CAPITULO II

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 – Jimin?! – Indaguei alto, alto de mais. Vendo meu erro arregalei os olhos, apertei os passos e prossegui num murmúrio já perto dele – O que faz aqui?

– Vim te procurar! O que mais eu faria aqui?! Mas deveria ser eu quem te pergunto: O que você faz aqui?! – Perguntou Jimin, sua voz saindo grossa e a expressão indecifrável – Não me faça imaginar que está querendo voltar para esse inferno! – Percebi sua alteração, eu sabia exatamente como meu primo ficava quando realmente bravo.

Me preocupei em alguém o escutar então o puxei pelo braço para o dentro do carro.

– Ficou maluco?! – Retruquei da mesma forma.

– Min Yoongi, se não se lembra então deixe-me refrescar sua memória: Nós.Não.Podemos.Voltar.Para.Essa.Desgraça! – sibilou e me encarou, soltando chamas pelos olhos – Porra Yoongi! Conversamos há alguns anos sobre desistir dessa merda de vida! Se isso for vida realmente! – Trovejou ele.

Jimin abusava do uso exagerado de formalidade quando irritado, imagine se não estivesse.

– Se acalme Jimin.

– Vou repetir: O que estava fazendo aqui? – Disse entredentes.

Suspirei. Mais essa agora!

– Albert Collet.

O Park iria abrir a boca novamente, certamente para protestar ou contestar, contudo parou e sua expressão desmanchou num choque, talvez.

– O líder da máfia do Canadá? – Ele parecia receoso em dizer isto. Acenei confirmando. – O que houve com ele?!

– Foi ele quem me ligou mais cedo, estava no galpão 911, em perigo. – Percebi seu olhar se tornar distante – Vejo que entendeu.

– Mas... Se estiverem atrás do Collet é porque... – Afirmei. – E agora? Isso é sigiloso!

– Eu sei.

– Suga, é a única coisa que nos liga a máfia e a única que não foi levada pelos militares. – Jimin olhou por frente, secando o pára-brisa como se estivesse levado uma marretada na cabeça, ele se jogou no banco e afundou nele pensativo.

– Eu sei! – Exclamei e bati no volante, descontando minha raiva dramaticamente.

– Ele pode entregar ela? – Perguntou aflito.

– Não, não acredito nisso...

– E se entregar?

– Não pode! Ele é o guardião, é responsabilidade dele.

Jimin parou e soltou um riso baixo.

– Na verdade, não é "responsabilidade dele".

– Nem me lembre... – Disse, quase tão baixo quanto antes.

Se passou alguns minutos silenciosos, ambos pensativos – e eu massageando minha mão dolorida – até Jimin resolver se pronunciar novamente.

– Vamos para o meu apartamento, lá conversamos melhor. – Concordei e Jimin saiu do carro, imagino que foi a procura do seu.

ÁREA NOBRE DE SEUL, coréia do sul

APARTAMENTO DE PARK JIMIN, último andar

– Obrigado. – O Lim agradeceu a taça de vinho entregue por Jimin – Isso é horrível... – Disse e negou com a cabeça, Jimin o encarou serio – A situação, Jimin, a situação é horrível. – Corrigiu. – Estamos sem saída!

Concordei de contra gosto e bebi de uma vez o liquido que desceu rasgando garganta abaixo.

– A questão na verdade é: Como Albert Collet, um líder francês-canadense, caiu numa emboscada tão... Estúpida como essa? E ao menos sem levar um ou dois esquadrões com ele? – Refletiu alto G-Dragon, sendo ignorado. – E como não deram conta do desaparecimento dele até agora?

Rapper 2: De Volta a MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora