Dia da mentira

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– Zelador Flich, está tão bonito hoje...

– Como uma gárgula com cabelos humanos acompanhada de um pequeno demônio de estimação – George completou e os gêmeos caíram nas gargalhadas.

– Silêncio – Madame Nora miou acompanhando seu dono – Já chega, os dois vão limpar o depósito de poções que o professor anterior a Snape deixou mofando aqui em Hogwarts.

Os Weasleys se olharam com malícia e performaram uma falsa tristeza, na verdade, aquilo não poderia ser melhor, como um grande playground de destruição inteirinho para eles. George estava pensando a longo prazo quais aquelas coisas poderiam usar para mais itens feitos por eles, enquanto o irmão se mantinha mais no presente, focando especialmente em seu aniversário no dia primeiro de abril. Ou como haviam descoberto a pouco tempo, "O dia da mentira" para os trouxas.

– É perfeito para fazer pegadinhas, brincadeiras e maldades – Fred sorriu balançando um frasco com líquido roxo.

– Combina com a gente, por isso temos que pensar bem, eventos como esse precisam ser memoráveis – Começaram a separar uma sequência de vidros e frascos, passando um pano pelas prateleiras que iam esvaziando – Hey, Fred, e se fizéssemos o contrário?

– Em vez de dia da mentira fazer o dia da verdade? – Olharam para Veritaserum, que estava na prateleira mais alta – Oh, George, seria tenebroso e perfeito, imagine a quantidade de segredos...

– Constrangimentos...

– Verdades cabeludas e fofocas que não seriam ditas – Pegaram a poção, era verdade que eram um pouco malvados em algumas de suas pegadinhas, mas era ali que morava a graça da coisa!

Se lembravam do chapéu seletor dividido entre colocá-los na sonserina ou grifinória, mas definitivamente a casa dos leões se mostrava mais divertida, afinal em qual outra casa seriam aplaudidos por usar erva de gato para impedir a prova que professora Minerva estava planejando para aquele dia? A detenção valia a pena e as risadas eram as melhores quando se tratava dos gêmeos.

– Como faremos para usar isso em todos? Comida? Será que conseguimos o suficiente? – George perguntou já planejando como entrar na cozinha sem ser visto pelos elfos.

– São tantas oportunidades... Mas sabe, acho que deveríamos focar em uma coisa de cada vez... – Trocaram um olhar que valia mais que mil palavras.

– Mas escolher entre apenas uma das casas... Não seria justo, maninho – Fred passou o braço ao redor do irmão gêmeo.

– Eu sei, é por isso que teremos que nos contentar em descobrir as fraudes de Dumbledore, os interesses pessoais de Minerva, as fofocas que Lupin deve saber, e o principal: Professor Snape finalmente vai confessar sua quedinha por professora Sibila – Os gêmeos definitivamente queriam ver o circo pegar fogo e toda a mesa dos professores estaria presa lá dentro.

– Aposto que isso ela não conseguiu prever – Os dois riram, Fred apostava seu rim que o professor de poções tinha um interesse amoroso na professora de adivinhação, já George acreditava fielmente que seria mais interessante se Snape revelasse ser amante de Lucius Malfoy.

– Imagine ela em um quarto sozinha com ele "Eu consigo ver... Sim... Você vai tirar suas roupas" – Os dois caíram no riso.

– Ou então professor Snape "Patético, Sibila, refaça tudo!" – Rir de seus professores não deveria ser tão prazeroso, mas era inevitável.

– Imagine se Dumbledore revela algo obscuro sobre seu passado... E Minerva admite que já teve bolas de pelo – Era quase de dar dó do corpo docente de Hogwarts, estavam por enfrentar um dia difícil no aniversário de Fred e George.

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