Viagem no tempo - Parte II

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Surgiram em 1942, Hogwarts parecia... Cinza demais. Não era uma década tão agradável como os anos 70 e os uniformes eram feios, tenebrosos. Não sabiam qual seria a idade de Voldemort, e tudo que sabiam era o pouco que Gina, Ron e Harry haviam relatado sobre sua aventura na câmara. Aparentemente ele se chamava Tom, era um monitor e... Um grande babaca manipulador. Só torciam para o grande lorde das trevas não ser um primeiranista, não era do feitio dos gêmeos Weasleys fazer bullying com criança. Pelo menos não bullying pesado.

– Acha que vai ser mais ou menos difícil do que encontrar os marotos? – Fred perguntou para George.

– É uma boa pergunta... Nós deveríamos ter feito alguma pegadinha com os marotos antes de ir, mas droga, sinto que mexer demais no tempo pode resultar em alguma catástrofe do tipo das ruins – Os dois começavam a andar por Hogwarts e ela parecia estranhamente deserta, não haviam parado no meio das férias, haviam?

– Eu sinto o mesmo, mas teria sido lindo... Ah, maninho, esse lance de viagem no tempo me deixou nostálgico – A mente dos dois já passeava por planos futuros.

– Acha que Dumbledore já é diretor?

– Acho que não, mas seria perfeito. George, olha! Meus deeeuses, ela é a cara do professor Snape – Fred disse ao ver Eileen passar.

– É uma versão feminina dele!

– É uma versão mais gostosa – O gêmeo assoviou, mas a Prince sequer havia reparado na presença deles enquanto passava.

Ouviram uma tosse atrás de si, os dois puxaram de susto e se viraram. Pelas características, só poderia ser o famoso Lord Voldemort. Não parecia grande coisa, só um garoto bonito e arrogante da sonserina, se fosse na época em que Gina foi levada, Fred e George teriam se revezado para dar uma surra em Tom, mas o tempo havia passado e a raiva dos dois havia diminuído consideravelmente para isso.

– Você é...? – Um dos irmãos perguntou

– Tom Riddle, monitor da sonserina, quem são vocês? – O moreno cruzou os braços com a expressão fechada, os gêmeos trocaram cotoveladas fracas.

– Olha Fred, ele ainda tem nariz – Tom franziu a testa indignado, os Weasleys iriam começar a se divertir às custas do Lord.

– Como, é?

– E até que é um nariz bonitinho, simpático – Fred disse tocando o próprio nariz – Acho que a melhor dica seria para não meter onde não é chamado.

– Ou evitar contar mentiras... Ele pode ser o antipinóquio – O Riddle fechava mais e mais a cara, os gêmeos começavam a achar graça do jeito mimado do sonserino.

– Cuidado para a fada madrinha não transforma-lo em um menino de verdade, seria o pior pesadelo dos comensais – Os dois riram.

– Do que estão falando? Por acaso são loucos? – Fred e George perceberam a intenção de Tom de lançar um feitiço, juntos, desarmaram o Riddle e lançaram uma azaração que colava seus sapatos no chão – Ei! Não podem fazer isso!

– Não estou vendo ninguém para nos impedir, você está vendo, George?

– Que pena, acho que não... Realmente triste para você – Se aproximaram do monitor.

Ter sempre pena e tinteiro nos bolsos era uma regra de qualquer estudante que se preze... E esse era o grande azar de Voldemort. Ele resmungou e se debateu, mas no final, seu rosto já estava todo rabiscado com tinta, algumas frases como "Princesa da sonserina" e palavras soltas como "Nariz" haviam sido escritas entre desenhos como um bigode e coraçõezinhos.

– Eu vou matar vocês – Tom disse passando a mão pelo rosto e borrando algumas partes com tinta que ainda não haviam secado direito.

– Não vai não, fica sossegado com isso – George achou deprimente não ter uma camera para capturar um momento tão icônico do Lorde das trevas – Fred, queremos falar algumas coisinhas para ele, não?

– Sim! Cara, você é muito obsessivo, já pensou em comprar uma revista de fofocas em vez de perseguir as pessoas? – O Riddle rangeu os dentes – É mais saudável.

– É cara, isso não faz bem para você, desse jeito vai ficar careca de preocupação – Os Weasleys riram achando graça da piada que só eles conheciam.

– O que calvície tem a ver com obsessão? – Tom estava cavando a própria cova sem saber, os gêmeos se olharam

– Então é de família?! – Foi o ponto alto, tanto Fred como George riam como hienas, o futuro lorde das trevas já estava com as orelhas pegando fogo e as bochechas coradas ao extremo.

– Vocês são completamente malucos, uns idiotas! Juro que se cruzarem o meu caminho...

– George, ele não é adorável? Como um gato emburrado, com as bochechas gordinhas – Fred não resistiu a ir apertar as bochechas do Lord, que tentou a todo custo estapeá-lo – Credo, nervosinho.

– Não me chame assim! – George e Fred trocaram um olhar de quem só conseguia pensar "Adorável, nem parece que vai matar dezenas de pessoas".

– Eu tô sentindo que está rolando um clima entre vocês, devo fechar meus olhos ou voltar depois? – George não fecharia os olhos e muito menos voltaria depois, ele estava curioso pelo que estava para acontecer.

– Maninho... Não sei como adivinhou, mas eu tenho uma queda pelas vadias trevosas – O irmão murmurou um "Ah não" acompanhado de algumas risadinhas – Quantas pessoas já beijaram o lorde das trevas e voltaram para contar a história?

– Fred... Irmão, você não presta – George trocou um olhar com Tom que queria se negar que estava realmente vivendo aquilo – Apoio totalmente.

– Apoia o que exat... – Antes que o Riddle pudesse terminar a frase, Fred segurou o rosto do moreno e o beijou, Tom estremeceu em choque.

Quando se afastaram, Voldemort ainda estava sem palavras: Havia sido assediado por um ruivo da grifinória. O pior de tudo é que o grifinório beijava bem, mesmo que Tom fosse guardar esse segredo a sete chaves enterrado no fundo da câmara secreta.

– Fred, você zerou a vida.

– Zerei, maninho – Ele voltou para perto do irmão tentando limpar os resquícios de tinta que agora também estavam em seu rosto. Olhou por cima do ombro – Desculpe, princesa, mas temos que voltar para nosso tempo, foi um prazer te conhecer, beijar essa sua boca... Espero que não guarde ressentimentos nesse seu coração de pedra fria – Falou um "Gostoso" mudo para o Riddle e então ele e o irmão correram.

– Você beijou o Lorde das trevas – George murmurou ainda incrédulo.

– Eu beijei o Lorde das trevas! Mal posso esperar para infartar nossa mãe ao contar isso – Os dois sorriram.

– Como você acha que Harry vai se sentir sobre isso?

– Acha que Tom vai escrever no seu diário sobre mim? – Fred riu e levou um tapa de brincadeira do irmão.

– Não sei se considero você um assediador ou só um cafajeste...

– Temos problemas mais urgentes, tem ideia de como fazemos para voltar para casa? Professora Minerva e Dumbledore devem estar furiosos – George passou o braço ao redor do irmão.

– Bem, temos todo o tempo do mundo... Em nossas mãos – Pegou o vira-tempo – É só fazer uns ajustes no vira-tempo, assim ele consegue girar ao contrário, daí vamos para o futuro e não passado.

– E se não der certo? – Tinha grandes chances de não dar nada certo.

– Daí vamos ficar presos com a vadia do mal, mas a boa notícia é que vai ter mais tempo para desenvolver seu romance com o genocida safado – George deu de ombros e aquilo soava ruim, mas não terrível para Fred.

– Ele mata criancinhas.

– Então que bom que não podem ter filhos – Arrumaram o vira-tempo para que os dois pudessem viajar e então depois de ter dado as voltas certas...

Viajaram no tempo.

E iriam pegar uma extensa e duradoura detenção. 

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