𝐏𝐀𝐑𝐀𝐍𝐎𝐈𝐀, letter 1.2

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❝ Querido Rhys,

Aqui estou eu te escrevendo mais uma vez, tendo certeza de que por mais que eu tente enviar a carta, ela jamais chegará em suas mãos. Não sei como deve estar, mas pelos rumores e pelo que ocorreu na Corte Invernal nesta semana...Não duvido que você esteja sendo forte por todos nós, mais forte do que sempre foi.

Não sei quantos meses ou anos se passaram desde que você está isolado da Corte Noturna...Admito que faz tempo que não conto... Quero dizer que estamos bem, mas eu não estaria sendo verdadeira nessa carta se o fizesse.

E sobre os outros? Posso dizer que Az ficou mais isolado e calado do que o costume, mesmo que eu não consiga sequer entrar em contato com ele ou Cass para dar o apoio que ele realmente precisa. Cassian se concentra em treinar, já não parece ser o mesmo brincalhão de sempre, e como ele poderia? Tendo seu irmão longe dele, longe demais para que o alcançasse. Mor...Minha amada irmã também parece ter perdido o brilho de sempre. Agora que penso de verdade...Acho que não te contei o motivo de eu evitar estar perto de você, dos meninos, ou qualquer macho em geral, certo?

Tenho que dizer que não contei isso nem para Mor. Não consegui, por mais que eu tentasse contar a ela. Estranho, não é? Ela é a minha irmã, eu deveria confiar nela não importa o quê, e eu confio. Entretanto, quando se trata sobre o que aconteceu na Corte dos Pesadelos, não consigo.

Sinto que se eu contasse, ela se culparia. Se culparia por não achar ter sido uma boa irmã mais velha, por estar bem e feliz com vocês aqui em Velaris e eu sofrendo com a autoridade de Keir e a ignorância de sua mulher. Mas acima de tudo, Mor se culparia por não me proteger do que ela passou anteriormente.

Foi uma fatalidade, é assim que eu penso. De uma hora para a outra eu estava suportando um macho idiota que conversava com Keir,e no outro estava sob os seus pés, ensanguentada e trêmula, me sentindo o ser mais pequeno e imundo. Sim, aconteceu o que você poderia pensar se ler essa carta.

E é por isso que tenho medo. Sinto medo constantemente, por mim. E por você também. Tenho pesadelos todas as noites, que alternam sobre o que aconteceu e sobre o que você deve sofrer com Amarantha.

Tem vezes que eu gostaria de ter algum poder forte o suficiente para matar Amarantha e libertar todos os que estão sob suas atrocidades. Mas eu não sou forte o bastante para isso. E mesmo que fosse, meus poderes não são capazes disso.

Sinto que vou acabar enlouquecendo. Parece que a cada dia que eu acordo, vejo as coisas em preto e branco, com a melancolia e a paranoia sendo minhas estranhas amigas e companheiras.

Sei que deveria ser eu quem os mantém como um pilar. Mas parece que até mesmo o pilar, está se desmanchando.

Sinto muito por talvez te sobrecarregar com meus pensamentos fúteis,

Sinto sua falta,

Com carinho,

de sua prima, Moon.


𝐏𝐀𝐑𝐀𝐍𝐎𝐈𝐀, Lucien VanserraOnde histórias criam vida. Descubra agora