irmãozinho. — Minha mãe responde fazendo todos que estavam na sala olhar para ela com uma expressão de surpresa.

— Que bicho te mordeu, dona Iris? — Pergunto quebrando a silêncio que estava na sala.

— O bicho da avó coruja. — Ela fala me mostrando a língua como uma criança.

— Vovó mostrar a língua é feio. — Pedro repreende ela.

— Eu sei! Me desculpa lindinho, nunca faça isso. — Ela responde carinhosamente, eu nunca tinha visto ela assim com ele. — Agora posso ir ver meu outro netinho. 

 — Claro que pode! Leva ela no quarto do Patrick, que vou colocar esse dengosinho para dormir um pouco. — Aria fala levantando e pegando o Pedro no colo.

— Na foto ele parecia uma mistura sua e da Aria, mas pessoalmente ele não é nada igual a você! — Minha mãe fala quase em um sussurro para não acordar o bebê que dormia tranquilamente em seu berço.

— Pois é! Assim que a tia Lia chegou aqui ela já mostrou milhões de fotos da Aria pequena é eles são quase clones. — Fala rindo baixinho.

— Quero te pedir desculpas! — Ela fala fazendo um carinho suave nós cabelos do Patrick. — Se eu não tivesse colocado várias coisas na cabeça da Aria talvez vocês não tivessem ficado aquele tem separados e a gente não teria se afastando tanto. — Quando ela termina de falar, ela olha em meus olhos.

— A senhora não tem que se desculpar de nada! — Aria fala fazendo com que a gente olhe em direção de onde vem sua voz e a mesma está encostada no batente da porta. — Querendo ou não nós dois precisávamos daquele tempo separados, esse tempo só serviu para fazer a gente amadurecer. — Aria fala vindo até nós e parando do meu lado.

— Se a gente não tivesse terminado naquele momento um dos dois iria desistir dos nossos maiores sonhos e agora com os sonhos individuais realizados a gente pode construir e realizar sonhos juntos sem atropelar as coisas. — Completo o pensamento da Aria.

— E a senhora só estava fazendo o seu papel de mãe preocupada, obvio que um pouco demais, mas você tem sorte que eu sempre consigo dar segundas chances. — Aria fala rindo.

— Obrigada pela segunda chance, prometo que será a única. — Minha mãe fala e dá um abraço apertado em nós dois.

— Por que você não me contou sobre as coisas que a minha mãe te falou antes? — Igor pergunta deitando ao meu lado na cama.

— O que mudaria se eu contasse? — Respondo com uma pergunta e me aconchegando nele deitando com a cabeça em seu peito.

— Eu não ia ficar pensando que você não me amava por meses. — Ele responde e começa fazer carinho na minha cabeça.

— Se você me conhecesse bem, não ia ficar pensando uma coisa dessa. — Falo rindo. — Eu te amo muito, meu lindo! — Falo e dou um beijo na sua mandíbula.

— Eu também te amo muito! — Igor fala sorrindo. — Mas por favor se acontecer algo assim de novo me conta. — Continua.

— Prometo! — Respondo e recebo um beijo no topo da cabeça.

QUEM É VIVO SEMPRE APARECE 🤪😁

não vou nem pedi para vcs curtirem que eu tenho um pouco de vergonha na cara.

Depois daqui ━━ Igor GomesOnde histórias criam vida. Descubra agora